Por Natasha Ramos, no site da UNE:
O alerta sobre o ataque ao Sistema Único de Saúde em tempos de golpe recheou a fala dos debatedores da mesa que teve como tema "SOS SUS – O desmonte da Saúde Pública", que integrou as discussões do 64º Conselho de Entidades Gerais da UNE (Coneg), em São Paulo. O debate teve a presença dos ex-ministros da Saúde, Alexadre Padilha e Arthur Chioro; do presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Santos; e do coordenador da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem), Danilo Amorim.
Padilha alertou sobre o novo viés que o debate sobre o SUS ganha em tempos de golpe. "Com esse golpe em curso, se a gente não impedi-lo, não vai ter plataforma para a gente continuar debatendo essas questões. Daqui a pouco não haverá mais SUS. O SUS é um prato suculento para o golpe", disse.
Segundo ele, não é apenas por interesses econômicos que os atores do golpe querem acabar com o SUS, mas também pelo fato do Sistema ter se configurado, ao longo dos anos, como uma plataforma política, de onde surgiram vários movimentos, como a própria Denem.
"Nem Tatcher"
"O SUS é produção política e é produzido na luta", disse o ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, que elencou, em sua fala, a sequência de iniciativas conservadores que o governo golpista adotou em apenas 48 dias no poder. Ele também enfatizou a ofensiva deste governo contra pautas que dizem respeito aos direitos sociais.
"Nem a Margareth Tatcher e Ronald Regan [conhecidos pelo desmantelamento do Estado de bem-estar social] tiveram coragem de produzir uma proposta tão reacionária como é a PEC 241/16, que pretende congelar pelos próximos 20 anos os gastos públicos em saúde, educação, assistência social", alertou Chioro.
Corroborando a fala de Chioro, o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Santos, disse que é preciso combater essa força conservadora que quer colocar na conta da população os déficits da crise. Antes disso, disse ele, o fim das isenções fiscais e a taxação de grandes fortunas são exemplos de saídas para o buraco financeiro da União.
Os palestrantes também jogaram luz à questão dos interesses dos planos privados de saúde, que têm sido descaradamente defendidos pelo ministro de Saúde do governo golpista e ilegítimo.
Essa correlação de forças entre os sistemas público e privado de saúde, diz Danilo Amorim, coordenador da Direção Executiva Nacional de Estudantes de Medicina, impacta diretamente o Sistema Único de Saúde.
"O impacto que o SUS tem sofrido passa pelo financiamento de campanha pelos planos privados", diz Amorim. "Numa defesa intransigente, o atual ministro da saúde, diz que a solução para a questão da saúde no país, seria o setor privado, que desafogaria o SUS. Sabemos que isso é uma falácia", afirmou.
Padilha alertou sobre o novo viés que o debate sobre o SUS ganha em tempos de golpe. "Com esse golpe em curso, se a gente não impedi-lo, não vai ter plataforma para a gente continuar debatendo essas questões. Daqui a pouco não haverá mais SUS. O SUS é um prato suculento para o golpe", disse.
Segundo ele, não é apenas por interesses econômicos que os atores do golpe querem acabar com o SUS, mas também pelo fato do Sistema ter se configurado, ao longo dos anos, como uma plataforma política, de onde surgiram vários movimentos, como a própria Denem.
"Nem Tatcher"
"O SUS é produção política e é produzido na luta", disse o ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, que elencou, em sua fala, a sequência de iniciativas conservadores que o governo golpista adotou em apenas 48 dias no poder. Ele também enfatizou a ofensiva deste governo contra pautas que dizem respeito aos direitos sociais.
"Nem a Margareth Tatcher e Ronald Regan [conhecidos pelo desmantelamento do Estado de bem-estar social] tiveram coragem de produzir uma proposta tão reacionária como é a PEC 241/16, que pretende congelar pelos próximos 20 anos os gastos públicos em saúde, educação, assistência social", alertou Chioro.
Corroborando a fala de Chioro, o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Santos, disse que é preciso combater essa força conservadora que quer colocar na conta da população os déficits da crise. Antes disso, disse ele, o fim das isenções fiscais e a taxação de grandes fortunas são exemplos de saídas para o buraco financeiro da União.
Os palestrantes também jogaram luz à questão dos interesses dos planos privados de saúde, que têm sido descaradamente defendidos pelo ministro de Saúde do governo golpista e ilegítimo.
Essa correlação de forças entre os sistemas público e privado de saúde, diz Danilo Amorim, coordenador da Direção Executiva Nacional de Estudantes de Medicina, impacta diretamente o Sistema Único de Saúde.
"O impacto que o SUS tem sofrido passa pelo financiamento de campanha pelos planos privados", diz Amorim. "Numa defesa intransigente, o atual ministro da saúde, diz que a solução para a questão da saúde no país, seria o setor privado, que desafogaria o SUS. Sabemos que isso é uma falácia", afirmou.
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