Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Temer disse ontem ao Estado de S. Paulo que vai “desidratar essa coisa do Centrão”.
Se é que ainda há “Centrão”, pois está evidente que ele deixou de existir com o óbito político – falta o sepultamento – de seu líder e unificador Eduardo Cunha.
Depois tento consertar, como bem registrou o Diário do Centro do Mundo, apenas para efeito público.
Porque quem tinha de entender, já tinha entendido.
Primeiro, os deputados do Centrão, que não vão mais negociar senão no varejo ou nos pequenos aglomerados que se formarão.
O líder do Governo, André Moura, reduziu-se ao que se viu na eleição do Presidente da Câmara. Isto é, nem se viu.
Segundo, Eduardo Cunha, que experimentou a durabilidade do acordo firmado com ele no Palácio do Jaburu.
Brinquedo de criança “made in China” dura mais.
Não é crível, nem mesmo com a inabalável frieza de Cunha, crer que espere que a debandada de seus agentes nos esquemas de propina – primeiro Fábio Cleto e, agora, Alexandre Margotto, que já implicou Geddel Vieira Lima, um dos íntimos de Temer – vá poder ser circunscrita em margens de “segurança”.
É evidente que Cunha não ficou senão com parte das centenas de milhões que desviou: alguém recebeu, alguém ajudou a escolher a quem dar.
Temer, canastrão que é, faz ar de “tô nem aí” para os perigos de Cunha.
Como tudo nele, também isso é falso.
É da sua natureza, como é também a ilusão de que a todos pode controlar com os ricos cordéis do Governo.
O contexto em que fala da desidratação do Centrão mostra que crê – com a sua “imensa estatura” – ser mesmo capaz de ser o “homem que vai unir o Brasil”
“Eu quero aos poucos desidratar essa coisa de Centrão e outro grupo (formado pela antiga oposição). Quero que não haja mais essa coisa. É preciso unificar isso. Quero que seja tudo situação.”
Não será.
Se é evidente que não vai unir o Brasil, que dividiu inapelavelmente com o golpe, sequer vai ser capaz de unir o “covil”.
Cunha não caiu por falta de competência. Caiu porque esquemas exclusivamente fisiológicos já não se sustentam.
Se não deu certo com ele, porque dará com Temer?
Temer disse ontem ao Estado de S. Paulo que vai “desidratar essa coisa do Centrão”.
Se é que ainda há “Centrão”, pois está evidente que ele deixou de existir com o óbito político – falta o sepultamento – de seu líder e unificador Eduardo Cunha.
Depois tento consertar, como bem registrou o Diário do Centro do Mundo, apenas para efeito público.
Porque quem tinha de entender, já tinha entendido.
Primeiro, os deputados do Centrão, que não vão mais negociar senão no varejo ou nos pequenos aglomerados que se formarão.
O líder do Governo, André Moura, reduziu-se ao que se viu na eleição do Presidente da Câmara. Isto é, nem se viu.
Segundo, Eduardo Cunha, que experimentou a durabilidade do acordo firmado com ele no Palácio do Jaburu.
Brinquedo de criança “made in China” dura mais.
Não é crível, nem mesmo com a inabalável frieza de Cunha, crer que espere que a debandada de seus agentes nos esquemas de propina – primeiro Fábio Cleto e, agora, Alexandre Margotto, que já implicou Geddel Vieira Lima, um dos íntimos de Temer – vá poder ser circunscrita em margens de “segurança”.
É evidente que Cunha não ficou senão com parte das centenas de milhões que desviou: alguém recebeu, alguém ajudou a escolher a quem dar.
Temer, canastrão que é, faz ar de “tô nem aí” para os perigos de Cunha.
Como tudo nele, também isso é falso.
É da sua natureza, como é também a ilusão de que a todos pode controlar com os ricos cordéis do Governo.
O contexto em que fala da desidratação do Centrão mostra que crê – com a sua “imensa estatura” – ser mesmo capaz de ser o “homem que vai unir o Brasil”
“Eu quero aos poucos desidratar essa coisa de Centrão e outro grupo (formado pela antiga oposição). Quero que não haja mais essa coisa. É preciso unificar isso. Quero que seja tudo situação.”
Não será.
Se é evidente que não vai unir o Brasil, que dividiu inapelavelmente com o golpe, sequer vai ser capaz de unir o “covil”.
Cunha não caiu por falta de competência. Caiu porque esquemas exclusivamente fisiológicos já não se sustentam.
Se não deu certo com ele, porque dará com Temer?
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