Não foi surpresa a queda forte, hoje, das previsões da retração do PIB brasileiro em 2016, nas previsões que as instituições financeiras fazem para o Boletim Focus, do Banco Central. Baixaram de -3,15% para 3,3% em uma semana e há poucas dúvidas de que isso vá baixar mais, nas próximas semanas.
Mesmo o “wishfull thinking” dos índices de confiança da indústria e dos serviços caíram, como revelam os dados divulgados esta manhã pela Fundação Getúlio Vargas.
Mais cedo, o professor Fernando Nogueira da Costa, no seu ótimo blog, definia a “cascata” econômica que imperava em nossos jornais:
Os golpistas apostaram que o golpe iria reverter as expectativas. Acreditavam que, daí em frente, com eles usurpando o poder executivo, tudo seria diferente e sairia a mil maravilhas. Seu exército de “chapas-brancas” foi colocado na mídia para, supostamente, serem “formadores-de-opinião”. Fracasso total (confira aqui a avaliação do governo golpista).
A falsa “opinião especializada”, como “aprendiz de feiticeiro”, acreditou que a insistente repetição cotidiana nos jornalecos brasileiros das palavrinhas mágicas “confiança”, “credibilidade”, “seriedade”, “produtividade”, “eficiência”, “eficácia”, “disciplina”, “cenário otimista”, entre outras do jargão Yuppie, usado e abusado por jovens executivos neoliberais em escalada social, bastaria para reverter as expectativas pessimistas quanto ao futuro nacional.
A “esperança” de um tsunami de investimentos internacionais no Brasil virou marolinha.
Interesse, mesmo, só pelo que for posto na bacia das almas e no petróleo, no qual ainda se quer a desmontagem da política de conteúdo nacional, pois fazer equipamento aqui em quantidade, nem pensar.
O Brasil é um enorme mercado, mas mercado que míngua não atrai ninguém.
Muito menos ainda num país que exibe, diante do mundo, um quadro de irracionalidade político administrativa regada a fartas doses de crise institucional, como observa Nogueira da Costa:
A retomada do crescimento econômico não depende apenas da subjetividade de alguns líderes empresariais. Os ludibriadores imaginam que, no capitalismo, tudo se reduz à psicologia empresarial.
A “esperança” de um tsunami de investimentos internacionais no Brasil virou marolinha.
Interesse, mesmo, só pelo que for posto na bacia das almas e no petróleo, no qual ainda se quer a desmontagem da política de conteúdo nacional, pois fazer equipamento aqui em quantidade, nem pensar.
O Brasil é um enorme mercado, mas mercado que míngua não atrai ninguém.
Muito menos ainda num país que exibe, diante do mundo, um quadro de irracionalidade político administrativa regada a fartas doses de crise institucional, como observa Nogueira da Costa:
A retomada do crescimento econômico não depende apenas da subjetividade de alguns líderes empresariais. Os ludibriadores imaginam que, no capitalismo, tudo se reduz à psicologia empresarial.
Porém, os empreendedores, sem dados objetivos para apostarem na viabilidade dos projetos e sem receberem os costumeiros incentivos fiscais-creditícios, jamais investirão. Mesmo porque a alta administração das maiores empreiteiras de obras públicas se encontra “imobilizada” às voltas com a justiça…
Não adianta o ministro da Fazenda fazer sua pregação e rezar sua ladainha diária. Ele já perdeu sua credibilidade desde quando cometeu atrozes “barbeiragens” no comando do Banco Central do Brasil. Em 2004, ele levou “um susto” e freou a retomada do crescimento da economia brasileira.
Em 2008, foi na contra-mão dos bancos centrais no mundo, aumentando a taxa de juros quando todos eles abaixavam. É o maior responsável pelo stop-and-go da década passada na economia brasileira!
Porque, afinal, a única fórmula com que se acena para a volta do crescimento econômico é aquela que o inviabiliza: mais cortes.
Completamos seis meses de “a retomada vem aí”.
No mês que vem, no trimestre que vem, no semestre que vem…
Mesmo a queda da inflação – minúscula, é mais resultado da sazonalidade dos preços dos alimentos – e a virada do ano é péssima para isso – e a saída das contas de inflação acumulada do choque (burro) de preços administrados que o desaparecido Joaquim Levy deu, para ajudar a arruinar o Governo Dilma.
O artigo de Fernando Nogueira da Costa é bem mais extenso e detalhado. Vale muito a leitura.
Porque, afinal, a única fórmula com que se acena para a volta do crescimento econômico é aquela que o inviabiliza: mais cortes.
Completamos seis meses de “a retomada vem aí”.
No mês que vem, no trimestre que vem, no semestre que vem…
Mesmo a queda da inflação – minúscula, é mais resultado da sazonalidade dos preços dos alimentos – e a virada do ano é péssima para isso – e a saída das contas de inflação acumulada do choque (burro) de preços administrados que o desaparecido Joaquim Levy deu, para ajudar a arruinar o Governo Dilma.
O artigo de Fernando Nogueira da Costa é bem mais extenso e detalhado. Vale muito a leitura.
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