Por Luis Felipe Miguel, no blog Cafezinho:
Um traço característico da cosmovisão fascista é a exaltação da força. O próprio Mussolini era um brutamontes, mas muito de seus seguidores não - e fica aquela coisa caricata, do chefete fascista mirrado falando da superioridade dos fortes, tipo o Plínio Salgado.
No Brasil atual, isso sempre me vem à mente quando vejo o impagável astrólogo Olavo de Carvalho prometendo que vai dar porrada em todo mundo, com seu fôlego bronquítico de velho fumante inveterado.
Mas agora o exemplo máximo é Kim Kataguiri. É verdade que ele é "atlético": é um dosgolden boys da Atlas Foundation no Brasil. (Desculpem o péssimo trocadilho.) Está lá, franzino, anunciando invasões a escolas, retiradas a força. É o novo chefete fascista, comandando a escalada de violência do MBL.
Foi Sylvia Moretzsohn quem me chamou a atenção para a semelhança com o CCC, o "Comando de Caça aos Comunistas" da época da ditadura. As forças de repressão do Estado, judiciário incluído, fazem uma parte do serviço - com desenvoltura cada vez maior, como mostra a incrível decisão do juiz brasiliense autorizando o uso de tortura contra estudantes. A outra parte vem de grupos da extrema-direita, que usam a violência para intimidar a resistência. Essas novas milícias, tudo indica, estão formadas pelo MBL e grupelhos que o orbitam.
O CCC, no entanto, sempre viveu meio nas sombras. Até hoje, Boris Casoy faz de tudo para apagar sua vinculação com o grupo. Já os Kataguiris do MBL são loucos por holofotes; querem ser reconhecidos como heróis do retrocesso. Contam com a impunidade e com o silêncio absoluto de seus aliados na mídia. Nesse ponto, vejam só, estamos pior ainda do que estávamos na ditadura passada.
* Luis Felipe Miguel é professor de Ciência Política na UnB.
Um traço característico da cosmovisão fascista é a exaltação da força. O próprio Mussolini era um brutamontes, mas muito de seus seguidores não - e fica aquela coisa caricata, do chefete fascista mirrado falando da superioridade dos fortes, tipo o Plínio Salgado.
No Brasil atual, isso sempre me vem à mente quando vejo o impagável astrólogo Olavo de Carvalho prometendo que vai dar porrada em todo mundo, com seu fôlego bronquítico de velho fumante inveterado.
Mas agora o exemplo máximo é Kim Kataguiri. É verdade que ele é "atlético": é um dosgolden boys da Atlas Foundation no Brasil. (Desculpem o péssimo trocadilho.) Está lá, franzino, anunciando invasões a escolas, retiradas a força. É o novo chefete fascista, comandando a escalada de violência do MBL.
Foi Sylvia Moretzsohn quem me chamou a atenção para a semelhança com o CCC, o "Comando de Caça aos Comunistas" da época da ditadura. As forças de repressão do Estado, judiciário incluído, fazem uma parte do serviço - com desenvoltura cada vez maior, como mostra a incrível decisão do juiz brasiliense autorizando o uso de tortura contra estudantes. A outra parte vem de grupos da extrema-direita, que usam a violência para intimidar a resistência. Essas novas milícias, tudo indica, estão formadas pelo MBL e grupelhos que o orbitam.
O CCC, no entanto, sempre viveu meio nas sombras. Até hoje, Boris Casoy faz de tudo para apagar sua vinculação com o grupo. Já os Kataguiris do MBL são loucos por holofotes; querem ser reconhecidos como heróis do retrocesso. Contam com a impunidade e com o silêncio absoluto de seus aliados na mídia. Nesse ponto, vejam só, estamos pior ainda do que estávamos na ditadura passada.
* Luis Felipe Miguel é professor de Ciência Política na UnB.
1 comentários:
Fascismo e Leis Trabalhistas
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Você sabia que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho, decreto-lei nº 5.452) brasileira foi inspirada integralmente na Carta do Trabalho (Carta del Lavoro) fascista?
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- Carteira de Trabalho (Carta del Lavoro);
- Adicional noturno;
- Férias remuneradas;
- Salário mínimo;
- Indenização por tempo de serviço;
- Seguro desemprego;
- Contratos coletivos;
- Auxílio doença ou por acidente de trabalho;
- Previdência social (Instituto Nacional Fascista de Previdência Social);
- Idade para aposentadoria;
- Descanso aos finais de semana;
- Jornada de trabalho definida (8hrs/dia, máxima de 40hrs semanais);
- Regularização dos sindicatos;
- Justiça do trabalho e processo trabalhista;
- Licença Maternidade;
- Parâmetros de justa causa;
- Período de experiência;
- Direito de falta ao trabalho para frequentar cursos profissionalizantes;
*
Se o trabalhador tem que ser grato a algo sobre seus direitos (dos quais a plutocracia dominante insiste em depredar e rebaixar todos os dias com leis e impostos cada dia mais pesados) é ao fascismo.
*
Fonte: Legislação fascista, livro ''O Estado Corporativo, Benito Mussolini''.
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