Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
A força-tarefa da Lava Jato não apenas não sabe fazer powerpoints. Ela também não sabe falar a verdade.
Hoje, ela divulgou um estudo em que distorce completamente os números, porque não inclui todos aqueles que ela manteve preso preventivamente por até dois anos, sem condenação, sem prova. Usa apenas o que ainda estão detidos. Ou seja, ignora os arbítrios já cometidos, as torturas, as manipulações sem limite, os vazamentos seletivos e criminosos, a agenda minunciosamente sincronizada com os objetivos do golpe.
Para dar somente um exemplo: houve um executivo da OAS, Mateus Coutinho de Sá, que ficou preso, pela Lava Jato, por dois anos, e depois, em novembro do ano passado, foi absolvido em segunda instância, por absoluta falta de provas.
Por que ficou preso durante todo esse tempo?
Ora, porque a Lava Jato precisava, para levar adiante o golpe, produzir terror e caos – o que conseguiu.
O executivo perdeu o emprego, a reputação, a liberdade.
Do ponto-de-vista do golpe, e do país, porém, isso não é o principal: o que importava era paralisar a economia, o que a Lava Jato também conseguiu.
Foi assim que a Lava Jato paralisou e depois destruiu a economia brasileira. Os procuradores desarticulavam diretorias inteiras das nossas maiores empresas de construção civil, responsáveis pelas principais obras de infra-estrutura do país, sem importar se havia provas ou não contra os executivos.
O importante era paralisar completamente as empresas, as obras e o país, produzindo a atmosfera de terror, instabilidade e medo que levou ao golpe.
Apenas após as prisões é que se procuravam provas, através da mais desavergonhada espionagem oficial. Quando enfim se encontrava um papelzinho, um email, um telefonema suspeito, vazava-se ilegalmente tudo para a mídia, para que houvesse condenação midiática que justificasse a prisão.
Lava Jato e Globo – que são cúmplices no esquema golpista – se aproveitam da comoção provocada pela morte de Teori para tentar legitimar os arbítrios e crimes de uma operação que serviu de base para o golpe, golpe que deflagrou um processo brutal de desnacionalização da economia, entrega de patrimônio público, desmantelamento do Estado, redução das liberdades individuais e aumento da repressão. Sem contar a onda fascista, que a Lava Jato fez explodir. Não é tôa que os mesmos que defendem “intervenção militar já” e “Bolsonaro 2018” são os maiores fanáticos por Sergio Moro e pela Lava Jato.
É interessante, de qualquer forma, a preocupação da Lava Jato com sua “imagem”. Desde o seu início, ela vem trabalhando, em parceria com a mídia, para manter alta sua taxa de aprovação na opinião pública. Tem conseguido isso de maneira espetacular. Mesmo assim, o seu viés autoritário não admite críticas, e ela torra recursos públicos com todo o tipo de assessoria de marketing para continuar posando de operação imaculada.
A Lava Jato, nos últimos meses, entrou numa fase ainda mais sinistra, que é a de celebrar, oficialmente ou extra-oficialmente, acordos com o Departamento de Justiça dos EUA. Ou seja, a operação quebrou as maiores empresas de construção pesada do país, e hoje a Petrobrás só está contratando estrangeiras, infinitamente mais corruptas e truculentas, algumas delas patrocinadoras de guerras de extermínio no oriente médio e África.
Quanto às confirmações em segunda instância das condenações e ações de Sergio Moro, isso apenas reforça o que a gente já sabia: o judiciário brasileiro é profundamente corporativo. É muito raro, de maneira geral, não apenas na Lava Jato, que haja qualquer mudança em condenações de segunda instância. Se houver pressão midiática, então, aí é quase impossível. A Lava Jato sabe disso.
Toda essa propaganda, bancada com dinheiro público ilimitado, para legitimar a Lava Jato, incluindo esse “estudo” aí de hoje, visa pressionar e intimidar as instâncias superiores, para que não ousem ficar no caminho da operação.
Quem ousará ficar no caminho da Globo e da Lava Jato?
Afinal, sem querer ventilar teorias de conspiração, mas já o fazendo, o último juiz que ousou chamar as prisões da Lava Jato de “medievalescas”, e acusou a força-tarefa de promover espetáculos midiáticos, hoje jaz no fundo do mar de Parati.
A Lava Jato não é confiável. Não acho que seja a “maior operação contra a corrupção da história do Brasil” e sim a operação mais corrupta, truculenta e irresponsável da história do Brasil. E o resultado está aí: economia destruída, corruptos no poder, patrimônio público sendo liquidado rapidamente, desemprego e desesperança.
(Tem uma outra coisa, que estou fingindo que nem estou vendo, de tão absurdo e esquisito: um setor da militância petista, desorientado – certamente por culpa do partido, que há tempos está acéfalo – passou a defender a Lava Jato e a homologação da delação da Odebrecht, achando talvez que seria muito positivo que mais gente fosse presa. Esqueceram o power point do Dallagnol?)
A força-tarefa da Lava Jato não apenas não sabe fazer powerpoints. Ela também não sabe falar a verdade.
Hoje, ela divulgou um estudo em que distorce completamente os números, porque não inclui todos aqueles que ela manteve preso preventivamente por até dois anos, sem condenação, sem prova. Usa apenas o que ainda estão detidos. Ou seja, ignora os arbítrios já cometidos, as torturas, as manipulações sem limite, os vazamentos seletivos e criminosos, a agenda minunciosamente sincronizada com os objetivos do golpe.
Para dar somente um exemplo: houve um executivo da OAS, Mateus Coutinho de Sá, que ficou preso, pela Lava Jato, por dois anos, e depois, em novembro do ano passado, foi absolvido em segunda instância, por absoluta falta de provas.
Por que ficou preso durante todo esse tempo?
Ora, porque a Lava Jato precisava, para levar adiante o golpe, produzir terror e caos – o que conseguiu.
O executivo perdeu o emprego, a reputação, a liberdade.
Do ponto-de-vista do golpe, e do país, porém, isso não é o principal: o que importava era paralisar a economia, o que a Lava Jato também conseguiu.
Foi assim que a Lava Jato paralisou e depois destruiu a economia brasileira. Os procuradores desarticulavam diretorias inteiras das nossas maiores empresas de construção civil, responsáveis pelas principais obras de infra-estrutura do país, sem importar se havia provas ou não contra os executivos.
O importante era paralisar completamente as empresas, as obras e o país, produzindo a atmosfera de terror, instabilidade e medo que levou ao golpe.
Apenas após as prisões é que se procuravam provas, através da mais desavergonhada espionagem oficial. Quando enfim se encontrava um papelzinho, um email, um telefonema suspeito, vazava-se ilegalmente tudo para a mídia, para que houvesse condenação midiática que justificasse a prisão.
Lava Jato e Globo – que são cúmplices no esquema golpista – se aproveitam da comoção provocada pela morte de Teori para tentar legitimar os arbítrios e crimes de uma operação que serviu de base para o golpe, golpe que deflagrou um processo brutal de desnacionalização da economia, entrega de patrimônio público, desmantelamento do Estado, redução das liberdades individuais e aumento da repressão. Sem contar a onda fascista, que a Lava Jato fez explodir. Não é tôa que os mesmos que defendem “intervenção militar já” e “Bolsonaro 2018” são os maiores fanáticos por Sergio Moro e pela Lava Jato.
É interessante, de qualquer forma, a preocupação da Lava Jato com sua “imagem”. Desde o seu início, ela vem trabalhando, em parceria com a mídia, para manter alta sua taxa de aprovação na opinião pública. Tem conseguido isso de maneira espetacular. Mesmo assim, o seu viés autoritário não admite críticas, e ela torra recursos públicos com todo o tipo de assessoria de marketing para continuar posando de operação imaculada.
A Lava Jato, nos últimos meses, entrou numa fase ainda mais sinistra, que é a de celebrar, oficialmente ou extra-oficialmente, acordos com o Departamento de Justiça dos EUA. Ou seja, a operação quebrou as maiores empresas de construção pesada do país, e hoje a Petrobrás só está contratando estrangeiras, infinitamente mais corruptas e truculentas, algumas delas patrocinadoras de guerras de extermínio no oriente médio e África.
Quanto às confirmações em segunda instância das condenações e ações de Sergio Moro, isso apenas reforça o que a gente já sabia: o judiciário brasileiro é profundamente corporativo. É muito raro, de maneira geral, não apenas na Lava Jato, que haja qualquer mudança em condenações de segunda instância. Se houver pressão midiática, então, aí é quase impossível. A Lava Jato sabe disso.
Toda essa propaganda, bancada com dinheiro público ilimitado, para legitimar a Lava Jato, incluindo esse “estudo” aí de hoje, visa pressionar e intimidar as instâncias superiores, para que não ousem ficar no caminho da operação.
Quem ousará ficar no caminho da Globo e da Lava Jato?
Afinal, sem querer ventilar teorias de conspiração, mas já o fazendo, o último juiz que ousou chamar as prisões da Lava Jato de “medievalescas”, e acusou a força-tarefa de promover espetáculos midiáticos, hoje jaz no fundo do mar de Parati.
A Lava Jato não é confiável. Não acho que seja a “maior operação contra a corrupção da história do Brasil” e sim a operação mais corrupta, truculenta e irresponsável da história do Brasil. E o resultado está aí: economia destruída, corruptos no poder, patrimônio público sendo liquidado rapidamente, desemprego e desesperança.
(Tem uma outra coisa, que estou fingindo que nem estou vendo, de tão absurdo e esquisito: um setor da militância petista, desorientado – certamente por culpa do partido, que há tempos está acéfalo – passou a defender a Lava Jato e a homologação da delação da Odebrecht, achando talvez que seria muito positivo que mais gente fosse presa. Esqueceram o power point do Dallagnol?)
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