Por Altamiro Borges
Os falsos moralistas, que seduziram os ingênuos nas marchas pelo "Fora Dilma", estão cada dia mais desmoralizados. No início de março, a empresária Renata Loureiro Borges Monteiro postou no seu Facebook a foto do juiz Sergio Moro e a cínica mensagem: "É de cabeça erguida que iremos limpar o país". Nesta terça-feira (14), porém, ela foi intimada coercitivamente e levada por agentes da Polícia Federal para prestar depoimento sobre um milionário esquema de propina no Rio de Janeiro. Já nesta sexta-feira, outro fã do chefão da Lava-Jato, o médico veterinário Flavio Evers Cassou, funcionário da Seara, foi preso e teve bens bloqueados como resultado da Operação "Carne Fraca". Os dois casos confirmam que é sempre bom desconfiar dos vestais da ética. Geralmente, eles são bandidos!
No caso da empresária, ela foi intimada em decorrência da chamada Operação Tolypeutes, um dos braços da Lava Jato no Rio de Janeiro, que investiga crimes de corrupção e pagamento de propina em contratos da linha 4 do Metrô. Na ação, foram presos o diretor da Companhia de Transportes sobre Trilhos (Rio Trilhos), Heitor Lopes de Sousa Junior, e o atual subsecretário de Turismo do Estado e ex-subsecretário de Transportes, Luiz Carlos Velloso - que é casado com Renata Loureiro. A ativa bajuladora do chefão da Lava-Jato é suspeita de ter participado diretamente no esquema de desvio de recursos púbicos. O Ministério Público Federal já pediu o bloqueio de R$ 12 milhões do casal.
Já no caso do médico veterinário Flavio Evers, a revista Época deu mais detalhes sobre a sua suposta participação nos crimes cometidos pela Seara - só evitou citar a estrela global Fátima Bernardes, a principal garota-propaganda da poderosa empresa. Segundo a matéria, "alvo da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, Flavio Evers Cassou, funcionário da Seara, empresa controlada pelo grupo JBS, publicou posts no Facebook pedindo rigor da Justiça e exaltando rigidez de caráter. Nesta sexta-feira (17), ele foi preso e teve os bens bloqueados durante ação da PF para reprimir uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários e empresários. A polícia se refere a Flávio Cassou como executivo da Seara, mas a empresa garante que o cargo dele é de médico veterinário".
Época lembra que "a Operação Carne Fraca foi desencadeada após quase dois anos de investigação. A PF emitiu mandados de prisão e busca e apreensão ao constatar que superintendências regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam para proteger grupos empresariais em detrimento do interesse público. Irregularidades como reembalagem de produtos vencidos, propina e venda de carne imprópria para consumo humano foram encontradas". Já sobre o médico veterinário, a reportagem revela a sua ativa militância de direita nas redes sociais.
"Em uma postagem feita por Cassou em 6 de janeiro de 2015, o veterinário compartilhou um artigo que exalta o trabalho do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos de 1ª instância da Operação Lava-Jato. 'Se o juiz Sérgio Moro desaparecesse hoje, boa parcela dos empresários que representam o PIB nacional se sentiria aliviada... E teríamos festa nos arraiais do PT e seus assemelhados', diz o primeiro parágrafo do texto. Em seus posts, o funcionário preso mostra que é opositor do Partido dos Trabalhadores (PT). Ainda em janeiro de 2015, ele republicou um post da página 'Dilma Rousseff, NÃO', que pedia ironicamente a importação de juízes da Indonésia depois da vinda de médicos cubanos. Na ocasião, a imprensa do Brasil repercutia a execução de dois brasileiros condenados no país asiático por tráfico de drogas".
"Às vésperas do primeiro turno das eleições de 2014, Cassou apoiava 'tirar o Brasil do vermelho', ao pedir a saída do PT do governo. O executivo era crítico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da então candidata Marina Silva. Ele compartilhou publicação da página 'União Contra a Corrupção' dizendo que a ex-ministra até teria 'muitas qualidades', mas seria 'fundamentalista religiosa', 'comunista de carteirinha' e 'amiga íntima do LULADRÃO'". Em outras postagens, o veterinário da Seara faz inúmeras pregações pela rigidez moral. "Ética é o que você faz quando está todo mundo olhando. O que você faz quando não tem ninguém por perto chama-se caráter", lê-se em uma imagem compartilhada por ele em dezembro de 2014. "Da vida não quero muito... Quero apenas saber que tentei tudo o que quis, tive tudo o que pude, amei tudo o que valia e perdi apenas o que, no fundo, nunca foi meu", sustenta em outra publicação no Facebook.
*****
Leia também:
- "Musa golpista" derruba chefão da RedeTV!
- Feliciano e a praga contra os golpistas
- O sonegador da Fiesp e os patos da Paulista
- Otávio Mesquita e os “ratos” da TV
- Luciano Huck é vaiado nas Olimpíadas
- Caiado, o jagunço que "rouba e mente"
- US$ 100 milhões em propina. E agora FHC?
- O casamento gay e os falsos moralistas
- Quem ainda defende Eduardo Cunha?
- Eduardo Cunha e os falsos moralistas
- Aroldo Cedraz, o “ladraz” golpista do TCU?
- A cólera dos falsos moralistas
- Delações revelam poleiro sujo dos tucanos
- Os 119 golpistas com processos na Justiça
- A queda do último “ético” do DEM
Os falsos moralistas, que seduziram os ingênuos nas marchas pelo "Fora Dilma", estão cada dia mais desmoralizados. No início de março, a empresária Renata Loureiro Borges Monteiro postou no seu Facebook a foto do juiz Sergio Moro e a cínica mensagem: "É de cabeça erguida que iremos limpar o país". Nesta terça-feira (14), porém, ela foi intimada coercitivamente e levada por agentes da Polícia Federal para prestar depoimento sobre um milionário esquema de propina no Rio de Janeiro. Já nesta sexta-feira, outro fã do chefão da Lava-Jato, o médico veterinário Flavio Evers Cassou, funcionário da Seara, foi preso e teve bens bloqueados como resultado da Operação "Carne Fraca". Os dois casos confirmam que é sempre bom desconfiar dos vestais da ética. Geralmente, eles são bandidos!
No caso da empresária, ela foi intimada em decorrência da chamada Operação Tolypeutes, um dos braços da Lava Jato no Rio de Janeiro, que investiga crimes de corrupção e pagamento de propina em contratos da linha 4 do Metrô. Na ação, foram presos o diretor da Companhia de Transportes sobre Trilhos (Rio Trilhos), Heitor Lopes de Sousa Junior, e o atual subsecretário de Turismo do Estado e ex-subsecretário de Transportes, Luiz Carlos Velloso - que é casado com Renata Loureiro. A ativa bajuladora do chefão da Lava-Jato é suspeita de ter participado diretamente no esquema de desvio de recursos púbicos. O Ministério Público Federal já pediu o bloqueio de R$ 12 milhões do casal.
Já no caso do médico veterinário Flavio Evers, a revista Época deu mais detalhes sobre a sua suposta participação nos crimes cometidos pela Seara - só evitou citar a estrela global Fátima Bernardes, a principal garota-propaganda da poderosa empresa. Segundo a matéria, "alvo da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, Flavio Evers Cassou, funcionário da Seara, empresa controlada pelo grupo JBS, publicou posts no Facebook pedindo rigor da Justiça e exaltando rigidez de caráter. Nesta sexta-feira (17), ele foi preso e teve os bens bloqueados durante ação da PF para reprimir uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários e empresários. A polícia se refere a Flávio Cassou como executivo da Seara, mas a empresa garante que o cargo dele é de médico veterinário".
Época lembra que "a Operação Carne Fraca foi desencadeada após quase dois anos de investigação. A PF emitiu mandados de prisão e busca e apreensão ao constatar que superintendências regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam para proteger grupos empresariais em detrimento do interesse público. Irregularidades como reembalagem de produtos vencidos, propina e venda de carne imprópria para consumo humano foram encontradas". Já sobre o médico veterinário, a reportagem revela a sua ativa militância de direita nas redes sociais.
"Em uma postagem feita por Cassou em 6 de janeiro de 2015, o veterinário compartilhou um artigo que exalta o trabalho do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos de 1ª instância da Operação Lava-Jato. 'Se o juiz Sérgio Moro desaparecesse hoje, boa parcela dos empresários que representam o PIB nacional se sentiria aliviada... E teríamos festa nos arraiais do PT e seus assemelhados', diz o primeiro parágrafo do texto. Em seus posts, o funcionário preso mostra que é opositor do Partido dos Trabalhadores (PT). Ainda em janeiro de 2015, ele republicou um post da página 'Dilma Rousseff, NÃO', que pedia ironicamente a importação de juízes da Indonésia depois da vinda de médicos cubanos. Na ocasião, a imprensa do Brasil repercutia a execução de dois brasileiros condenados no país asiático por tráfico de drogas".
"Às vésperas do primeiro turno das eleições de 2014, Cassou apoiava 'tirar o Brasil do vermelho', ao pedir a saída do PT do governo. O executivo era crítico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da então candidata Marina Silva. Ele compartilhou publicação da página 'União Contra a Corrupção' dizendo que a ex-ministra até teria 'muitas qualidades', mas seria 'fundamentalista religiosa', 'comunista de carteirinha' e 'amiga íntima do LULADRÃO'". Em outras postagens, o veterinário da Seara faz inúmeras pregações pela rigidez moral. "Ética é o que você faz quando está todo mundo olhando. O que você faz quando não tem ninguém por perto chama-se caráter", lê-se em uma imagem compartilhada por ele em dezembro de 2014. "Da vida não quero muito... Quero apenas saber que tentei tudo o que quis, tive tudo o que pude, amei tudo o que valia e perdi apenas o que, no fundo, nunca foi meu", sustenta em outra publicação no Facebook.
*****
Leia também:
- "Musa golpista" derruba chefão da RedeTV!
- Feliciano e a praga contra os golpistas
- O sonegador da Fiesp e os patos da Paulista
- Otávio Mesquita e os “ratos” da TV
- Luciano Huck é vaiado nas Olimpíadas
- Caiado, o jagunço que "rouba e mente"
- US$ 100 milhões em propina. E agora FHC?
- O casamento gay e os falsos moralistas
- Quem ainda defende Eduardo Cunha?
- Eduardo Cunha e os falsos moralistas
- Aroldo Cedraz, o “ladraz” golpista do TCU?
- A cólera dos falsos moralistas
- Delações revelam poleiro sujo dos tucanos
- Os 119 golpistas com processos na Justiça
- A queda do último “ético” do DEM
1 comentários:
esses tipos, sabendo que fazem coisas erradas, começam a querer seduzir quem aparece "querendo" fazer justiça "imparcial", para numa possível descoberto, ser perdoado, com certeza é isso.
Postar um comentário