Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Depois de ter desempenhado um ativo papel de líder regional na América do Sul, durante os anos Lula, sob Temer o Brasil renunciou à condição que lhe é reservada por sua dimensão e peso político e econômico. Enquanto isso, governos vizinhos vão assumindo maior protagonismo e responsabilidade no enfrentamento dos problemas regionais, como faz o presidente colombiano, Juan Manuel Santos. Ele viajou ontem para Cuba em busca de apoio para um esforço diplomático concertado das nações sul-americanas e caribenhas em favor de uma solução para a crise política na Venezuela. Segundo o Financial Times, a iniciativa de Santos teria o apoio do México e da Argentina. O Brasil não é sequer mencionado nesta movimentação. Há um claro alinhamento da política externa de Temer, chefiada pelo tucano Aloysio Nunes Ferreira, com a oposição venezuelana, o que desqualifica o Brasil como integrante de qualquer esforço conciliador.
Em 2003, quando houve outro surto de radicalização na Venezuela, contra o governo do presidente Hugo Chávez, que culminou com uma prolongada greve geral liderada pela oposição, o então presidente Lula propôs a criação do Grupo de Amigos da Venezuela, iniciativa que foi exitosamente articulada pelo chanceler Celso Amorim. Participaram do grupo Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, México e Portugal. Ao lado da OEA, estes países conseguiram uma pacificação dos ânimos na Venezuela naquelas fase.
Ao longo do governo Lula, o Brasil afirmou-se como líder do esforço de integração sul-americana, que culminou na criação da Unasul - Comunidade Latino-americana de Nações, composta por 12 países da região. Sob Temer, entretanto, o Brasil renunciou a este papel de liderança e encolheu como protagonista regional, embora seja o maior país do continente.
Temer deve participar da reunião da cúpula do Mercosul na próxima sexta-feira, 21, em Mendoza, Argentina, quando o Brasil volta a assumir a presidência pro-tempore do bloco. Um dos objetivos da cúpula é promover uma aproximação de procedimentos com a Aliança do Pacífico, integrada por México, Chile, Colômbia e Peru, de modo a alcançar maior integração comercial, e rediscutir o emperrado acordo comercial com a União Europeia. A situação da Venezuela, que foi suspensa do Mercosul em dezembro, sob forte pressão brasileira, entrará naturalmente na pauta mas o Brasil não terá, até onde se sabe, nenhuma proposta a apresentar. Parece torcer pelo quanto pior, melhor, no país vizinho.
Pela decadência política interna, e pela insignificância na cena externa, o Brasil sob Temer não pode ser chamado de republiqueta de bananas, mas de Bananão.
Depois de ter desempenhado um ativo papel de líder regional na América do Sul, durante os anos Lula, sob Temer o Brasil renunciou à condição que lhe é reservada por sua dimensão e peso político e econômico. Enquanto isso, governos vizinhos vão assumindo maior protagonismo e responsabilidade no enfrentamento dos problemas regionais, como faz o presidente colombiano, Juan Manuel Santos. Ele viajou ontem para Cuba em busca de apoio para um esforço diplomático concertado das nações sul-americanas e caribenhas em favor de uma solução para a crise política na Venezuela. Segundo o Financial Times, a iniciativa de Santos teria o apoio do México e da Argentina. O Brasil não é sequer mencionado nesta movimentação. Há um claro alinhamento da política externa de Temer, chefiada pelo tucano Aloysio Nunes Ferreira, com a oposição venezuelana, o que desqualifica o Brasil como integrante de qualquer esforço conciliador.
Em 2003, quando houve outro surto de radicalização na Venezuela, contra o governo do presidente Hugo Chávez, que culminou com uma prolongada greve geral liderada pela oposição, o então presidente Lula propôs a criação do Grupo de Amigos da Venezuela, iniciativa que foi exitosamente articulada pelo chanceler Celso Amorim. Participaram do grupo Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, México e Portugal. Ao lado da OEA, estes países conseguiram uma pacificação dos ânimos na Venezuela naquelas fase.
Ao longo do governo Lula, o Brasil afirmou-se como líder do esforço de integração sul-americana, que culminou na criação da Unasul - Comunidade Latino-americana de Nações, composta por 12 países da região. Sob Temer, entretanto, o Brasil renunciou a este papel de liderança e encolheu como protagonista regional, embora seja o maior país do continente.
Temer deve participar da reunião da cúpula do Mercosul na próxima sexta-feira, 21, em Mendoza, Argentina, quando o Brasil volta a assumir a presidência pro-tempore do bloco. Um dos objetivos da cúpula é promover uma aproximação de procedimentos com a Aliança do Pacífico, integrada por México, Chile, Colômbia e Peru, de modo a alcançar maior integração comercial, e rediscutir o emperrado acordo comercial com a União Europeia. A situação da Venezuela, que foi suspensa do Mercosul em dezembro, sob forte pressão brasileira, entrará naturalmente na pauta mas o Brasil não terá, até onde se sabe, nenhuma proposta a apresentar. Parece torcer pelo quanto pior, melhor, no país vizinho.
Pela decadência política interna, e pela insignificância na cena externa, o Brasil sob Temer não pode ser chamado de republiqueta de bananas, mas de Bananão.
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