Por Altamiro Borges
A quadrilha de Michel Temer chegou ao poder graças ao apoio da cloaca empresarial, da imprensa golpista e dos “midiotas” da chamada classe média. E o Judas não tem qualquer pudor “republicano”, como tinham os ingênuos do governo Dilma, para recompensar parte destes setores – com exceção dos “coxinhas” otários. O patronato está sendo beneficiado com a anistia de dívidas, a manutenção da desoneração fiscal, a “reforma” trabalhista que reduz seus custos e outras regalias. Já os barões da mídia tiveram o aumento das verbas publicitárias – somente a revista “QuantoÉ”, a mais descarada na chapa-branquismo, viu sua cota aumentar em 1.384% nos últimos doze meses; no caso da “Veja”, a cota de publicidade cresceu 490%.
Para recompensar os ricaços, Michel Temer não vacila em golpear os tímidos avanços civilizatórios do período recente. Nesta sexta-feira (11), o site UOL publicou uma longa reportagem, assinada pelo repórter Carlos Madeiro, revelando que um dos principais programas sociais dos governos Lula e Dilma é alvo da crueldade do Judas. “O número de beneficiários pagos pelo Bolsa Família em julho registrou a maior redução em relação a um mês anterior desde o lançamento do programa, em 2003. Entre junho e o mês passado, o número de benefícios encolheu em 543 mil famílias... Ao todo, o programa pagou 12.740.640 famílias em julho. O número de bolsas pagas foi o menor desde julho de 2010, quando foram pagas 12.582.844 bolsas. Se compararmos julho de 2014 com o mesmo mês de 2017, houve uma redução de 1,5 milhão de bolsas pagas”.
A redução recorde do número de beneficiários ocorre exatamente no momento em que a crise econômica se agrava no Brasil, jogando milhões de pessoas no desemprego e no desespero. Segundo dados do próprio Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, antes do corte de julho já havia mais de meio milhão de famílias na lista de espera para ingressar no programa. A nova redução do benefício, que “pegou muitos beneficiários de surpresa”, vai agravar ainda mais a miséria e desgraceira nos lares de milhões de brasileiros, como aponta a matéria.
“Na segunda-feira (7), a reportagem do UOL visitou a central do Cadastro Único e do Bolsa Família em Maceió, onde 55,2 mil famílias dependem do pagamento. O município também teve corte no número de beneficiários: em junho, eles eram 57,4 mil. Entre os beneficiários que buscaram resolver problemas, o clima era de grande apreensão. ‘A verdade é que a gente fica sempre esperando uma notícia assim, pois sabe que estão cortando tudo. Até direitos da gente já cortaram’, diz a camareira Rosângela da Silva, 43, que tem três filhos – mora com dois deles – e recebia R$ 124 até junho. ‘Agora cortaram do nada’. Diversos relatos de pessoas que recebiam a bolsa apontam a mesma coisa: não houve informação prévia do corte e as pessoas não foram notificadas para recadastro”.
“Cliwleide Gomes da Silva, 38, é beneficiária desde o início do programa e diz que nunca teve o benefício cortado nesse período. ‘Quando fui sacar agora no dia 27, saiu um papel dizendo que estava bloqueado, não tinha justificativa. Foi o maior susto porque sempre faço tudo direitinho, trago a frequência escolar, cartões de vacina, faço recadastramento’, diz a mulher, que tem dois filhos e depende do benefício para pagar as contas. ‘Minha única renda extra é quando arrumo alguma faxina ou vendo alguma coisa, mas é difícil’, diz... Maria Rosilene da Silva, 41, afirma que teve o benefício cancelado no mês passado. ‘Disseram só que não tinha mais direito’, lamenta. ‘Tenho cinco filhos, e só um é jovem aprendiz. Os demais dependem de mim. Se não retomarem, vou ter de tirar minha filha de seis anos da escolinha’, conta a mulher, que recebia R$ 209 ao mês”.
Leia também:
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- Temer fechará 360 Farmácias Populares
- Oração fúnebre para o Brasil
A quadrilha de Michel Temer chegou ao poder graças ao apoio da cloaca empresarial, da imprensa golpista e dos “midiotas” da chamada classe média. E o Judas não tem qualquer pudor “republicano”, como tinham os ingênuos do governo Dilma, para recompensar parte destes setores – com exceção dos “coxinhas” otários. O patronato está sendo beneficiado com a anistia de dívidas, a manutenção da desoneração fiscal, a “reforma” trabalhista que reduz seus custos e outras regalias. Já os barões da mídia tiveram o aumento das verbas publicitárias – somente a revista “QuantoÉ”, a mais descarada na chapa-branquismo, viu sua cota aumentar em 1.384% nos últimos doze meses; no caso da “Veja”, a cota de publicidade cresceu 490%.
Para recompensar os ricaços, Michel Temer não vacila em golpear os tímidos avanços civilizatórios do período recente. Nesta sexta-feira (11), o site UOL publicou uma longa reportagem, assinada pelo repórter Carlos Madeiro, revelando que um dos principais programas sociais dos governos Lula e Dilma é alvo da crueldade do Judas. “O número de beneficiários pagos pelo Bolsa Família em julho registrou a maior redução em relação a um mês anterior desde o lançamento do programa, em 2003. Entre junho e o mês passado, o número de benefícios encolheu em 543 mil famílias... Ao todo, o programa pagou 12.740.640 famílias em julho. O número de bolsas pagas foi o menor desde julho de 2010, quando foram pagas 12.582.844 bolsas. Se compararmos julho de 2014 com o mesmo mês de 2017, houve uma redução de 1,5 milhão de bolsas pagas”.
A redução recorde do número de beneficiários ocorre exatamente no momento em que a crise econômica se agrava no Brasil, jogando milhões de pessoas no desemprego e no desespero. Segundo dados do próprio Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, antes do corte de julho já havia mais de meio milhão de famílias na lista de espera para ingressar no programa. A nova redução do benefício, que “pegou muitos beneficiários de surpresa”, vai agravar ainda mais a miséria e desgraceira nos lares de milhões de brasileiros, como aponta a matéria.
“Na segunda-feira (7), a reportagem do UOL visitou a central do Cadastro Único e do Bolsa Família em Maceió, onde 55,2 mil famílias dependem do pagamento. O município também teve corte no número de beneficiários: em junho, eles eram 57,4 mil. Entre os beneficiários que buscaram resolver problemas, o clima era de grande apreensão. ‘A verdade é que a gente fica sempre esperando uma notícia assim, pois sabe que estão cortando tudo. Até direitos da gente já cortaram’, diz a camareira Rosângela da Silva, 43, que tem três filhos – mora com dois deles – e recebia R$ 124 até junho. ‘Agora cortaram do nada’. Diversos relatos de pessoas que recebiam a bolsa apontam a mesma coisa: não houve informação prévia do corte e as pessoas não foram notificadas para recadastro”.
“Cliwleide Gomes da Silva, 38, é beneficiária desde o início do programa e diz que nunca teve o benefício cortado nesse período. ‘Quando fui sacar agora no dia 27, saiu um papel dizendo que estava bloqueado, não tinha justificativa. Foi o maior susto porque sempre faço tudo direitinho, trago a frequência escolar, cartões de vacina, faço recadastramento’, diz a mulher, que tem dois filhos e depende do benefício para pagar as contas. ‘Minha única renda extra é quando arrumo alguma faxina ou vendo alguma coisa, mas é difícil’, diz... Maria Rosilene da Silva, 41, afirma que teve o benefício cancelado no mês passado. ‘Disseram só que não tinha mais direito’, lamenta. ‘Tenho cinco filhos, e só um é jovem aprendiz. Os demais dependem de mim. Se não retomarem, vou ter de tirar minha filha de seis anos da escolinha’, conta a mulher, que recebia R$ 209 ao mês”.
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