Por Marcelo P.F.Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
A indústria de transformação brasileira segue com desempenho bastante preocupante ao longo de 2017. De acordo com análise publicada recentemente pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (leia aqui), no acumulado dos doze meses terminados em junho, foi registrada uma queda de 2,2% da produção física da indústria de transformação, a qual resultou de uma redução generalizada entre as quatro faixas de intensidade tecnológica avaliadas.
Enquanto o segmento de alta intensidade tecnológica retrocedeu à taxa de -2,2% no período, o segmento de média-alta intensidade registrou o desempenho menos pior (-0,1%) – graças ao crescimento das exportações de veículos -, o de média-baixa intensidade sofreu uma forte queda de 5,6% e o de baixa intensidade recuou 0,7%.
Apontando no mesmo sentido, os indicadores do Termômetro da Indústria (veja aqui) divulgados pela CNI no mês de agosto também revelam alguns dados nada alentadores no que se refere à atividade industrial brasileira. O número de horas trabalhadas na indústria, por exemplo, continua em uma trajetória descendente desde fevereiro de 2014, registrando em junho uma queda de 1,3% ante o mês de maio e situando-se no patamar de 83,5 pontos, isto é 16,5 pontos abaixo do nível registrado no longínquo ano de 2006. Da mesma forma, o emprego industrial persiste em longo declínio, apresentando uma diminuição de 0,2% no mês de junho.
Já a o indicador que mede a capacidade instalada efetiva, ficou em 40,9 pontos (portanto, um pouco acima dos 39,9 de maio), mas ainda longe do patamar de cinquenta pontos, a partir do qual se poderia dizer que a atividade industrial está aquecida.
Em suma, já atravessada metade do ano de 2017, fica a cada dia mais evidente que uma das mais graves consequências da equivocada política econômica atual revela-se na regressão do setor industrial, justamente aquele que é reconhecido entre economistas de diferentes matizes como o mais estratégico para o desenvolvimento de um país. Entre tantos desmontes que têm sido conduzidos pelo governo Temer, esse, contudo, talvez seja o mais difícil de reverter, mesmo que consigamos fazer a economia voltar a crescer nos próximos anos.
A indústria de transformação brasileira segue com desempenho bastante preocupante ao longo de 2017. De acordo com análise publicada recentemente pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (leia aqui), no acumulado dos doze meses terminados em junho, foi registrada uma queda de 2,2% da produção física da indústria de transformação, a qual resultou de uma redução generalizada entre as quatro faixas de intensidade tecnológica avaliadas.
Enquanto o segmento de alta intensidade tecnológica retrocedeu à taxa de -2,2% no período, o segmento de média-alta intensidade registrou o desempenho menos pior (-0,1%) – graças ao crescimento das exportações de veículos -, o de média-baixa intensidade sofreu uma forte queda de 5,6% e o de baixa intensidade recuou 0,7%.
Apontando no mesmo sentido, os indicadores do Termômetro da Indústria (veja aqui) divulgados pela CNI no mês de agosto também revelam alguns dados nada alentadores no que se refere à atividade industrial brasileira. O número de horas trabalhadas na indústria, por exemplo, continua em uma trajetória descendente desde fevereiro de 2014, registrando em junho uma queda de 1,3% ante o mês de maio e situando-se no patamar de 83,5 pontos, isto é 16,5 pontos abaixo do nível registrado no longínquo ano de 2006. Da mesma forma, o emprego industrial persiste em longo declínio, apresentando uma diminuição de 0,2% no mês de junho.
Já a o indicador que mede a capacidade instalada efetiva, ficou em 40,9 pontos (portanto, um pouco acima dos 39,9 de maio), mas ainda longe do patamar de cinquenta pontos, a partir do qual se poderia dizer que a atividade industrial está aquecida.
Em suma, já atravessada metade do ano de 2017, fica a cada dia mais evidente que uma das mais graves consequências da equivocada política econômica atual revela-se na regressão do setor industrial, justamente aquele que é reconhecido entre economistas de diferentes matizes como o mais estratégico para o desenvolvimento de um país. Entre tantos desmontes que têm sido conduzidos pelo governo Temer, esse, contudo, talvez seja o mais difícil de reverter, mesmo que consigamos fazer a economia voltar a crescer nos próximos anos.
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