Por Eliane Gonçalves, no jornal Brasil de Fato:
Segundo a prefeitura de São Paulo, o programa foi criado para combater o desperdício de alimento, ao mesmo tempo que garante os nutrientes para as pessoas de baixa renda.
Para isso, um grupo especializado em liofolização, que é a desidratação de alimentos, a Plataforma Sinergia, vai transformar produtos próximos a data de vencimento em um granulado que depois será distribuído para a população carente. O produto vai passar a integrar as cestas básicas distribuídas pelos Centros de Referência de Assistência.
Mas os críticos ao programa já compararam o nutriente com ração. Em nota, o Conselho Regional de Nutrição se colocou contrário à proposta por contrariar princípios do Direito Humano à Alimentação Adequada e o Guia Alimentar para a população brasileira.
O Guia é o documento de referência do Ministério da Saúde sobre alimentação. Segundo ele, a alimentação saudável é justamente a que prioriza o consumo de alimentos in natura e evita os ultraprocessados, como é o caso dos alimentos liofolizados.
A nutricionista Renata Levy, pesquisadora na Faculdade de Medicina da USP, integrou a equipe que elaborou o Guia. Para ela, a proposta da prefeitura é inaceitável.
"Acho uma coisa inaceitável. A cidade mais rica do país, onde tem o guia alimentar da população reconhecido pelo mundo inteiro e que preconiza o consumo de alimentos, alimentos mesmo, alimentos in natura, lançar um programa onde pretende disponibilizar para a população mais pobre do país um alimento que não tem a menor qualidade, ultraprocessado, ou seja, a população vai tá consumindo uma coisa que ela não tem ideia do que contém. Eu acho assustador. Acho um retrocesso assim, quase 15 anos da política de alimentação desse país."
De Milão, na Itália, o prefeito de São Paulo, João Dória disse que as críticas são feitas por falta de conhecimento."Total falta de conhecimento. Primeiro essas coisas que o Brasil tem de colocar ideologia, partidarismo nas coisas. Aquilo foi desenvolvido por cientistas, um trabalho de anos, elaborado com enorme cuidado, e foi submetido à prefeitura de São Paulo com todo o respaldo, de universidades de cientistas, com uma elaboração correta, o alimento é liofilizado dura anos, alimento liofilizado é o mesmo que os astronautas consomem."
A informação de que o alimento é feito a partir de alimentos próximos à data de vencimento ou fora do padrão de comercialização está disponível no site da Plataforma Sinergia. Segundo a empresa, já existem 50 toneladas do alimento em estoque.
Segundo a prefeitura de São Paulo, o programa foi criado para combater o desperdício de alimento, ao mesmo tempo que garante os nutrientes para as pessoas de baixa renda.
Para isso, um grupo especializado em liofolização, que é a desidratação de alimentos, a Plataforma Sinergia, vai transformar produtos próximos a data de vencimento em um granulado que depois será distribuído para a população carente. O produto vai passar a integrar as cestas básicas distribuídas pelos Centros de Referência de Assistência.
Mas os críticos ao programa já compararam o nutriente com ração. Em nota, o Conselho Regional de Nutrição se colocou contrário à proposta por contrariar princípios do Direito Humano à Alimentação Adequada e o Guia Alimentar para a população brasileira.
O Guia é o documento de referência do Ministério da Saúde sobre alimentação. Segundo ele, a alimentação saudável é justamente a que prioriza o consumo de alimentos in natura e evita os ultraprocessados, como é o caso dos alimentos liofolizados.
A nutricionista Renata Levy, pesquisadora na Faculdade de Medicina da USP, integrou a equipe que elaborou o Guia. Para ela, a proposta da prefeitura é inaceitável.
"Acho uma coisa inaceitável. A cidade mais rica do país, onde tem o guia alimentar da população reconhecido pelo mundo inteiro e que preconiza o consumo de alimentos, alimentos mesmo, alimentos in natura, lançar um programa onde pretende disponibilizar para a população mais pobre do país um alimento que não tem a menor qualidade, ultraprocessado, ou seja, a população vai tá consumindo uma coisa que ela não tem ideia do que contém. Eu acho assustador. Acho um retrocesso assim, quase 15 anos da política de alimentação desse país."
De Milão, na Itália, o prefeito de São Paulo, João Dória disse que as críticas são feitas por falta de conhecimento."Total falta de conhecimento. Primeiro essas coisas que o Brasil tem de colocar ideologia, partidarismo nas coisas. Aquilo foi desenvolvido por cientistas, um trabalho de anos, elaborado com enorme cuidado, e foi submetido à prefeitura de São Paulo com todo o respaldo, de universidades de cientistas, com uma elaboração correta, o alimento é liofilizado dura anos, alimento liofilizado é o mesmo que os astronautas consomem."
A informação de que o alimento é feito a partir de alimentos próximos à data de vencimento ou fora do padrão de comercialização está disponível no site da Plataforma Sinergia. Segundo a empresa, já existem 50 toneladas do alimento em estoque.
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