Por Altamiro Borges
A edição brasileira da rede britânica BBC publicou neste domingo (5) uma longa reportagem sobre as sinistras contas de Henrique Meirelles em offshores no Caribe. A explosiva denúncia não mereceu qualquer destaque na mídia nativa, nutrida com milhões em publicidade do covil golpista de Michel Temer. Afinal, o czar da economia ainda é cotado para ser o candidato das forças de direita e dos abutres financeiros na disputa presidencial de 2018. Nada pode abalar a campanha do queridinho do “deus-mercado”. A reportagem, porém, repercutiu nas redes sociais e pode atrapalhar as pretensões de Henrique Meirelles – que já coleciona desastres com a estagnação da economia brasileira e a imposição de inúmeras maldades contra os trabalhadores.
Segundo a matéria, assinada por André Shalders, a denúncia contra o ministro da Fazenda baseou-se em informações vazadas do escritório de advocacia Appleby, especializado em empresas offshores. Além de Henrique Meirelles, também há revelações sobre contas ligadas ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “O vazamento está sendo chamado de ‘Paradise Papers’, e envolve figuras importantes do governo do presidente norte-americano, Donald Trump... Os dados – cerca de 1,4 terabytes de informações – foram encaminhados por uma fonte anônima ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, de Munique, e compartilhados com jornalistas de todo o mundo organizados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês). No caso do Brasil, as informações são do site Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues”.
Conforme esclarece a BBC, “os cidadãos brasileiros possuem o direito de manter empresas offshores – e as contas bancárias associadas a elas – no exterior. A única exigência da lei é que os recursos sejam devidamente declarados à Receita, para que os impostos sejam pagos. Menções a pessoas e empresas na série ‘Paradise Papers’ não significam necessariamente que tais pessoas estejam envolvidas em irregularidades. Meirelles enviou à reportagem do Poder360 cópia da declaração de Imposto de Renda, provando que a offshore dele está devidamente registrada”. Uma das offshores do presidenciável chama-se “The Sabedoria Trust” e a documentação diz que ela foi estabelecida “a pedido de Henrique de Campos Meirelles, especificamente para propósitos de caridade”. Haja altruísmo do famoso rentista! A própria matéria, porém, alerta para os riscos destas contas no exterior:
“Embora a prática seja legal, empresas offshore podem ser usadas também para cometer crimes, como sonegação de impostos, ocultação de patrimônio (no caso de pessoas que deixam de pagar dívidas) e evasão de divisas. Podem ser usadas também para criar ‘fundos paralelos’ em empresas, possibilitando o pagamento de propinas sem que estas apareçam na contabilidade oficial da companhia. E ainda, para esconder dinheiro de origem ilícita. Para o Ministério Público Federal, empresas offshores em países como Bahamas, as ilhas Cayman e Bermudas foram usadas pela empreiteira Odebrecht para viabilizar pagamentos a políticos, por exemplo”. Será que o queridinho do “deus-mercado” vai sustentar seu sonho presidenciável com mais este petardo? A conferir!
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Leia também:
- A corrupção do BankBoston. Meirelles sabia?
- A ausência de Meirelles na delação da JBS
- Meirelles, o lobista, detonou a economia
- Globo já descarta o “companheiro” Meirelles
- Henrique Meirelles e Consenso de Washington
- 'Época' tenta esconder Meirelles
- Henrique Meirelles e a profecia do caos
- Kishiyama, a ponte Meirelles-Bahamas?
- "Mercado" esconde o rombo de Meirelles
- Meirelles, ex-JBS, é um indecoroso
A edição brasileira da rede britânica BBC publicou neste domingo (5) uma longa reportagem sobre as sinistras contas de Henrique Meirelles em offshores no Caribe. A explosiva denúncia não mereceu qualquer destaque na mídia nativa, nutrida com milhões em publicidade do covil golpista de Michel Temer. Afinal, o czar da economia ainda é cotado para ser o candidato das forças de direita e dos abutres financeiros na disputa presidencial de 2018. Nada pode abalar a campanha do queridinho do “deus-mercado”. A reportagem, porém, repercutiu nas redes sociais e pode atrapalhar as pretensões de Henrique Meirelles – que já coleciona desastres com a estagnação da economia brasileira e a imposição de inúmeras maldades contra os trabalhadores.
Segundo a matéria, assinada por André Shalders, a denúncia contra o ministro da Fazenda baseou-se em informações vazadas do escritório de advocacia Appleby, especializado em empresas offshores. Além de Henrique Meirelles, também há revelações sobre contas ligadas ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “O vazamento está sendo chamado de ‘Paradise Papers’, e envolve figuras importantes do governo do presidente norte-americano, Donald Trump... Os dados – cerca de 1,4 terabytes de informações – foram encaminhados por uma fonte anônima ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, de Munique, e compartilhados com jornalistas de todo o mundo organizados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês). No caso do Brasil, as informações são do site Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues”.
Conforme esclarece a BBC, “os cidadãos brasileiros possuem o direito de manter empresas offshores – e as contas bancárias associadas a elas – no exterior. A única exigência da lei é que os recursos sejam devidamente declarados à Receita, para que os impostos sejam pagos. Menções a pessoas e empresas na série ‘Paradise Papers’ não significam necessariamente que tais pessoas estejam envolvidas em irregularidades. Meirelles enviou à reportagem do Poder360 cópia da declaração de Imposto de Renda, provando que a offshore dele está devidamente registrada”. Uma das offshores do presidenciável chama-se “The Sabedoria Trust” e a documentação diz que ela foi estabelecida “a pedido de Henrique de Campos Meirelles, especificamente para propósitos de caridade”. Haja altruísmo do famoso rentista! A própria matéria, porém, alerta para os riscos destas contas no exterior:
“Embora a prática seja legal, empresas offshore podem ser usadas também para cometer crimes, como sonegação de impostos, ocultação de patrimônio (no caso de pessoas que deixam de pagar dívidas) e evasão de divisas. Podem ser usadas também para criar ‘fundos paralelos’ em empresas, possibilitando o pagamento de propinas sem que estas apareçam na contabilidade oficial da companhia. E ainda, para esconder dinheiro de origem ilícita. Para o Ministério Público Federal, empresas offshores em países como Bahamas, as ilhas Cayman e Bermudas foram usadas pela empreiteira Odebrecht para viabilizar pagamentos a políticos, por exemplo”. Será que o queridinho do “deus-mercado” vai sustentar seu sonho presidenciável com mais este petardo? A conferir!
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