Por Bepe Damasco, em seu blog:
Com a aproximação do julgamento do recurso apresentando pela defesa do ex-presidente Lula, no TRF-4, em Porto Alegre, o noticiário da mídia monopolista é inundado por informações que visam vitimizar os desembargadores do tribunal, criminalizar a multidão que rumará para a capital gaúcha em solidariedade a Lula, justificar a repressão e avançar algumas casas na campanha antipetista.
Os destaques desta segunda-feira, 15 de janeiro, foram os encontros do presidente do tribunal Thompson Flores com a presidente do STF e a procuradora-geral da República, além de um estranho e extemporâneo inquérito da Polícia Federal acusando o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de Caixa 2, na campanha eleitoral de 2012. Isso mesmo, 2012 e não 2016, último ano em que Haddad disputou uma eleição.
Nos últimos 30 dias que antecederam às eleições municipais de 2016, em uma autêntica "operação boca de urna", o cartel da mídia estampou manchetes sobre prisões de petistas, delações e vazamentos que atingiam o partido, além das conjecturas mais inverossímeis, tendo como alvo figuras públicas do PT. A história agora se repete, embora relacionada a um fato diferente.
Depois da notícia do indiciamento de Haddad, com base em factóides, certamente virão outras na mesma linha até o dia 24 envolvendo outros personagens da esquerda. Mas o que chama mais a atenção é o périplo do presidente do TRF-4, primeiro se reunindo com Carmem Lúcia e depois com Raquel Dodge, para expressar sua "preocupação" com o julgamento de Lula. Flores, porém, mal consegue disfarçar o que está por trás de sua apreensão de fachada.
Está na cara que seus objetivos são pressionar os desembargadores para que confirmem a sentença do inquisidor do Santo Ofício de Curitiba, jogar a opinião pública contra os manifestantes e criar o clima favorável à adoção de medidas de exceção em Porto Alegre. Não custa lembrar que o presidente do TRF-4 deu declarações públicas elogiosas à sentença de Moro contra Lula, mesmo admitindo não tê-la lido. E os motivos alegados para sua peregrinação pelos gabinetes das autoridades são patéticos.
Diz ele que os desembargadores vêm sofrendo ameaças. Que ameaças são essas? Quem ameaçou, quando, como, onde, em que circunstâncias? Tomar como verdadeiras ameaças feitas pelas redes sociais chega a ser uma piada de péssimo gosto. Todos sabem que na latrina da internet cabe todo tipo de lixo. Mas, se sua excelência toma como verdadeiras e alarmantes bobagens como essas, aqui vai uma sugestão séria: que tal conclamar os poderes da República a investigar as milhões de ameaças de morte que Lula recebe na internet há tempos, partindo de descerebrados fascistas?
O dado concreto é que o Ministério Público e o Judiciário foram longe demais no ativismo político de direita, traindo suas funções republicanas, e agora não sabem como sair da enrascada. Estão nitidamente assustados com a megamobilização de Porto Alegre, pacífica, mas determinada a escancarar para o mundo as feridas abertas do estado de exceção vivido pelo país. Se pretendem apelar para a repressão, como tudo leva a crer, é bom que saibam das consequências que uma ação truculenta e à margem da lei certamente provocaria. Não nos intimidarão.
Com a aproximação do julgamento do recurso apresentando pela defesa do ex-presidente Lula, no TRF-4, em Porto Alegre, o noticiário da mídia monopolista é inundado por informações que visam vitimizar os desembargadores do tribunal, criminalizar a multidão que rumará para a capital gaúcha em solidariedade a Lula, justificar a repressão e avançar algumas casas na campanha antipetista.
Os destaques desta segunda-feira, 15 de janeiro, foram os encontros do presidente do tribunal Thompson Flores com a presidente do STF e a procuradora-geral da República, além de um estranho e extemporâneo inquérito da Polícia Federal acusando o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de Caixa 2, na campanha eleitoral de 2012. Isso mesmo, 2012 e não 2016, último ano em que Haddad disputou uma eleição.
Nos últimos 30 dias que antecederam às eleições municipais de 2016, em uma autêntica "operação boca de urna", o cartel da mídia estampou manchetes sobre prisões de petistas, delações e vazamentos que atingiam o partido, além das conjecturas mais inverossímeis, tendo como alvo figuras públicas do PT. A história agora se repete, embora relacionada a um fato diferente.
Depois da notícia do indiciamento de Haddad, com base em factóides, certamente virão outras na mesma linha até o dia 24 envolvendo outros personagens da esquerda. Mas o que chama mais a atenção é o périplo do presidente do TRF-4, primeiro se reunindo com Carmem Lúcia e depois com Raquel Dodge, para expressar sua "preocupação" com o julgamento de Lula. Flores, porém, mal consegue disfarçar o que está por trás de sua apreensão de fachada.
Está na cara que seus objetivos são pressionar os desembargadores para que confirmem a sentença do inquisidor do Santo Ofício de Curitiba, jogar a opinião pública contra os manifestantes e criar o clima favorável à adoção de medidas de exceção em Porto Alegre. Não custa lembrar que o presidente do TRF-4 deu declarações públicas elogiosas à sentença de Moro contra Lula, mesmo admitindo não tê-la lido. E os motivos alegados para sua peregrinação pelos gabinetes das autoridades são patéticos.
Diz ele que os desembargadores vêm sofrendo ameaças. Que ameaças são essas? Quem ameaçou, quando, como, onde, em que circunstâncias? Tomar como verdadeiras ameaças feitas pelas redes sociais chega a ser uma piada de péssimo gosto. Todos sabem que na latrina da internet cabe todo tipo de lixo. Mas, se sua excelência toma como verdadeiras e alarmantes bobagens como essas, aqui vai uma sugestão séria: que tal conclamar os poderes da República a investigar as milhões de ameaças de morte que Lula recebe na internet há tempos, partindo de descerebrados fascistas?
O dado concreto é que o Ministério Público e o Judiciário foram longe demais no ativismo político de direita, traindo suas funções republicanas, e agora não sabem como sair da enrascada. Estão nitidamente assustados com a megamobilização de Porto Alegre, pacífica, mas determinada a escancarar para o mundo as feridas abertas do estado de exceção vivido pelo país. Se pretendem apelar para a repressão, como tudo leva a crer, é bom que saibam das consequências que uma ação truculenta e à margem da lei certamente provocaria. Não nos intimidarão.
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