Por Altamiro Borges
O ativismo político da mídia tradicional, que protagonizou o golpe que levou ao poder a quadrilha de Michel Temer e difundiu a campanha de ódio contra o ex-presidente Lula, não decorre apenas de motivações ideológicas, de classe. Ele deriva também de questões de sobrevivência. Devido à estagnação econômica, à explosão da internet e à perda de credibilidade, a imprensa hegemônica está em crise. Os sinais de decadência aparecem em todas as plataformas. Mas é nos jornalões que eles são mais evidentes. Nos últimos três anos, os maiores jornais do país perderam 520 mil exemplares. Só mesmo o poder público, tão estigmatizado pelos cínicos neoliberais, pode salvá-los com os milhões em publicidade. Isto explica a postura chapa-branca e mercenária da mídia diante do usurpador Michel Temer. Eles “topam tudo por dinheiro”, como sempre afirma Silvio Santos.
O site Poder360, que mantém ligações carnais com os golpistas de plantão, postou nesta quarta-feira (31) um levantamento que mostra a gravidade da crise. “Os principais jornais diários do Brasil continuaram a registrar perdas em suas tiragens impressas em 2017. A queda no ano passado foi de 146.901 exemplares na circulação média diária para onze dos principais veículos nacionais. A tendência vem se repetindo há três anos. De 2015 a 2017, a redução na circulação média diária impressa foi de 520 mil exemplares. Em dezembro de 2014, a tiragem impressa total desses 11 diários era de 1.256.322 exemplares em média por dia. Em dezembro de 2017, o número havia caído para 736.346 – o equivalente a uma redução de 41,4%”.
O levantamento, que se baseou nos dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC), considerou os seguintes jornais, em ordem de tiragem impressa: Super Notícia(MG), Globo (RJ), Folha (SP), Estado (SP), Zero Hora (RS), Valor Econômico (SP), Correio Braziliense (DF), Estado de Minas (MG), A Tarde (BA) e O Povo (CE). Ele também incluiu A Gazeta do Povo (PR), que parou de circular em versão impressa diária em 2017 quando possuía apenas 26,6 mil exemplares diários. “Quando se levam em conta as perdas na tiragem impressa e o pequeno ganho nas assinaturas digitais, chega-se a uma perda de 488 mil leitores pagantes nos últimos 3 anos. No cômputo geral, todos os veículos perderam circulação”, registra a matéria do site.
A crise é violenta e, aparentemente, sem solução. A circulação digital, que poderia compensar a perda de venda das edições impressas, não deslanchou no país. “No Brasil, o boom das assinaturas pagas de edições on-line dos jornais ainda não chegou com o vigor que se observa no mercado norte-americano. Nos últimos três anos, de 2015 a 2017, os 11 jornais brasileiros registraram um aumento modesto na venda de assinaturas digitais. O saldo é positivo, mas de apenas 31.768 cópias”. Além disso, o valor da publicidade na versão digital é bem inferior e sofre a concorrência devastadora de outras plataformas, como o Google. Sem solução, vários jornalões rumam para a falência. O oligárquico Estadão, por exemplo, já está no bico do corvo!
Este cenário sombrio ajuda a entender porque os barões da mídia se lançaram com tamanho furor na cavalgada golpista para derrubar Dilma Rousseff e alçar ao poder a gangue de Michel Temer. Os mercenários apostam na generosidade do usurpador, com milhões em anúncios publicitários e outras benesses, como tábua de salvação para os seus negócios. O problema é que este puxa-saquismo pode enterrar de vez a já pouca credibilidade do jornalismo nativo. A mídia venal pode afundar junto com o odiado Michel Temer!
O ativismo político da mídia tradicional, que protagonizou o golpe que levou ao poder a quadrilha de Michel Temer e difundiu a campanha de ódio contra o ex-presidente Lula, não decorre apenas de motivações ideológicas, de classe. Ele deriva também de questões de sobrevivência. Devido à estagnação econômica, à explosão da internet e à perda de credibilidade, a imprensa hegemônica está em crise. Os sinais de decadência aparecem em todas as plataformas. Mas é nos jornalões que eles são mais evidentes. Nos últimos três anos, os maiores jornais do país perderam 520 mil exemplares. Só mesmo o poder público, tão estigmatizado pelos cínicos neoliberais, pode salvá-los com os milhões em publicidade. Isto explica a postura chapa-branca e mercenária da mídia diante do usurpador Michel Temer. Eles “topam tudo por dinheiro”, como sempre afirma Silvio Santos.
O site Poder360, que mantém ligações carnais com os golpistas de plantão, postou nesta quarta-feira (31) um levantamento que mostra a gravidade da crise. “Os principais jornais diários do Brasil continuaram a registrar perdas em suas tiragens impressas em 2017. A queda no ano passado foi de 146.901 exemplares na circulação média diária para onze dos principais veículos nacionais. A tendência vem se repetindo há três anos. De 2015 a 2017, a redução na circulação média diária impressa foi de 520 mil exemplares. Em dezembro de 2014, a tiragem impressa total desses 11 diários era de 1.256.322 exemplares em média por dia. Em dezembro de 2017, o número havia caído para 736.346 – o equivalente a uma redução de 41,4%”.
O levantamento, que se baseou nos dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC), considerou os seguintes jornais, em ordem de tiragem impressa: Super Notícia(MG), Globo (RJ), Folha (SP), Estado (SP), Zero Hora (RS), Valor Econômico (SP), Correio Braziliense (DF), Estado de Minas (MG), A Tarde (BA) e O Povo (CE). Ele também incluiu A Gazeta do Povo (PR), que parou de circular em versão impressa diária em 2017 quando possuía apenas 26,6 mil exemplares diários. “Quando se levam em conta as perdas na tiragem impressa e o pequeno ganho nas assinaturas digitais, chega-se a uma perda de 488 mil leitores pagantes nos últimos 3 anos. No cômputo geral, todos os veículos perderam circulação”, registra a matéria do site.
A crise é violenta e, aparentemente, sem solução. A circulação digital, que poderia compensar a perda de venda das edições impressas, não deslanchou no país. “No Brasil, o boom das assinaturas pagas de edições on-line dos jornais ainda não chegou com o vigor que se observa no mercado norte-americano. Nos últimos três anos, de 2015 a 2017, os 11 jornais brasileiros registraram um aumento modesto na venda de assinaturas digitais. O saldo é positivo, mas de apenas 31.768 cópias”. Além disso, o valor da publicidade na versão digital é bem inferior e sofre a concorrência devastadora de outras plataformas, como o Google. Sem solução, vários jornalões rumam para a falência. O oligárquico Estadão, por exemplo, já está no bico do corvo!
Este cenário sombrio ajuda a entender porque os barões da mídia se lançaram com tamanho furor na cavalgada golpista para derrubar Dilma Rousseff e alçar ao poder a gangue de Michel Temer. Os mercenários apostam na generosidade do usurpador, com milhões em anúncios publicitários e outras benesses, como tábua de salvação para os seus negócios. O problema é que este puxa-saquismo pode enterrar de vez a já pouca credibilidade do jornalismo nativo. A mídia venal pode afundar junto com o odiado Michel Temer!
2 comentários:
Quero vê-los na lama.
Daí o golpista Temer salva, dando entrevistas como fez entre outros no programa do Ratinho e Silvio Santos, pagando 'somente' 50 reais, só neste caso ao vivo os 50.
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