Foto: Wilson Dias/Agência Brasil |
Após a condenação do ex-presidente Lula em segunda instância, consolidou-se no mercado financeiro a certeza de que a sua candidatura a presidente está inviabilizada. Mesmo que não venha a ser preso, Lula seria cassado pela ficha limpa. Com isso, o cenário de segundo turno das eleições teria se tornado menos ameaçador para o projeto neoliberal que vem sendo implementado após o golpe contra Dilma Rousseff.
Em Lula disputando, o risco de ele e Bolsonaro irem ao segundo turno era muito grande e por isso candidaturas de perfis mais populares, como a de Luciano Huck, eram estimuladas. Com a sua interdição, o que se discute hoje é a retomada de um projeto considerado como mais “político” e “prudente”. E no vácuo desta tese cresceu nos últimos dias a conversa em torno da chapa Alckmin-Meirelles, garante uma fonte deste blogue.
Alckmin já teria sido consultado e topado a articulação. Sua entrevista ao Canal Livre, da TV Bandeirantes, no último domingo, teria sido calculada para fazer acenos a esse público. O governador de São Paulo disse que começaria as privatizações pela Caixa Econômica Federal (música para o ouvido dos banqueiros) e que não se contrapõe à privatização da Petrobras.
O ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, trabalha por essa aliança, já que Meirelles ainda é filiado ao PSD. E com isso seria “premiado” com o cargo de vice na chapa da João Doria ao governo de São Paulo.
Meirelles fez sinais a Temer de que estaria disposto a se filiar ao MDB, mas teria gostado dessa possibilidade de composição com Alckmin.
Os adversários dessa nova chapa seriam Rodrigo Maia e Michel Temer. O primeiro, considera a fonte, não teria como criar problemas. Sua ambição eleitoral não é tão voraz e se contentaria com a promessa de novo mandato na presidência da Câmara. O segundo, estaria atônito por estar sendo escanteado e por isso estaria jogando tudo na articulação com as Forças Armadas para buscar crescer no campo mais conservador.
Alckmin está costurando essa sua nova candidatura com mãos de cirurgião. E em silêncio, como bom caipira. Agora, ele vai começar a jogar suas belas tranças na direção de Temer. Se conseguir convencê-lo de que é a melhor alternativa para protegê-lo quando vier a ficar sem o cargo de presidente, terá pista livre para voar.
1 comentários:
Se, por um milagre, Alckmim/Meireles lograrem vencer as eleicoes, eh muito provável que no dia da posse nomeiem Temer como Ministro de seu Governo para blinda-lo do julgamento dos crimes que cometeu.Ambos se prestam a isto. Mas eh muito difícil Alckmim vencer.Se Lula não puder ser candidato, não haverá eleições porque Temer cancelarah as eleições com apoio militar,sob pretexto do caos que vai tomar conta do Brasil e instaurarah uma ditadura civil/militar. Pelo que ele não exitou em fazer com o Brasil ate hoje, ele não exitara em se tornar um ditador a la Bordaberry. Ja não tem mais nada a perder.
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