Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Os presidentes Michel Temer, da República, e Cármen Lúcia, do STF, têm se mostrado muito irritados desde aquela reunião sigilosa que tiveram sábado passado na casa dela.
Por que será? Certamente não foi por causa do cardápio servido no ágape.
Temer encarregou o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, ex-chefe da tropa de choque de Eduardo Cunha, de a todo momento dizer aos jornalistas que “o presidente está muito irritado” com o ministro Luis Roberto Barroso, do STF.
O motivo desta terça-feira foi Barroso ter alterado o decreto de indulto natalino editado por Temer. Antes, já tinha ficado irritado com a quebra do seu sigilo bancário determinado pelo STF.
Marun chegou a sugerir a um grupo de deputados o impeachment de ministros do Supremo, sem citar nomes.
Cármen Lúcia tem outros motivos. Não aguenta mais as perguntas dos repórteres que todo dia querem saber se e quando entrará na pauta a reavaliação da prisão após condenação em segunda instância, o que poderá levar o ex-presidente Lula à prisão imediata pelo juiz Sergio Moro depois do julgamento dos embargos no TRF-4.
Ao lhe perguntarem como lida com as pressões, Cármen Lúcia respondeu secamente: “Eu não lido. Eu não me submeto a pressões”. Então, está bom assim.
A presidente do STF só não falou nada, nem lhe foi perguntado, sobre as pressões que sofre em sentido contrário, ou seja, para nunca mais colocar este assunto na pauta.
Em entrevista à rádio Cultura Foz, o ex-presidente Lula disse que se considera um condenado político. “A única coisa que peço é que leiam os méritos do processo. Mentiras deslavadas com o único objetivo de me tirar da eleição”.
O julgamento de um pedido de habeas corpus preventivo contra a prisão dele impetrado pela defesa de Lula também ainda não foi marcado por Cármen Lúcia.
Nesta quarta-feira, a presidente do STF finalmente recebe o advogado de Lula, Sepúlveda Pertence, em audiência solicitada no começo da semana passada.
E se alguém perguntar sobre isso, Cármen Lúcia vai ficar mais irritada porque, como já sabemos, não se submete a pressões.
E nós, como ficamos? Também temos o direito de ficar irritados se alguém nos perguntar por que vivemos tão irritados?
Vida que segue.
Os presidentes Michel Temer, da República, e Cármen Lúcia, do STF, têm se mostrado muito irritados desde aquela reunião sigilosa que tiveram sábado passado na casa dela.
Por que será? Certamente não foi por causa do cardápio servido no ágape.
Temer encarregou o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, ex-chefe da tropa de choque de Eduardo Cunha, de a todo momento dizer aos jornalistas que “o presidente está muito irritado” com o ministro Luis Roberto Barroso, do STF.
O motivo desta terça-feira foi Barroso ter alterado o decreto de indulto natalino editado por Temer. Antes, já tinha ficado irritado com a quebra do seu sigilo bancário determinado pelo STF.
Marun chegou a sugerir a um grupo de deputados o impeachment de ministros do Supremo, sem citar nomes.
Cármen Lúcia tem outros motivos. Não aguenta mais as perguntas dos repórteres que todo dia querem saber se e quando entrará na pauta a reavaliação da prisão após condenação em segunda instância, o que poderá levar o ex-presidente Lula à prisão imediata pelo juiz Sergio Moro depois do julgamento dos embargos no TRF-4.
Ao lhe perguntarem como lida com as pressões, Cármen Lúcia respondeu secamente: “Eu não lido. Eu não me submeto a pressões”. Então, está bom assim.
A presidente do STF só não falou nada, nem lhe foi perguntado, sobre as pressões que sofre em sentido contrário, ou seja, para nunca mais colocar este assunto na pauta.
Em entrevista à rádio Cultura Foz, o ex-presidente Lula disse que se considera um condenado político. “A única coisa que peço é que leiam os méritos do processo. Mentiras deslavadas com o único objetivo de me tirar da eleição”.
O julgamento de um pedido de habeas corpus preventivo contra a prisão dele impetrado pela defesa de Lula também ainda não foi marcado por Cármen Lúcia.
Nesta quarta-feira, a presidente do STF finalmente recebe o advogado de Lula, Sepúlveda Pertence, em audiência solicitada no começo da semana passada.
E se alguém perguntar sobre isso, Cármen Lúcia vai ficar mais irritada porque, como já sabemos, não se submete a pressões.
E nós, como ficamos? Também temos o direito de ficar irritados se alguém nos perguntar por que vivemos tão irritados?
Vida que segue.
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