Por Altamiro Borges
Logo após o golpe que derrubou Dilma Rousseff e alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, o rentista Henrique Meirelles foi tratado como o candidato ideal da direita nativa para dar continuidade ao projeto de desmonte do Estado, da nação e do trabalho nas eleições de 2018. A sua equipe econômica, formada por abutres financeiros, foi batizada de “drean team” e a mídia privatista era só elogios ao “ministro” da Fazenda e à sua política de austericídio fiscal. Henrique Meirelles virou o queridinho de Míriam Leitão, Carlos Alberto Sardenberg e de outros porta-vozes dos banqueiros. Mas apesar de toda a bajulação e blindagem midiáticas, a sua candidatura presidencial nunca decolou e hoje o oportunista mais se parece com um bagaço, prestes a ser descartado.
Ungido pelo usurpador Michel Temer como o candidato oficial do fisiológico MDB, ele agora é alvo das intrigas dos velhos caciques da legenda. Segundo uma notinha postada na Folha desta sexta-feira (15), “até dirigentes do MDB que apostavam na candidatura de Henrique Meirelles admitem que seu projeto corre risco de naufragar. Para eles, o ex-ministro da Fazenda perdeu apelo com a constatação, pelo Datafolha, de que a impopularidade recorde de Michel Temer está umbilicalmente ligada à insatisfação com a economia”. Um outro articulista do mesmo jornal, Bruno Boghossian, relata que “até Michel Temer começa a perder o ânimo com a candidatura de Henrique Meirelles a sua sucessão. Nos últimos dias, o presidente recebeu uma fila de ministros, senadores e deputados do MDB que defendem a retirada do ex-chefe da Fazenda da corrida ao Planalto”.
Ainda segundo o articulista, o processo de fritura está fogo alto no MDB, uma legenda com forte senso de oportunidade – para não dizer de puro oportunismo. “Agora, não apenas dissidentes como Renan Calheiros se opõem a sua candidatura. Personagens com acesso ao gabinete presidencial cobram mudanças na campanha de Meirelles e sugerem que ele saia de campo caso não encontre logo um rumo. Alguns aliados de Temer acreditam ser mais produtivo liberar o MDB na disputa nacional para privilegiar a eleição de parlamentares. Assim, a sigla ficaria em posição mais vantajosa para negociar espaços no poder em 2019 – sob qualquer presidente”. Há quem afirme que se a candidatura não decolar até meados de julho, ele será sumariamente defenestrado.
O rentista não está sendo fritado apenas pelo MDB. O próprio “deus-mercado” parece que já desistiu da arriscada aposta. Vários expoentes do capital financeiro manifestam preocupação com os péssimos índices nas pesquisas eleitorais. No último Datafolha, Henrique Meirelles manteve-se com míseros 1% das intenções de voto. “Meirelles seria um candidato ótimo porque ele entende o funcionamento da economia e como fazer para gerar crescimento. Mas penso que ele não tem o carisma de outros candidatos”, afirmou recentemente Ben Jackson, presidente da consultoria Vision Brazil, que se reuniu com o ministro em Nova York. Outros agiotas presentes ao encontro também afirmaram que “falta certo charme” ao presidenciável do MDB.
Inúmeros fatores explicam a estagnação do candidato dos banqueiros e porta-voz dos neoliberais. Apesar de sua recente manobra para fugir do “rótulo de governista”, o que gerou ainda maiores tensões no MDB, Henrique Meirelles é visto como o “homem” de Michel Temer. A rejeição ao usurpador, que bate recordes em todas as pesquisas, acaba respingando no seu ministro. O fiasco na economia também afeta sua popularidade. Nem os mais tacanhos “midiotas” acreditam na conversa, alardeada pela mídia chapa-branca, de que o país voltaria a crescer “instantaneamente” com o “drean team” dos golpistas. O país está no atoleiro, com altos índices de desemprego, de falências e de miséria. Henrique Meirelles também foi atropelado por várias denúncias de corrupção, o que abala sua candidatura. Apesar da blindagem da mídia, a sociedade sabe que o rentista é mais sujo do que pau de galinheiro.
Em tempo: Dois episódios recentes revelam as fragilidades de Henrique Meirelles no quesito “ética”. Em janeiro último, conforme uma nota da revista Época, “o Ministério Público questionou o ministro da Fazenda sobre o recebimento de aproximadamente R$ 220 milhões no exterior por sua empresa de consultoria, a HM&A. A procuradoria enviou três perguntas. Quis saber quais empresas efetuaram pagamentos à consultoria, o que motivou os depósitos e a razão de eles terem ocorrido no exterior. O ministro disse ao MP que cumpriu a legislação à risca... Diante das respostas de Meirelles, a procuradoria determinou o arquivamento da apuração”. Nada mais se falou sobre o sinistro pagamento. Outro tema que poderia ser explorado na campanha eleitoral é sobre as dívidas do BankBoston com a Receita Federal. Segundo o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), em fevereiro passado o débito atualizado equivalia a R$ 750 milhões. A mídia até parece que já esqueceu que Henrique Meirelles foi chefão do banco.
Logo após o golpe que derrubou Dilma Rousseff e alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, o rentista Henrique Meirelles foi tratado como o candidato ideal da direita nativa para dar continuidade ao projeto de desmonte do Estado, da nação e do trabalho nas eleições de 2018. A sua equipe econômica, formada por abutres financeiros, foi batizada de “drean team” e a mídia privatista era só elogios ao “ministro” da Fazenda e à sua política de austericídio fiscal. Henrique Meirelles virou o queridinho de Míriam Leitão, Carlos Alberto Sardenberg e de outros porta-vozes dos banqueiros. Mas apesar de toda a bajulação e blindagem midiáticas, a sua candidatura presidencial nunca decolou e hoje o oportunista mais se parece com um bagaço, prestes a ser descartado.
Ungido pelo usurpador Michel Temer como o candidato oficial do fisiológico MDB, ele agora é alvo das intrigas dos velhos caciques da legenda. Segundo uma notinha postada na Folha desta sexta-feira (15), “até dirigentes do MDB que apostavam na candidatura de Henrique Meirelles admitem que seu projeto corre risco de naufragar. Para eles, o ex-ministro da Fazenda perdeu apelo com a constatação, pelo Datafolha, de que a impopularidade recorde de Michel Temer está umbilicalmente ligada à insatisfação com a economia”. Um outro articulista do mesmo jornal, Bruno Boghossian, relata que “até Michel Temer começa a perder o ânimo com a candidatura de Henrique Meirelles a sua sucessão. Nos últimos dias, o presidente recebeu uma fila de ministros, senadores e deputados do MDB que defendem a retirada do ex-chefe da Fazenda da corrida ao Planalto”.
Ainda segundo o articulista, o processo de fritura está fogo alto no MDB, uma legenda com forte senso de oportunidade – para não dizer de puro oportunismo. “Agora, não apenas dissidentes como Renan Calheiros se opõem a sua candidatura. Personagens com acesso ao gabinete presidencial cobram mudanças na campanha de Meirelles e sugerem que ele saia de campo caso não encontre logo um rumo. Alguns aliados de Temer acreditam ser mais produtivo liberar o MDB na disputa nacional para privilegiar a eleição de parlamentares. Assim, a sigla ficaria em posição mais vantajosa para negociar espaços no poder em 2019 – sob qualquer presidente”. Há quem afirme que se a candidatura não decolar até meados de julho, ele será sumariamente defenestrado.
O rentista não está sendo fritado apenas pelo MDB. O próprio “deus-mercado” parece que já desistiu da arriscada aposta. Vários expoentes do capital financeiro manifestam preocupação com os péssimos índices nas pesquisas eleitorais. No último Datafolha, Henrique Meirelles manteve-se com míseros 1% das intenções de voto. “Meirelles seria um candidato ótimo porque ele entende o funcionamento da economia e como fazer para gerar crescimento. Mas penso que ele não tem o carisma de outros candidatos”, afirmou recentemente Ben Jackson, presidente da consultoria Vision Brazil, que se reuniu com o ministro em Nova York. Outros agiotas presentes ao encontro também afirmaram que “falta certo charme” ao presidenciável do MDB.
Inúmeros fatores explicam a estagnação do candidato dos banqueiros e porta-voz dos neoliberais. Apesar de sua recente manobra para fugir do “rótulo de governista”, o que gerou ainda maiores tensões no MDB, Henrique Meirelles é visto como o “homem” de Michel Temer. A rejeição ao usurpador, que bate recordes em todas as pesquisas, acaba respingando no seu ministro. O fiasco na economia também afeta sua popularidade. Nem os mais tacanhos “midiotas” acreditam na conversa, alardeada pela mídia chapa-branca, de que o país voltaria a crescer “instantaneamente” com o “drean team” dos golpistas. O país está no atoleiro, com altos índices de desemprego, de falências e de miséria. Henrique Meirelles também foi atropelado por várias denúncias de corrupção, o que abala sua candidatura. Apesar da blindagem da mídia, a sociedade sabe que o rentista é mais sujo do que pau de galinheiro.
Em tempo: Dois episódios recentes revelam as fragilidades de Henrique Meirelles no quesito “ética”. Em janeiro último, conforme uma nota da revista Época, “o Ministério Público questionou o ministro da Fazenda sobre o recebimento de aproximadamente R$ 220 milhões no exterior por sua empresa de consultoria, a HM&A. A procuradoria enviou três perguntas. Quis saber quais empresas efetuaram pagamentos à consultoria, o que motivou os depósitos e a razão de eles terem ocorrido no exterior. O ministro disse ao MP que cumpriu a legislação à risca... Diante das respostas de Meirelles, a procuradoria determinou o arquivamento da apuração”. Nada mais se falou sobre o sinistro pagamento. Outro tema que poderia ser explorado na campanha eleitoral é sobre as dívidas do BankBoston com a Receita Federal. Segundo o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), em fevereiro passado o débito atualizado equivalia a R$ 750 milhões. A mídia até parece que já esqueceu que Henrique Meirelles foi chefão do banco.
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