Do site Vermelho:
Deu a lógica. Os partidos do dito “centrão” - PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade - oficializaram o apoio à pré-candidatura de Geraldo Alckmin, do PSDB, à Presidência da República. Tentou-se dar um ar festa mesmo com o revés da recusa do empresário Josué Gomes, do PR, de ocupar o posto de vice de Alckmin.
Ao que parece o discurso do tucano foi um ensaio da encenação com qual tentará se recauchutar e enganar o eleitorado. Alckmin se esforçou para se apresentar como candidato "conciliador", que rejeita "extremismo" e "populismo", capaz de traduzir a figura do presidente conciliador e pacifista para consolidar a democracia e fortalecer a economia, sem a pecha de “salvador da pátria” com uma “fórmula mágica”. Sua função seria, em resumo, a de um articulador do “esforço coletivo" para tirar o país da crise.
Claro, são palavras ocas, diversionistas, típicas de quem quer esconder, o seu verdadeiro programa e de que lado, de fato, está. Sua plataforma está recheada de propostas bem conhecidas, uma receita certa para agravar ainda mais a crise em que vive o país e levar mais dificuldades ao povo brasileiro. Em síntese, ela apenas cumpre o papel que a nota do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) divulgou em 22 de julho conclamando a unidade, “desde já”, dos partidos de esquerda (PT, PDT, PSB e PSOL): uma nítida orquestração das forças conservadoras que entronizaram o desastroso governo Temer para tentar vencer as eleições presidenciais com uma candidatura do consórcio golpista.
O documento apontou que “desenha-se uma coesão do campo político da direita e centro-direita em torno do candidato do PSDB Geraldo Alckmin”. “Faz parte dessa orquestração tentar isolar o candidato do PDT Ciro Gomes e, também, concorrentes do tucano pertencentes ao seu espectro político e, ainda, manter a candidatura do MDB, Henrique Meirelles, com o intuito de descolar Alckmin de Temer”, diagnosticou, acrescentando que não se deve subestimar tanto esse movimento quando “o candidato de matiz fascista Jair Bolsonaro”.
Faz parte ainda do estratagema tucano em conluio com setores do Judiciário manter arbitrariamente preso o líder das pesquisas, o ex-presidente Lula.
Com tudo isso, ao contrário do que a grande mídia já começa a tentar inculcar na opinião pública, a disputa presidencial prosseguirá acirrada e o seu resultado é imprevisível.
Tal como diz o Comitê Central do PCdoB, “Alckmin carregará nos ombros, mesmo que se esquive, o governo que imputou grande sofrimento e tragédias ao nosso povo”. Ou como afirma a pré-candidata Manuela d’Ávila, por mais que o tucano tente esconder: Alckmin é Temer, Temer é Alckmin.
Campanha de duas caras
A campanha eleitoral da direita vai se caracterizando cada vez mais como um jogo na qual o que parece não é, e o que é hoje pode deixar de ser amanhã. Ignora povo e menospreza sua capacidade crítica , e assim poderá dar com os burros n’água ao tentar impor o seu coquetel antinacional, antipopular e autoritário. A tática é deixar o eleitor sem entender patavina e mantê-lo na obscuridade política para colher o voto manipulado, sem polimento e sem lapidação.
A direita traz na sua essência essa tática eleitoral de duas caras, de baixa reputação — a prática de dizer uma coisa e fazer outra. Basta constatar o resultado da gestão econômica conservadora golpista como solução para os problemas de fundo do país, uma tragédia social de largas e profundas dimensões. De resto, algo bem conhecido desde quando os tucanos lançaram Mário Covas para concorrer à Presidência da República, em 1989.
No dia 28 de junho daquele ano, no ato de lançamento, Covas pronunciou o discurso que ficou famoso sob o título "Choque de Capitalismo". "Basta de tanto subsídio, de tantos incentivos, de tantos privilégios sem justificativas ou utilidade comprovadas. Basta de empreguismo. Basta de cartórios. Basta de tanta proteção a atividades econômicas já amadurecidas", disse ele. (Esse discurso, até na forma, também ficou famoso na boca de Fernando Collor de Mello.)
Desde então, o que se viu, nas campanhas eleitorais, foi muita dissimulação desse projeto que agora pretende se consolidar como continuidade do golpe. À época, Collor e Lula se digladiaram até o último dia de campanha. Havia uma tensão magnetizando o país. O horário eleitoral na televisão teve boa audiência e os debates atraíram doses maciças de atenção. Foi a campanha do show democrático, do confronto aberto, do engajamento, das paixões. As eleições eram para ser decididas nas ruas, mas foram ganhas no grito, na manipulação midiática, sobretudo da Rede Globo de Televisão.
Mas, além do ocorrido no pretérito, há fatos do presente que bem demonstram esta conduta. Temer, Aécio, Cunha, Alckmin, et caterva se uniram em torno da “Ponte para Futuro”, capitanearam um golpe, prometeram retirar o país da crise, fazê-lo voltar a crescer, gerar empregos. O resultado é um conjunto de tragédias contra Nação e a classe trabalhadora.
Por isto, a direita uma vez mais, como diz a sabedoria popular igual ao diabo tentará esconder o rabo.
Mas, desta feita o rabo está por demasiado comprido.
De todo modo, seria pueril subestimar a candidatura de Alckmin. Enquanto a esquerda prossegue até aqui fragmentada, ele conseguiu formar um comboio da direita e centro-direita, tentará dissimular seu programa de entrega criminosa das riquezas nacionais, de seu descompromisso com as questões sociais e seu pendor autoritário. Foge de assuntos fundamentais para o futuro dos brasileiros, faz pose e sorri falso.
É uma candidatura que não deve ser subestimada. É um processo político que deve ser enfrentado por outro processo político, este amplo e unitário, tendo como centro a esquerda unida.
Deu a lógica. Os partidos do dito “centrão” - PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade - oficializaram o apoio à pré-candidatura de Geraldo Alckmin, do PSDB, à Presidência da República. Tentou-se dar um ar festa mesmo com o revés da recusa do empresário Josué Gomes, do PR, de ocupar o posto de vice de Alckmin.
Ao que parece o discurso do tucano foi um ensaio da encenação com qual tentará se recauchutar e enganar o eleitorado. Alckmin se esforçou para se apresentar como candidato "conciliador", que rejeita "extremismo" e "populismo", capaz de traduzir a figura do presidente conciliador e pacifista para consolidar a democracia e fortalecer a economia, sem a pecha de “salvador da pátria” com uma “fórmula mágica”. Sua função seria, em resumo, a de um articulador do “esforço coletivo" para tirar o país da crise.
Claro, são palavras ocas, diversionistas, típicas de quem quer esconder, o seu verdadeiro programa e de que lado, de fato, está. Sua plataforma está recheada de propostas bem conhecidas, uma receita certa para agravar ainda mais a crise em que vive o país e levar mais dificuldades ao povo brasileiro. Em síntese, ela apenas cumpre o papel que a nota do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) divulgou em 22 de julho conclamando a unidade, “desde já”, dos partidos de esquerda (PT, PDT, PSB e PSOL): uma nítida orquestração das forças conservadoras que entronizaram o desastroso governo Temer para tentar vencer as eleições presidenciais com uma candidatura do consórcio golpista.
O documento apontou que “desenha-se uma coesão do campo político da direita e centro-direita em torno do candidato do PSDB Geraldo Alckmin”. “Faz parte dessa orquestração tentar isolar o candidato do PDT Ciro Gomes e, também, concorrentes do tucano pertencentes ao seu espectro político e, ainda, manter a candidatura do MDB, Henrique Meirelles, com o intuito de descolar Alckmin de Temer”, diagnosticou, acrescentando que não se deve subestimar tanto esse movimento quando “o candidato de matiz fascista Jair Bolsonaro”.
Faz parte ainda do estratagema tucano em conluio com setores do Judiciário manter arbitrariamente preso o líder das pesquisas, o ex-presidente Lula.
Com tudo isso, ao contrário do que a grande mídia já começa a tentar inculcar na opinião pública, a disputa presidencial prosseguirá acirrada e o seu resultado é imprevisível.
Tal como diz o Comitê Central do PCdoB, “Alckmin carregará nos ombros, mesmo que se esquive, o governo que imputou grande sofrimento e tragédias ao nosso povo”. Ou como afirma a pré-candidata Manuela d’Ávila, por mais que o tucano tente esconder: Alckmin é Temer, Temer é Alckmin.
Campanha de duas caras
A campanha eleitoral da direita vai se caracterizando cada vez mais como um jogo na qual o que parece não é, e o que é hoje pode deixar de ser amanhã. Ignora povo e menospreza sua capacidade crítica , e assim poderá dar com os burros n’água ao tentar impor o seu coquetel antinacional, antipopular e autoritário. A tática é deixar o eleitor sem entender patavina e mantê-lo na obscuridade política para colher o voto manipulado, sem polimento e sem lapidação.
A direita traz na sua essência essa tática eleitoral de duas caras, de baixa reputação — a prática de dizer uma coisa e fazer outra. Basta constatar o resultado da gestão econômica conservadora golpista como solução para os problemas de fundo do país, uma tragédia social de largas e profundas dimensões. De resto, algo bem conhecido desde quando os tucanos lançaram Mário Covas para concorrer à Presidência da República, em 1989.
No dia 28 de junho daquele ano, no ato de lançamento, Covas pronunciou o discurso que ficou famoso sob o título "Choque de Capitalismo". "Basta de tanto subsídio, de tantos incentivos, de tantos privilégios sem justificativas ou utilidade comprovadas. Basta de empreguismo. Basta de cartórios. Basta de tanta proteção a atividades econômicas já amadurecidas", disse ele. (Esse discurso, até na forma, também ficou famoso na boca de Fernando Collor de Mello.)
Desde então, o que se viu, nas campanhas eleitorais, foi muita dissimulação desse projeto que agora pretende se consolidar como continuidade do golpe. À época, Collor e Lula se digladiaram até o último dia de campanha. Havia uma tensão magnetizando o país. O horário eleitoral na televisão teve boa audiência e os debates atraíram doses maciças de atenção. Foi a campanha do show democrático, do confronto aberto, do engajamento, das paixões. As eleições eram para ser decididas nas ruas, mas foram ganhas no grito, na manipulação midiática, sobretudo da Rede Globo de Televisão.
Mas, além do ocorrido no pretérito, há fatos do presente que bem demonstram esta conduta. Temer, Aécio, Cunha, Alckmin, et caterva se uniram em torno da “Ponte para Futuro”, capitanearam um golpe, prometeram retirar o país da crise, fazê-lo voltar a crescer, gerar empregos. O resultado é um conjunto de tragédias contra Nação e a classe trabalhadora.
Por isto, a direita uma vez mais, como diz a sabedoria popular igual ao diabo tentará esconder o rabo.
Mas, desta feita o rabo está por demasiado comprido.
De todo modo, seria pueril subestimar a candidatura de Alckmin. Enquanto a esquerda prossegue até aqui fragmentada, ele conseguiu formar um comboio da direita e centro-direita, tentará dissimular seu programa de entrega criminosa das riquezas nacionais, de seu descompromisso com as questões sociais e seu pendor autoritário. Foge de assuntos fundamentais para o futuro dos brasileiros, faz pose e sorri falso.
É uma candidatura que não deve ser subestimada. É um processo político que deve ser enfrentado por outro processo político, este amplo e unitário, tendo como centro a esquerda unida.
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