Editorial do site Vermelho:
Desespero. Essa é a definição exata para o comportamento das hostes tucanas diante da tendência das intenções de votos, faltando, praticamente, duas semanas para o primeiro turno das eleições. A reação desvairada, que ecoa nos editoriais e colunas da mídia, está na “Carta aos eleitores e eleitoras” do ex-presidente Fenando Henrique Cardoso (FHC) e no manifesto de intelectuais ligados ao PSDB. Em uníssono, valendo-se da tática eleitoral do alarmismo, eles disseminam que a disputa eleitoral estaria polarizada por dois extremos (Fernando Haddad e Jair Bolsonaro), o que seria uma “ameaça” ao Brasil, para tentar fazer emergir um salvador da pátria de “centro”.
A falsidade não se sustenta por razões elementares. A começar pelas fortes evidências de que os candidatos que lideram as pesquisas, com origens políticas e ideológicas díspares, não se igualam quando o assunto é a defesa da democracia. O tucanato e a mídia, ao fazer esse chamamento à nação para a convergência em torno de um candidato do “centro” já no primeiro turno se valendo do falso argumento dos extremismos, ignoram os perfis de Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, incorrendo numa clara tentativa de estelionato eleitoral.
O que move essa ação tresloucada são, sem dúvida, a estagnação do principal candidato desse movimento, o tucano Geraldo Alckmin, e a rabeira dos seus coadjuvantes, que comem poeira desde que surgiram as primeiras pesquisas de intenções de votos. Ao se analisar as razões dessa imobilidade emerge a constatação óbvia de que o grosso do eleitorado identifica neles claramente as responsabilidades pelos efeitos da escalada golpista que tomou o Palácio do Planalto de assalto em 2016 para afastar arbitrariamente a presidenta Dilma Rousseff, entronizar o usurpador Michel Temer em seu lugar e rasgar o programa de governo eleito em 2014.
Não é preciso muito esforço para lembrar das presenças de Geraldo Alckmin e seus coadjuvantes nas cenas daquela trapaça. Tampouco é preciso esticar a vista para enxergar a participação do PSDB na marcha acelerada de implantação da agenda golpista. Por mais que negue, Alckmin não consegue se desvencilhar dessa incômoda constatação; ninguém com um mínimo de senso de observação acredita em sua cantilena de que nada tem a ver com o pior presidente da história recente do Brasil, como mostra a manifestação do povo nas pesquisas.
Outra razão é o programa de governo dos candidatos do “centro”, que prescreve a amarga receita da pauta ultraliberal e neocolonial como panaceia para os problemas do país. A maioria do povo sabe que se Alckmin ou qualquer um dos seus coadjuvantes for eleito terá de continuar engolindo as mazelas do regime golpista — como o corte de direitos trabalhistas e sociais, o entreguismo e o autoritarismo do governo do usurpador Michel Temer. O eleitorado, em sua grande maioria, percebe que o “centro” manteria o país nessa pasmaceira, que certamente agravaria a crise rapidamente.
FHC diz, em sua “Carta”, que, “diante de tão dramática situação, os candidatos à Presidência deveriam se recordar do que prometeu Churchill aos ingleses na guerra: sangue, suor e lágrimas”. Segundo ele, “poucos têm coragem e condição política para isso”. Acontece que o povo não tem motivos para se submeter a essa sentença insana. Ele já foi arrochado o suficiente para saber que essa receita ultraliberal e neocolonial não distribui os sacrifícios de modo igual. Tampouco tem esperança de que um dia irá se beneficiar das prometidas benesses. A falsidade é flagrante. Daí a sua manifesta intenção de não eleger esse programa nefasto, que apresenta de maneira nítida a intenção de lhe sugar o que resta de sangue.
Essas razões explicam as dificuldades eleitorais de Alckmin e seus coadjuvantes. FHC, em publicação no Twitter após a divulgação da sua “Carta”, e o manifesto dos intelectuais do PSDB citam o candidato tucano como favorito para essa suposta convergência ao “centro”. Marina Silva e Álvaro Dias rechaçaram, de pronto, a proposta de FHC. Afinal, quem em sã consciência entra numa canoa sem motor, sem vela, sem remo, imóvel no meio de um oceano de incertezas?
Esses movimentos são acompanhados de uma tática eleitoral agressiva do autointitulado “centro” para tentar virar o placar das pesquisas de intenções de votos nessa reta final da campanha. No manifesto dos intelectuais do PSDB, eles usam expressões como “evitar uma tragédia” com Bolsonaro e as “visões autoritárias” de Fernando Haddad. A comparação dos candidatos da coligação PT-PCdoB-Pros com os da chapa da extrema direita, como também fazem os tucanos e a mídia, contudo, só pode ser entendida como produto de desespero.
É preciso muito cinismo para afirmar que as candidaturas de Fernando Haddad e Manuela d’Ávila estão fora do campo democrático, comparando-as com as dos fascistas Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. Pode-se ter as mais profundas divergências com o PT e o PCdoB, mas ninguém consegue adulterar a história.
São correntes políticas e ideológicas que ostentam capítulos de abnegadas lutas pela democracia, como ocorreu no período de enfrentamento com a ditadura militar de 1964 para que a democracia fosse restaurada — ao contrário de Bolsonaro e Mourão que se vangloriam de suas participações naquele regime sanguinário e anunciam explicitamente que se utilizarão dos seus métodos se forem eleitos. Para flagrar o contraste, basta comparar aquele regime com o período dos governos democráticos e progressistas dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, quando o Brasil se desenvolveu com democracia, progresso social e soberania nacional.
A verdadeira ameaça que paira sobre o Brasil é o programa de governo ultraliberal e neocolonial encampado pela direita e pela extrema-direita, com a diferença de que o do capitão tem nítido matiz fascista. No campo progressista, o programa de governo da chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila propõe romper com a agenda conservadora como condição para tirar o Brasil da crise e encaminhá-lo para o rumo da retomada do desenvolvimento soberano e da conquista de direitos para o povo.
A carta de FHC “mofou” em menos de 24 horas. Um tiro n’água.
Desespero. Essa é a definição exata para o comportamento das hostes tucanas diante da tendência das intenções de votos, faltando, praticamente, duas semanas para o primeiro turno das eleições. A reação desvairada, que ecoa nos editoriais e colunas da mídia, está na “Carta aos eleitores e eleitoras” do ex-presidente Fenando Henrique Cardoso (FHC) e no manifesto de intelectuais ligados ao PSDB. Em uníssono, valendo-se da tática eleitoral do alarmismo, eles disseminam que a disputa eleitoral estaria polarizada por dois extremos (Fernando Haddad e Jair Bolsonaro), o que seria uma “ameaça” ao Brasil, para tentar fazer emergir um salvador da pátria de “centro”.
A falsidade não se sustenta por razões elementares. A começar pelas fortes evidências de que os candidatos que lideram as pesquisas, com origens políticas e ideológicas díspares, não se igualam quando o assunto é a defesa da democracia. O tucanato e a mídia, ao fazer esse chamamento à nação para a convergência em torno de um candidato do “centro” já no primeiro turno se valendo do falso argumento dos extremismos, ignoram os perfis de Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, incorrendo numa clara tentativa de estelionato eleitoral.
O que move essa ação tresloucada são, sem dúvida, a estagnação do principal candidato desse movimento, o tucano Geraldo Alckmin, e a rabeira dos seus coadjuvantes, que comem poeira desde que surgiram as primeiras pesquisas de intenções de votos. Ao se analisar as razões dessa imobilidade emerge a constatação óbvia de que o grosso do eleitorado identifica neles claramente as responsabilidades pelos efeitos da escalada golpista que tomou o Palácio do Planalto de assalto em 2016 para afastar arbitrariamente a presidenta Dilma Rousseff, entronizar o usurpador Michel Temer em seu lugar e rasgar o programa de governo eleito em 2014.
Não é preciso muito esforço para lembrar das presenças de Geraldo Alckmin e seus coadjuvantes nas cenas daquela trapaça. Tampouco é preciso esticar a vista para enxergar a participação do PSDB na marcha acelerada de implantação da agenda golpista. Por mais que negue, Alckmin não consegue se desvencilhar dessa incômoda constatação; ninguém com um mínimo de senso de observação acredita em sua cantilena de que nada tem a ver com o pior presidente da história recente do Brasil, como mostra a manifestação do povo nas pesquisas.
Outra razão é o programa de governo dos candidatos do “centro”, que prescreve a amarga receita da pauta ultraliberal e neocolonial como panaceia para os problemas do país. A maioria do povo sabe que se Alckmin ou qualquer um dos seus coadjuvantes for eleito terá de continuar engolindo as mazelas do regime golpista — como o corte de direitos trabalhistas e sociais, o entreguismo e o autoritarismo do governo do usurpador Michel Temer. O eleitorado, em sua grande maioria, percebe que o “centro” manteria o país nessa pasmaceira, que certamente agravaria a crise rapidamente.
FHC diz, em sua “Carta”, que, “diante de tão dramática situação, os candidatos à Presidência deveriam se recordar do que prometeu Churchill aos ingleses na guerra: sangue, suor e lágrimas”. Segundo ele, “poucos têm coragem e condição política para isso”. Acontece que o povo não tem motivos para se submeter a essa sentença insana. Ele já foi arrochado o suficiente para saber que essa receita ultraliberal e neocolonial não distribui os sacrifícios de modo igual. Tampouco tem esperança de que um dia irá se beneficiar das prometidas benesses. A falsidade é flagrante. Daí a sua manifesta intenção de não eleger esse programa nefasto, que apresenta de maneira nítida a intenção de lhe sugar o que resta de sangue.
Essas razões explicam as dificuldades eleitorais de Alckmin e seus coadjuvantes. FHC, em publicação no Twitter após a divulgação da sua “Carta”, e o manifesto dos intelectuais do PSDB citam o candidato tucano como favorito para essa suposta convergência ao “centro”. Marina Silva e Álvaro Dias rechaçaram, de pronto, a proposta de FHC. Afinal, quem em sã consciência entra numa canoa sem motor, sem vela, sem remo, imóvel no meio de um oceano de incertezas?
Esses movimentos são acompanhados de uma tática eleitoral agressiva do autointitulado “centro” para tentar virar o placar das pesquisas de intenções de votos nessa reta final da campanha. No manifesto dos intelectuais do PSDB, eles usam expressões como “evitar uma tragédia” com Bolsonaro e as “visões autoritárias” de Fernando Haddad. A comparação dos candidatos da coligação PT-PCdoB-Pros com os da chapa da extrema direita, como também fazem os tucanos e a mídia, contudo, só pode ser entendida como produto de desespero.
É preciso muito cinismo para afirmar que as candidaturas de Fernando Haddad e Manuela d’Ávila estão fora do campo democrático, comparando-as com as dos fascistas Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. Pode-se ter as mais profundas divergências com o PT e o PCdoB, mas ninguém consegue adulterar a história.
São correntes políticas e ideológicas que ostentam capítulos de abnegadas lutas pela democracia, como ocorreu no período de enfrentamento com a ditadura militar de 1964 para que a democracia fosse restaurada — ao contrário de Bolsonaro e Mourão que se vangloriam de suas participações naquele regime sanguinário e anunciam explicitamente que se utilizarão dos seus métodos se forem eleitos. Para flagrar o contraste, basta comparar aquele regime com o período dos governos democráticos e progressistas dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, quando o Brasil se desenvolveu com democracia, progresso social e soberania nacional.
A verdadeira ameaça que paira sobre o Brasil é o programa de governo ultraliberal e neocolonial encampado pela direita e pela extrema-direita, com a diferença de que o do capitão tem nítido matiz fascista. No campo progressista, o programa de governo da chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila propõe romper com a agenda conservadora como condição para tirar o Brasil da crise e encaminhá-lo para o rumo da retomada do desenvolvimento soberano e da conquista de direitos para o povo.
A carta de FHC “mofou” em menos de 24 horas. Um tiro n’água.
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