Editorial do site Vermelho:
Os sinais emitidos pelo presidente eleito Jair Bolsonaro e sua equipe indicam que o governo da direita, que tomará posse em 1º de janeiro de 2019, seguirá uma política externa vexatória. Na outra ponta desta relação de submissão aos Estados Unidos, as autoridades de Washington não se fazem de rogadas e apresentam suas exigências. Que estão expostas com clareza na entrevista do ex-embaixador no Brasil e alto funcionário da diplomacia estadunidense, Thomas Shannon, publicada nesta quinta-feira (22) no jornal Folha de São Paulo.
Os sinais emitidos pelo presidente eleito Jair Bolsonaro e sua equipe indicam que o governo da direita, que tomará posse em 1º de janeiro de 2019, seguirá uma política externa vexatória. Na outra ponta desta relação de submissão aos Estados Unidos, as autoridades de Washington não se fazem de rogadas e apresentam suas exigências. Que estão expostas com clareza na entrevista do ex-embaixador no Brasil e alto funcionário da diplomacia estadunidense, Thomas Shannon, publicada nesta quinta-feira (22) no jornal Folha de São Paulo.
O “programa” que ele expõe é de uma simplicidade tocante e atordoante: abertura completa do mercado brasileiro aos produtos dos Estados Unidos, a agressão à Venezuela e o afastamento do Brasil em relação à China - "acredito que o presidente eleito e sua equipe entendem que, ainda que seja importante vender commodities para a China (mas) o tipo de relação econômica que o país tem com os Estados Unidos oferece muito mais para o futuro do Brasil" – uma frase que, descontado o tom diplomático, é quase uma ordem!
Ordem que preconiza o abandono e desmonte da multipolaridade nas relações internacionais, da qual o Brasil foi um dos construtores e teve papel destacado nos governos Lula e Dilma, período no qual cresceu o protagonismo mundial do nosso país como interlocutor responsável nas relações entre as nações. Época em que a insuspeita revista estadunidense Foreign Affairs considerou o chanceler brasileiro, Celso Amorim, o melhor ministro de Relações Exteriores entre todos os países. O Brasil conquistou respeito mundial e teve um papel destacado no fortalecimento de blocos mundiais como o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), a Comunidade de Estados Latino Americanos e Caribenhos (CELAC), a União de Nações Sul Americanas (Unasul), baseados na soberania das nações e à margem de interesses imperialistas como os dos Estados Unidos.
A submissão que os Estados Unidos querem voltar a impor, e que o governo Bolsonaro e seu futuro chanceler Ernesto Araújo (que não será considerado o melhor chanceler, mas talvez o mais submisso!) que louva a subalternidade ao presidente Donald Trump, indicam um alinhamento ideológico às ordens de Washington e pode significar, além do prejuízo político, um impacto de vulto para a economia do Brasil pois a China é hoje o maior parceiro comercial de nosso país.
Thomas Shannon quer também que o Brasil se junte aos Estados Unidos para sufocar a Venezuela – cortando inclusive as exportações de alimentos para reduzir o país vizinho à fome e obrigá-lo a submeter-se às pressões imperialistas. O Brasil, disse, “é um grande fornecedor de alimentos, ou seja, tem outras alavancas que pode usar".
Ele quer que o Brasil abandone sua tradição diplomática de não alinhamento automático, de respeito à soberania das nações e de intermediário do diálogo necessário para superar conflitos e diferenças entre os países. Diplomacia que foi elevada ao seu ápice na postura ativa e altiva dos governos Lula e Dilma. Além da abertura do mercado brasileiro aos Estados Unidos, o funcionário do Departamento de Estado estadunidense quer a volta proteção às patentes (a “propriedade intelectual”) que favorece as empresas multinacionais e compra de armas pelo governo brasileiro. Fala também em “cooperação” na área de segurança: “Há espaço para uma cooperação em segurança, envolvendo as Forças Armadas dos dois países. Podemos expandir programas de treinamento, desenvolvimento de tecnologia militar e de armamentos”.
O tom da entrevista do ex-embaixador dos Estados Unidos é o de um sátrapa – uma autoridade colonial que dita regras à nação governada por uma potência estrangeira dominante, em desprezo à sua soberania nacional.
Há 210 anos, em 28 de janeiro de 1808, a Coroa Portuguesa assinou em Salvador, o decreto de Abertura dos Portos às nações amigas, rompendo com o domínio colonial que impunha relações do Brasil apenas com Portugal, a potência colonizadora, e o país pode ter relações com as nações do mundo.
A pretensão manifesta pelo ex-embaixador Thomas Shannon, com respaldo da submissa diplomacia acenada por Jair Bolsonaro, caminha no sentido oposto – submeter-se aos ditames da política neocolonial dos Estados Unidos.
Esta é uma insânia inacreditável contra a qual as forças democratas., populares e patrióticas desde já estão chamadas a impedir que se concretize. , e custa a crer que o Brasil aceitará imposições desta natureza e se ajoelhará ante elas.
Ordem que preconiza o abandono e desmonte da multipolaridade nas relações internacionais, da qual o Brasil foi um dos construtores e teve papel destacado nos governos Lula e Dilma, período no qual cresceu o protagonismo mundial do nosso país como interlocutor responsável nas relações entre as nações. Época em que a insuspeita revista estadunidense Foreign Affairs considerou o chanceler brasileiro, Celso Amorim, o melhor ministro de Relações Exteriores entre todos os países. O Brasil conquistou respeito mundial e teve um papel destacado no fortalecimento de blocos mundiais como o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), a Comunidade de Estados Latino Americanos e Caribenhos (CELAC), a União de Nações Sul Americanas (Unasul), baseados na soberania das nações e à margem de interesses imperialistas como os dos Estados Unidos.
A submissão que os Estados Unidos querem voltar a impor, e que o governo Bolsonaro e seu futuro chanceler Ernesto Araújo (que não será considerado o melhor chanceler, mas talvez o mais submisso!) que louva a subalternidade ao presidente Donald Trump, indicam um alinhamento ideológico às ordens de Washington e pode significar, além do prejuízo político, um impacto de vulto para a economia do Brasil pois a China é hoje o maior parceiro comercial de nosso país.
Thomas Shannon quer também que o Brasil se junte aos Estados Unidos para sufocar a Venezuela – cortando inclusive as exportações de alimentos para reduzir o país vizinho à fome e obrigá-lo a submeter-se às pressões imperialistas. O Brasil, disse, “é um grande fornecedor de alimentos, ou seja, tem outras alavancas que pode usar".
Ele quer que o Brasil abandone sua tradição diplomática de não alinhamento automático, de respeito à soberania das nações e de intermediário do diálogo necessário para superar conflitos e diferenças entre os países. Diplomacia que foi elevada ao seu ápice na postura ativa e altiva dos governos Lula e Dilma. Além da abertura do mercado brasileiro aos Estados Unidos, o funcionário do Departamento de Estado estadunidense quer a volta proteção às patentes (a “propriedade intelectual”) que favorece as empresas multinacionais e compra de armas pelo governo brasileiro. Fala também em “cooperação” na área de segurança: “Há espaço para uma cooperação em segurança, envolvendo as Forças Armadas dos dois países. Podemos expandir programas de treinamento, desenvolvimento de tecnologia militar e de armamentos”.
O tom da entrevista do ex-embaixador dos Estados Unidos é o de um sátrapa – uma autoridade colonial que dita regras à nação governada por uma potência estrangeira dominante, em desprezo à sua soberania nacional.
Há 210 anos, em 28 de janeiro de 1808, a Coroa Portuguesa assinou em Salvador, o decreto de Abertura dos Portos às nações amigas, rompendo com o domínio colonial que impunha relações do Brasil apenas com Portugal, a potência colonizadora, e o país pode ter relações com as nações do mundo.
A pretensão manifesta pelo ex-embaixador Thomas Shannon, com respaldo da submissa diplomacia acenada por Jair Bolsonaro, caminha no sentido oposto – submeter-se aos ditames da política neocolonial dos Estados Unidos.
Esta é uma insânia inacreditável contra a qual as forças democratas., populares e patrióticas desde já estão chamadas a impedir que se concretize. , e custa a crer que o Brasil aceitará imposições desta natureza e se ajoelhará ante elas.
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