Por Renato Rovai, em seu blog:
Bolsonaro fez sua estreia internacional ontem falando para os donos do capital global em Davos. Para os responsáveis pela maior crise da história contemporânea, a de 2008. Crise que ampliou a miséria e o desemprego ao redor do mundo e abriu as portas do inferno para políticos medíocres e com discursos fascistas como Bolsonaro.
Nem naquele que deveria ser o seu palco mais amigável, o presidente capitão conseguiu se sair bem. A repercussão internacional do seu discurso foi a pior possível.
Em seis minutos desconexos não conseguiu transmitir segurança nem para muitos que pensam exatamente como ele. Afinam, não pensem que os investidores que vão a Davos são “cidadãos de bem” preocupados com a melhoria da qualidade de vida do povo.
Estão mais para assaltantes globais. Querem saber apenas como podem ganhar mais grana e quem lhes oferece as melhores condições para isso.
E por que mesmo disposto a entregar o Brasil numa bandeja de prata, Bolsonaro não convenceu? Porque os barões planetários sentiram que o presidente capitão não parece ter condição de tocar com alguma segurança o barco Brasil. Que é um limítrofe. É que não está apto para dar alguma estabilidade (que seja de fachada) ao país.
E por isso, o fiasco pode virar uma saída de recursos daqui. E não o contrário, como se previa.
Depois de ontem, quem pensava em investir no Brasil deve estar em dúvida.
Inclusive porque a história do envolvimento da ‘famiglia’ Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro bateu em Davos.
Não que esses investidores estejam muito preocupados com isso, mas pegou mal. Em especial porque alguns sabem o quanto isso pode repercutir em seus países de origem. Principalmente por conta de o assassinato de Marielle ter tido destaque nos principais veículos de comunicação do planeta.
O fato concreto é que nem Collor foi tão mal nos seus primeiros dias de governo. Há uma tempestade perfeita atingindo o bolsonarismo. E ela já começa a ficar perigosa para quem o ladeia. Como, por exemplo, doutor Moro, Paulo Guedes e os militares.
Essa gente, como se sabe, não tem compromisso para além dos seus projetos. Se o capitão presidente ficar muito pesado, eles não hesitarão em atirá-lo ao mar pra seguir sua caminhada.
E a Globo sabendo disso manteve sua artilharia contra a família, mas preservou o governo. Ela deseja um governo de Bolsonaro sem ele e sua família.
E depois de ontem essa hipótese já deve estar na cabeça de muitos que dançam com o poder.
O fiasco de Davos pode ser superado com tranquilidade, mas o envolvimento com as milícias tende a custar caro. Ao menos a cabeça do filho Flavio pode ter de rodar se o fogo aumentar. E aí tudo ficará imprevisível.
Bolsonaro fez sua estreia internacional ontem falando para os donos do capital global em Davos. Para os responsáveis pela maior crise da história contemporânea, a de 2008. Crise que ampliou a miséria e o desemprego ao redor do mundo e abriu as portas do inferno para políticos medíocres e com discursos fascistas como Bolsonaro.
Nem naquele que deveria ser o seu palco mais amigável, o presidente capitão conseguiu se sair bem. A repercussão internacional do seu discurso foi a pior possível.
Em seis minutos desconexos não conseguiu transmitir segurança nem para muitos que pensam exatamente como ele. Afinam, não pensem que os investidores que vão a Davos são “cidadãos de bem” preocupados com a melhoria da qualidade de vida do povo.
Estão mais para assaltantes globais. Querem saber apenas como podem ganhar mais grana e quem lhes oferece as melhores condições para isso.
E por que mesmo disposto a entregar o Brasil numa bandeja de prata, Bolsonaro não convenceu? Porque os barões planetários sentiram que o presidente capitão não parece ter condição de tocar com alguma segurança o barco Brasil. Que é um limítrofe. É que não está apto para dar alguma estabilidade (que seja de fachada) ao país.
E por isso, o fiasco pode virar uma saída de recursos daqui. E não o contrário, como se previa.
Depois de ontem, quem pensava em investir no Brasil deve estar em dúvida.
Inclusive porque a história do envolvimento da ‘famiglia’ Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro bateu em Davos.
Não que esses investidores estejam muito preocupados com isso, mas pegou mal. Em especial porque alguns sabem o quanto isso pode repercutir em seus países de origem. Principalmente por conta de o assassinato de Marielle ter tido destaque nos principais veículos de comunicação do planeta.
O fato concreto é que nem Collor foi tão mal nos seus primeiros dias de governo. Há uma tempestade perfeita atingindo o bolsonarismo. E ela já começa a ficar perigosa para quem o ladeia. Como, por exemplo, doutor Moro, Paulo Guedes e os militares.
Essa gente, como se sabe, não tem compromisso para além dos seus projetos. Se o capitão presidente ficar muito pesado, eles não hesitarão em atirá-lo ao mar pra seguir sua caminhada.
E a Globo sabendo disso manteve sua artilharia contra a família, mas preservou o governo. Ela deseja um governo de Bolsonaro sem ele e sua família.
E depois de ontem essa hipótese já deve estar na cabeça de muitos que dançam com o poder.
O fiasco de Davos pode ser superado com tranquilidade, mas o envolvimento com as milícias tende a custar caro. Ao menos a cabeça do filho Flavio pode ter de rodar se o fogo aumentar. E aí tudo ficará imprevisível.
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