Por Renato Rovai, em seu blog:
O laranjal está tão adensado que cada dia fica mais difícil entender o que acontece no PSL. Não porque existe complexidade nas relações entre os diferentes atores que dominam a sigla usada para completar o golpe iniciado com o impeachment de Dilma. Mas porque cada dia aparecem mais peças num quebra-cabeça que vai se tornando ao mesmo tempo vergonhoso e, por que não, também um tanto divertido.
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, um dos cargos que exigem maior proximidade com o presidente, Gustavo Bebianno é o nome da vez. Ele foi presidente do PSL durante o período eleitoral e era considerado o homem de confiança de Bolsonaro nas articulações políticas.
Bebianno é amigo de 30 anos de Paulo Marinho, mais conhecido por ter sido esposo de Maitê Proença. Mas não só. Você deve se lembrar de quando, no segundo turno, Doria foi ao Rio de Janeiro buscar o apoio de Bolsonaro. E que deu com a cara na porta na cara, mas conseguiu uma empolgada declaração da deputada Joice Hasselmann. Pois então, tudo aconteceu na casa de Paulo Marinho, localizada no Jardim Botânico e que virou estúdio para gravações de TV de Bolsonaro.
Paulo Marinho, poucos sabem, é o primeiro suplente de Flávio Bolsonaro. O filho do presidente eleito senador pelo Rio de Janeiro e que é o pai do esquema Fabrício Queiroz.
Flávio esteve na berlinda desde dezembro e teve o seu mandato ameaçado. Como o MP do Rio de Janeiro parece não estar com muita pressa em ouvir Queiroz, ele tomou posse e está tocando o mandato.
Mas os filhos de Bolsonaro parecem ter identificado as digitais de Bebianno na ampliação do escândalo de Flávio.
E agora foram à forra quando o ministro da Secretária-Geral foi pego pela Folha de S. Paulo enviando R$ 400 mil de recursos públicos do partido a uma candidata laranja.
O fogo amigo contra Bebianno, aliás, deve ter partido dos próprios filhos. Do 01, do 02 e do 03. A gangue nota zero.
É importante lembrar que Carlos Bolsonaro se afastou da equipe de transição do governo por conta de um atrito com o mesmo Bebianno. E na ocasião deu caneladas no atual ministro via Twitter.
Não é uma guerra particular essa dos Bolsonaros x Bebianno. É uma disputa de gangues.
Se Bolsonaro pudesse ter demitido o seu ministro sem correr riscos, já o teria feito.
Não o fez porque sabe o risco que corre. Mas deixou o pau comer pra ver se consegue enquadrá-lo e reposicionar as peças. E também para buscar tirar o seu filho Flávio do foco da mídia e ao mesmo tempo livrá-lo da chantagem do ministro, que adoraria ver seu amigo Paulo Marinho assumindo um mandato no Senado.
Vai dar pano para manga essa história. E pode vir a ser ainda mais divertida do que a briga entre Fernando Collor e seu irmão Pedro Collor de Mello.
Mas não vai ser definida tão rapidamente.
E por isso Bolsonaro mandou Moro entrar em campo dizendo que vai investigar as denúncias. Porque com isso mantém Bebianno no cargo, mas o deixa com o guizo. Se Bebianno tentar se movimentar, Moro vai balançar o guizo. Ou seja, é um governo absurdamente de calhordas. Em todos os sentidos.
O laranjal está tão adensado que cada dia fica mais difícil entender o que acontece no PSL. Não porque existe complexidade nas relações entre os diferentes atores que dominam a sigla usada para completar o golpe iniciado com o impeachment de Dilma. Mas porque cada dia aparecem mais peças num quebra-cabeça que vai se tornando ao mesmo tempo vergonhoso e, por que não, também um tanto divertido.
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, um dos cargos que exigem maior proximidade com o presidente, Gustavo Bebianno é o nome da vez. Ele foi presidente do PSL durante o período eleitoral e era considerado o homem de confiança de Bolsonaro nas articulações políticas.
Bebianno é amigo de 30 anos de Paulo Marinho, mais conhecido por ter sido esposo de Maitê Proença. Mas não só. Você deve se lembrar de quando, no segundo turno, Doria foi ao Rio de Janeiro buscar o apoio de Bolsonaro. E que deu com a cara na porta na cara, mas conseguiu uma empolgada declaração da deputada Joice Hasselmann. Pois então, tudo aconteceu na casa de Paulo Marinho, localizada no Jardim Botânico e que virou estúdio para gravações de TV de Bolsonaro.
Paulo Marinho, poucos sabem, é o primeiro suplente de Flávio Bolsonaro. O filho do presidente eleito senador pelo Rio de Janeiro e que é o pai do esquema Fabrício Queiroz.
Flávio esteve na berlinda desde dezembro e teve o seu mandato ameaçado. Como o MP do Rio de Janeiro parece não estar com muita pressa em ouvir Queiroz, ele tomou posse e está tocando o mandato.
Mas os filhos de Bolsonaro parecem ter identificado as digitais de Bebianno na ampliação do escândalo de Flávio.
E agora foram à forra quando o ministro da Secretária-Geral foi pego pela Folha de S. Paulo enviando R$ 400 mil de recursos públicos do partido a uma candidata laranja.
O fogo amigo contra Bebianno, aliás, deve ter partido dos próprios filhos. Do 01, do 02 e do 03. A gangue nota zero.
É importante lembrar que Carlos Bolsonaro se afastou da equipe de transição do governo por conta de um atrito com o mesmo Bebianno. E na ocasião deu caneladas no atual ministro via Twitter.
Não é uma guerra particular essa dos Bolsonaros x Bebianno. É uma disputa de gangues.
Se Bolsonaro pudesse ter demitido o seu ministro sem correr riscos, já o teria feito.
Não o fez porque sabe o risco que corre. Mas deixou o pau comer pra ver se consegue enquadrá-lo e reposicionar as peças. E também para buscar tirar o seu filho Flávio do foco da mídia e ao mesmo tempo livrá-lo da chantagem do ministro, que adoraria ver seu amigo Paulo Marinho assumindo um mandato no Senado.
Vai dar pano para manga essa história. E pode vir a ser ainda mais divertida do que a briga entre Fernando Collor e seu irmão Pedro Collor de Mello.
Mas não vai ser definida tão rapidamente.
E por isso Bolsonaro mandou Moro entrar em campo dizendo que vai investigar as denúncias. Porque com isso mantém Bebianno no cargo, mas o deixa com o guizo. Se Bebianno tentar se movimentar, Moro vai balançar o guizo. Ou seja, é um governo absurdamente de calhordas. Em todos os sentidos.
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