Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
A proposta de reforma do regime previdenciário dos militares é mais uma piada de péssimo gosto do governo militar de Jair Bolsonaro. Chegado em uma fake news, o governo tirou a medalhinha de um dos ombros, para colocar no outro. Na proposta da reforma, estima-se uma economia de 97,3 bilhões em dez anos. Mas, para manter a aliança com as forças armadas, propõe-se em paralelo uma reforma do plano de carreira dos militares que custará aos cofres públicos R$ 86,6 bilhões nos mesmos dez anos. Com isso, o resultado liquido previsto com a gambiarra diversionista de Bolsonaro, Guedes, Mourão e companhia é uma economia de R$ 10,5 bilhões em 10 anos, ou seja, apenas R$ 1,05 bilhão por ano.
Claro que alguém poderá dizer – com razão! – que R$ 1 bilhão não é pouca grana. Com esse dinheiro daria para construir umas 10 mil moradias populares ou mil unidades de saúde básica. O problema é que, por conta das especificidades do sistema de pensões e aposentadorias dos militares, seu déficit anual vinha consumindo espantosos R$ 43 bilhões do orçamento da União (0,63% do PIB brasileiro de 2018) e, portanto, a solução mandrake proposta pelo governo vai apenas triscar de leve no custo fiscal provocado pelas despesas de pessoal das forças armadas. Tira daqui, bota ali, o buraco anual seguira girando em torno de R$ 42 bilhões.
Mais grave do que isso, entretanto, é a desproporção dos sacrifícios. Enquanto pequenas cócegas serão sentidas nos bolsos dos militares, os 65 milhões de brasileiros de baixa renda que não têm condições de contribuir para a previdência social não poderão se aposentar pelo INSS e terão que viver dos benefícios da assistência social que agora serão reduzidos de R$ 998 por mês para R$400.
Mas, convenhamos. Não se poderia esperar nada muito diferente de um governo presidido por um ex-capitão e controlado de cima a baixo por um verdadeiro batalhão de oficiais da reserva.
A proposta de reforma do regime previdenciário dos militares é mais uma piada de péssimo gosto do governo militar de Jair Bolsonaro. Chegado em uma fake news, o governo tirou a medalhinha de um dos ombros, para colocar no outro. Na proposta da reforma, estima-se uma economia de 97,3 bilhões em dez anos. Mas, para manter a aliança com as forças armadas, propõe-se em paralelo uma reforma do plano de carreira dos militares que custará aos cofres públicos R$ 86,6 bilhões nos mesmos dez anos. Com isso, o resultado liquido previsto com a gambiarra diversionista de Bolsonaro, Guedes, Mourão e companhia é uma economia de R$ 10,5 bilhões em 10 anos, ou seja, apenas R$ 1,05 bilhão por ano.
Claro que alguém poderá dizer – com razão! – que R$ 1 bilhão não é pouca grana. Com esse dinheiro daria para construir umas 10 mil moradias populares ou mil unidades de saúde básica. O problema é que, por conta das especificidades do sistema de pensões e aposentadorias dos militares, seu déficit anual vinha consumindo espantosos R$ 43 bilhões do orçamento da União (0,63% do PIB brasileiro de 2018) e, portanto, a solução mandrake proposta pelo governo vai apenas triscar de leve no custo fiscal provocado pelas despesas de pessoal das forças armadas. Tira daqui, bota ali, o buraco anual seguira girando em torno de R$ 42 bilhões.
Mais grave do que isso, entretanto, é a desproporção dos sacrifícios. Enquanto pequenas cócegas serão sentidas nos bolsos dos militares, os 65 milhões de brasileiros de baixa renda que não têm condições de contribuir para a previdência social não poderão se aposentar pelo INSS e terão que viver dos benefícios da assistência social que agora serão reduzidos de R$ 998 por mês para R$400.
Mas, convenhamos. Não se poderia esperar nada muito diferente de um governo presidido por um ex-capitão e controlado de cima a baixo por um verdadeiro batalhão de oficiais da reserva.
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