Por Bepe Damasco, em seu blog:
Incluo-me entre os que pensam que Bolsonaro carece de legitimidade para ocupar a presidência da República, pois só foi eleito devido à combinação dos seguintes fatores:
1) Caçada sórdida e prisão ilegal de Lula, para alijá-lo de uma eleição que venceria com relativa facilidade, como indicavam todas as pesquisas;
2) Montagem de uma indústria de calúnia e difamação contra Haddad e Manuela, que contou com financiamento de empresas, via caixa 2, o que viola a legislação eleitoral vigente;
3) Uma facada providencial, hoje envolvida por forte suspeita de ter sido uma farsa. O “atentado” de Juiz de Fora, além da vitimização do candidato, reverberada diuturnamente pela mídia, fez com que Bolsonaro pudesse esconder do país sua monumental boçalidade numa enfermaria de hospital;
4) Ignorante até a raiz dos cabelos sobre qualquer assunto relevante para um presidente da República, Bolsonaro, em inédita agressão aos eleitores e à democracia, se negou a participar dos debates.
Não creio, portanto, que questionar a legitimidade de Bolsonaro afronte o pilar fundamental do regime democrático, que é o respeito à soberania popular. Ao contrário, em que pese tenha obtido 55 milhões de votos no segundo turno, as razões expostas acima são suficientes para entendermos quem afrontou a soberania popular, manipulando o eleitorado com um arsenal de mentiras, manipulações e encenações.
Escrevo no dia em que é divulgada uma pesquisa Ibope mostrando que a ficha do eleitorado começa a cair. A aprovação de Bolsonaro caiu 15 pontos percentuais e ele já o presidente brasileiro pior avaliado em início de mandato.
Pudera: em 80 dias de governo, Bolsonaro já deu sobejas demonstrações de falta de estatura para o cargo, pois não preenche os requisitos mínimos para exercer a mais alta magistratura do país. Sua condição de chefe de estado e de governo é uma ameaça constante à Constituição e à democracia. Ele vem cobrindo o país de vergonha a cada discurso, a cada viagem internacional, a cada postagem nas redes sociais, a cada intromissão no governo de seus filhos sociopatas.
Sua estupidez acerca de temas sobre os quais um presidente da República deve ter pelos menos conhecimento rudimentar e as dificuldades de ordem cognitiva que exibe são incompatíveis com a faixa presidencial que ostenta.
O critério utilizado por ele para escolher seus ministros beira a insanidade mental: quem é a destacada inimiga dos direitos humanos e das lutas pela emancipação das mulheres? Fulana. Então, ela será ministra da pasta que deveria zelar pelos direitos humanos e direitos das mulheres. Quem é maior adversário da causa ambiental? Beltrano. Então, será nomeado ministro do Meio Ambiente. Quem é o diplomata mais capacitado para isolar o país do resto do mundo e trazer graves prejuízos às nossas exportações? Um diplomata inexpressivo que reza na cartilha do lunático Olavo de Carvalho. Então, esse será o chefe do Itamaraty. Tem um colombiano aí que odeia de morte a educação pública e os educadores. Então, o MEC ficará sob seu comando.
Completa o naipe de agressões ao bom senso uma doutrina de governo pautada por um fundamentalismo religioso medieval. Esse é um governo inimigo da ciência, da razão, da inteligência e do conhecimento. Sem falar na excrescência de um poder civil ser dominado por militares, algo sem precedentes em países democráticos.
Longe de querer banalizar processos de impeachment, quero chamar a atenção para o grau de excepcionalidade com o qual um governo com essas características deve ser encarado. Não podemos subestimar o poder corrosivo e destrutivo de um governo chefiado por um sujeito desprovido de qualquer compromisso com a democracia.
Bem sei que não estamos no parlamentarismo, sistema que favorece a troca de governo sem traumas. Mas é preciso chamar a atenção para a espada que paira sobre o pescoço da nação brasileira. É certo que a correlação de forças, no momento, não permite a instalação de um processo de impeachment pelo Congresso Nacional.
Tampouco a alternativa Mourão significaria qualquer avanço, pois as convicções democráticas do general não valem um tostão furado.Todavia, a adoção pela esquerda e pelos democratas da palavra de ordem “Fora Bolsonaro” expressaria a nossa rejeição cabal e definitiva ao descalabro que é seu governo e reforçaria a denúncia de traição aos interesses da pátria explicitada pelo vexame que foi sua viagem aos Estados Unidos.
Incluo-me entre os que pensam que Bolsonaro carece de legitimidade para ocupar a presidência da República, pois só foi eleito devido à combinação dos seguintes fatores:
1) Caçada sórdida e prisão ilegal de Lula, para alijá-lo de uma eleição que venceria com relativa facilidade, como indicavam todas as pesquisas;
2) Montagem de uma indústria de calúnia e difamação contra Haddad e Manuela, que contou com financiamento de empresas, via caixa 2, o que viola a legislação eleitoral vigente;
3) Uma facada providencial, hoje envolvida por forte suspeita de ter sido uma farsa. O “atentado” de Juiz de Fora, além da vitimização do candidato, reverberada diuturnamente pela mídia, fez com que Bolsonaro pudesse esconder do país sua monumental boçalidade numa enfermaria de hospital;
4) Ignorante até a raiz dos cabelos sobre qualquer assunto relevante para um presidente da República, Bolsonaro, em inédita agressão aos eleitores e à democracia, se negou a participar dos debates.
Não creio, portanto, que questionar a legitimidade de Bolsonaro afronte o pilar fundamental do regime democrático, que é o respeito à soberania popular. Ao contrário, em que pese tenha obtido 55 milhões de votos no segundo turno, as razões expostas acima são suficientes para entendermos quem afrontou a soberania popular, manipulando o eleitorado com um arsenal de mentiras, manipulações e encenações.
Escrevo no dia em que é divulgada uma pesquisa Ibope mostrando que a ficha do eleitorado começa a cair. A aprovação de Bolsonaro caiu 15 pontos percentuais e ele já o presidente brasileiro pior avaliado em início de mandato.
Pudera: em 80 dias de governo, Bolsonaro já deu sobejas demonstrações de falta de estatura para o cargo, pois não preenche os requisitos mínimos para exercer a mais alta magistratura do país. Sua condição de chefe de estado e de governo é uma ameaça constante à Constituição e à democracia. Ele vem cobrindo o país de vergonha a cada discurso, a cada viagem internacional, a cada postagem nas redes sociais, a cada intromissão no governo de seus filhos sociopatas.
Sua estupidez acerca de temas sobre os quais um presidente da República deve ter pelos menos conhecimento rudimentar e as dificuldades de ordem cognitiva que exibe são incompatíveis com a faixa presidencial que ostenta.
O critério utilizado por ele para escolher seus ministros beira a insanidade mental: quem é a destacada inimiga dos direitos humanos e das lutas pela emancipação das mulheres? Fulana. Então, ela será ministra da pasta que deveria zelar pelos direitos humanos e direitos das mulheres. Quem é maior adversário da causa ambiental? Beltrano. Então, será nomeado ministro do Meio Ambiente. Quem é o diplomata mais capacitado para isolar o país do resto do mundo e trazer graves prejuízos às nossas exportações? Um diplomata inexpressivo que reza na cartilha do lunático Olavo de Carvalho. Então, esse será o chefe do Itamaraty. Tem um colombiano aí que odeia de morte a educação pública e os educadores. Então, o MEC ficará sob seu comando.
Completa o naipe de agressões ao bom senso uma doutrina de governo pautada por um fundamentalismo religioso medieval. Esse é um governo inimigo da ciência, da razão, da inteligência e do conhecimento. Sem falar na excrescência de um poder civil ser dominado por militares, algo sem precedentes em países democráticos.
Longe de querer banalizar processos de impeachment, quero chamar a atenção para o grau de excepcionalidade com o qual um governo com essas características deve ser encarado. Não podemos subestimar o poder corrosivo e destrutivo de um governo chefiado por um sujeito desprovido de qualquer compromisso com a democracia.
Bem sei que não estamos no parlamentarismo, sistema que favorece a troca de governo sem traumas. Mas é preciso chamar a atenção para a espada que paira sobre o pescoço da nação brasileira. É certo que a correlação de forças, no momento, não permite a instalação de um processo de impeachment pelo Congresso Nacional.
Tampouco a alternativa Mourão significaria qualquer avanço, pois as convicções democráticas do general não valem um tostão furado.Todavia, a adoção pela esquerda e pelos democratas da palavra de ordem “Fora Bolsonaro” expressaria a nossa rejeição cabal e definitiva ao descalabro que é seu governo e reforçaria a denúncia de traição aos interesses da pátria explicitada pelo vexame que foi sua viagem aos Estados Unidos.
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