Editorial do site Vermelho:
Alguns descreveram o resultado da votação do domingo (11) na Argentina como um "terremoto político". Palavras que exprimem a perplexidade daqueles que ainda esperavam uma improvável aprovação popular (ou pelo menos uma condenação menos arrasadora) do fracassado governo do direitista Maurício Macri e do partido "Cambiemos" que o apoia.
Esperanças vãs. A votação foi a primeira etapa da eleição presidencial cujo primeiro turno ocorrerá em 27 de outubro. Foi o PASO (Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), como a lei eleitoral argentina designa a eleição primária que indica aqueles que concorrerão à eleição presidencial. A lei diz também que, no primeiro turno, vence o candidato que alcançar 40% dos votos válidos, com 10% de vantagem sobre o segundo colocado, ou ainda 45% dos votos válidos. Se nenhum candidato alcançar esta votação, ocorrerá o segundo turno (lá chamado de balotaje), um mês depois, em 24 de novembro. Serão eleitos também 130 deputados e 24 senadores para o parlamento nacional e 43 deputados para o parlamento do Mercosul.
Na primeira disputa da eleição argentina (que um comentarista considerou como a "pior derrota de Macri em 20 de carreira política"), pode ser considerada a grande vitoriosa a ex-presidenta Cristina Kirchner que é candidata a vice numa chapa encabeçada por Alberto Fernández, ex-integrante das equipes de Néstor e Cristina Kirchner e que agora pleiteia a presidência da República. O resultado foi de fato arrasador - 47% dos votos contra 32% de Macri. Se for reiterado em 27 de outubro, dará a vitória, já no primeiro turno, à dupla Alberto Fernández/Cristina Kirchner.
O anúncio deste autêntico tsunami eleitoral repercutiu da forma costumeira, e negativa, entre os especuladores financeiros - na segunda-feira (12) houve queda na bolsa e alta do dólar. E muita conversa mole na mídia conservadora, com seus vaticínio de retorno do que cham de "populismo" contra o ajuste fiscal e econômico. O próprio Maurício Macri declarou que estas foram reações do "mercado" contra o vaticínio das urnas, que apontavam para sua derrota. E indicam o que poderá ser seu discurso de campanha até 27 de outubro. A insistência na austeridade como saída para a crise econômica que seu governo aprofundou, gerando enorme desemprego, queda na renda das famílias, paralisia econômica e subserviência ao imperialismo dos EUA. Um caminho que os argentinos rejeitam e mostram querer trazer de volta um governo com uma política econômica voltada para o bem estar da população, a defesa da economia e a soberania nacional.
A previa eleitoral de domingo colocou na balança o governo direitista e desastroso de Macri e o condenou. Em nota divulgada nesta segunda-feira (12) o Partido Justicialista Nacional, que apoia Fernandez e Cristina, responsabiliza pela crise os três anos e meio de ajuste conservador do governo de Macri, que levou ao ao aumento da inflação, perda do poder aquisitivo dos trabalhadores e aumento do desemprego (que passou de 7% em 2015, no início do governo da direita, para 10% atualmente), aumento da pobreza (a indigência entre os argentinos cresceu de 4,5% em 2015 para 8% hoje), entre outras mazelas.
Repetindo antigo mote que comparava Brasil e Argentina dizendo "eu sou você amanhã", o capitão-presidente Jair Bolsonaro precisa olhar com atenção para o resultado da eleição. Embora desprezada pela mídia conservadora, a oposição a Macri triunfou e pode vencer em outubro, como agora reconhece quase toda a mídia argentina. No Brasil o caminho é o mesmo e o clamor popular - que ocupa as ruas na terça-feira (13) e na quarta-feira (14) - fortalece a oposição a Bolsonaro e a resistência democrática contra os desmandos de seu governo - semelhantes aos que foram à lona na Argentina.
Alguns descreveram o resultado da votação do domingo (11) na Argentina como um "terremoto político". Palavras que exprimem a perplexidade daqueles que ainda esperavam uma improvável aprovação popular (ou pelo menos uma condenação menos arrasadora) do fracassado governo do direitista Maurício Macri e do partido "Cambiemos" que o apoia.
Esperanças vãs. A votação foi a primeira etapa da eleição presidencial cujo primeiro turno ocorrerá em 27 de outubro. Foi o PASO (Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), como a lei eleitoral argentina designa a eleição primária que indica aqueles que concorrerão à eleição presidencial. A lei diz também que, no primeiro turno, vence o candidato que alcançar 40% dos votos válidos, com 10% de vantagem sobre o segundo colocado, ou ainda 45% dos votos válidos. Se nenhum candidato alcançar esta votação, ocorrerá o segundo turno (lá chamado de balotaje), um mês depois, em 24 de novembro. Serão eleitos também 130 deputados e 24 senadores para o parlamento nacional e 43 deputados para o parlamento do Mercosul.
Na primeira disputa da eleição argentina (que um comentarista considerou como a "pior derrota de Macri em 20 de carreira política"), pode ser considerada a grande vitoriosa a ex-presidenta Cristina Kirchner que é candidata a vice numa chapa encabeçada por Alberto Fernández, ex-integrante das equipes de Néstor e Cristina Kirchner e que agora pleiteia a presidência da República. O resultado foi de fato arrasador - 47% dos votos contra 32% de Macri. Se for reiterado em 27 de outubro, dará a vitória, já no primeiro turno, à dupla Alberto Fernández/Cristina Kirchner.
O anúncio deste autêntico tsunami eleitoral repercutiu da forma costumeira, e negativa, entre os especuladores financeiros - na segunda-feira (12) houve queda na bolsa e alta do dólar. E muita conversa mole na mídia conservadora, com seus vaticínio de retorno do que cham de "populismo" contra o ajuste fiscal e econômico. O próprio Maurício Macri declarou que estas foram reações do "mercado" contra o vaticínio das urnas, que apontavam para sua derrota. E indicam o que poderá ser seu discurso de campanha até 27 de outubro. A insistência na austeridade como saída para a crise econômica que seu governo aprofundou, gerando enorme desemprego, queda na renda das famílias, paralisia econômica e subserviência ao imperialismo dos EUA. Um caminho que os argentinos rejeitam e mostram querer trazer de volta um governo com uma política econômica voltada para o bem estar da população, a defesa da economia e a soberania nacional.
A previa eleitoral de domingo colocou na balança o governo direitista e desastroso de Macri e o condenou. Em nota divulgada nesta segunda-feira (12) o Partido Justicialista Nacional, que apoia Fernandez e Cristina, responsabiliza pela crise os três anos e meio de ajuste conservador do governo de Macri, que levou ao ao aumento da inflação, perda do poder aquisitivo dos trabalhadores e aumento do desemprego (que passou de 7% em 2015, no início do governo da direita, para 10% atualmente), aumento da pobreza (a indigência entre os argentinos cresceu de 4,5% em 2015 para 8% hoje), entre outras mazelas.
Repetindo antigo mote que comparava Brasil e Argentina dizendo "eu sou você amanhã", o capitão-presidente Jair Bolsonaro precisa olhar com atenção para o resultado da eleição. Embora desprezada pela mídia conservadora, a oposição a Macri triunfou e pode vencer em outubro, como agora reconhece quase toda a mídia argentina. No Brasil o caminho é o mesmo e o clamor popular - que ocupa as ruas na terça-feira (13) e na quarta-feira (14) - fortalece a oposição a Bolsonaro e a resistência democrática contra os desmandos de seu governo - semelhantes aos que foram à lona na Argentina.
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