Por Altamiro Borges
O “bispo” Marcelo Crivella, que há muito tempo não honra o título de prefeito – pela gestão conservadora e desastrada que realiza no Rio de Janeiro –, achava que ia ganhar alguns pontinhos de popularidade com a sua decisão draconiana de censurar um gibi com um beijo gay. Mas, ao que tudo indica, ele vai é virar motivo de chacota na cidade, no Brasil e no mundo. Até a TV Record, do tiozão Edir Macedo – dono da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) –, parece que decidiu se distanciar da ação ditatorial e homofóbica do “prefake”.
Conforme registra o especialista em mídia Mauricio Stycer, em artigo postado no UOL neste domingo (8), “as iniciativas do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), costumam ser acompanhadas de perto e ter enorme ressonância nos programas jornalísticos da Record. Não foi o caso, porém, da cruzada contra o beijo entre dois personagens masculinos de uma HQ à venda na Bienal do Livro”. Seu levantamento é certeiro.
No dia em que o caso eclodiu, na sexta-feira, apenas um telejornal local, o “Balanço Geral”, informou a ação criminosa do prefeito. O principal programa jornalístico da emissora, o “Jornal da Record”, nos seus longos 50 minutos, sequer citou a ação espalhafatosa. No sábado, quando o assunto tinha repercutido até no exterior, o telejornal novamente não tratou da censura ao gibi “Vingadores – A cruzada das crianças”. Já no domingo, após 48 horas de silêncio, a emissora abordou o assunto no “Domingo Espetacular”, mas “de forma discreta, com uma ‘nota coberta’, com duração de apenas 60 segundos” – relata Mauricio Stycer, que apimenta:
“Crivella, como se sabe, é sobrinho de Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal e proprietário da TV Record. Os dois costumam comungar das mesmas convicções religiosas e ideias políticas. Por isso chamou tanta a atenção o pouco caso da Record com o assunto... A divergência entre Crivella e Macedo levantou algumas dúvidas... O prefeito agiu sem consultar o tio ou a Igreja Universal? O fundador da igreja não vê problemas no beijo entre dois homens? Crivella e Macedo discordam em matéria de censura de livros?”.
Censura fragiliza prefeito da IURD
Difícil saber quais motivos levaram até a TV Record a abandonar o prefeito censor. O certo é que a atitude preconceituosa gerou uma onda de revolta. A própria Bienal do Livro foi palco de protestos contra o gesto homofóbico. O meio jurídico também se levantou, inclusive com a decisão do STF, que rejeitou a censura. “Sob o signo do retrocesso – cuja inspiração resulta das trevas que dominam o poder do Estado –, um novo e sombrio tempo se anuncia: o tempo da intolerância, da repressão ao pensamento, da interdição ostensiva ao pluralismo de ideias e do repúdio ao princípio democrático”, protestou Celso de Mello, ministro do STF.
No exterior, a agressão homofóbica fragilizou ainda mais a imagem do prefeito da IURD. “A censura saiu pela culatra”, postou o site de entretenimento Screen Rant dos EUA. Já o jornal The New York Times relatou que “o ataque provocou muita reação contra o prefeito – de organizadores de festivais, editoras, comediantes e, finalmente, as cortes brasileiras... A ordem de Crivella também serviu para lembrar jornais e emissoras de TV locais de outras coisas que o prefeito poderia estar fazendo, como combater a pobreza. A taxa de desemprego local atingiu 15,3% no primeiro trimestre deste ano”.
O tiozão Edir Macedo deve realmente estar preocupado com a acelerada decadência do seu sobrinho! Se o objetivo do “prefake” era cativar o eleitorado conservador, o tiro realmente pode ter saído pela culatra.
O “bispo” Marcelo Crivella, que há muito tempo não honra o título de prefeito – pela gestão conservadora e desastrada que realiza no Rio de Janeiro –, achava que ia ganhar alguns pontinhos de popularidade com a sua decisão draconiana de censurar um gibi com um beijo gay. Mas, ao que tudo indica, ele vai é virar motivo de chacota na cidade, no Brasil e no mundo. Até a TV Record, do tiozão Edir Macedo – dono da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) –, parece que decidiu se distanciar da ação ditatorial e homofóbica do “prefake”.
Conforme registra o especialista em mídia Mauricio Stycer, em artigo postado no UOL neste domingo (8), “as iniciativas do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), costumam ser acompanhadas de perto e ter enorme ressonância nos programas jornalísticos da Record. Não foi o caso, porém, da cruzada contra o beijo entre dois personagens masculinos de uma HQ à venda na Bienal do Livro”. Seu levantamento é certeiro.
No dia em que o caso eclodiu, na sexta-feira, apenas um telejornal local, o “Balanço Geral”, informou a ação criminosa do prefeito. O principal programa jornalístico da emissora, o “Jornal da Record”, nos seus longos 50 minutos, sequer citou a ação espalhafatosa. No sábado, quando o assunto tinha repercutido até no exterior, o telejornal novamente não tratou da censura ao gibi “Vingadores – A cruzada das crianças”. Já no domingo, após 48 horas de silêncio, a emissora abordou o assunto no “Domingo Espetacular”, mas “de forma discreta, com uma ‘nota coberta’, com duração de apenas 60 segundos” – relata Mauricio Stycer, que apimenta:
“Crivella, como se sabe, é sobrinho de Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal e proprietário da TV Record. Os dois costumam comungar das mesmas convicções religiosas e ideias políticas. Por isso chamou tanta a atenção o pouco caso da Record com o assunto... A divergência entre Crivella e Macedo levantou algumas dúvidas... O prefeito agiu sem consultar o tio ou a Igreja Universal? O fundador da igreja não vê problemas no beijo entre dois homens? Crivella e Macedo discordam em matéria de censura de livros?”.
Censura fragiliza prefeito da IURD
Difícil saber quais motivos levaram até a TV Record a abandonar o prefeito censor. O certo é que a atitude preconceituosa gerou uma onda de revolta. A própria Bienal do Livro foi palco de protestos contra o gesto homofóbico. O meio jurídico também se levantou, inclusive com a decisão do STF, que rejeitou a censura. “Sob o signo do retrocesso – cuja inspiração resulta das trevas que dominam o poder do Estado –, um novo e sombrio tempo se anuncia: o tempo da intolerância, da repressão ao pensamento, da interdição ostensiva ao pluralismo de ideias e do repúdio ao princípio democrático”, protestou Celso de Mello, ministro do STF.
No exterior, a agressão homofóbica fragilizou ainda mais a imagem do prefeito da IURD. “A censura saiu pela culatra”, postou o site de entretenimento Screen Rant dos EUA. Já o jornal The New York Times relatou que “o ataque provocou muita reação contra o prefeito – de organizadores de festivais, editoras, comediantes e, finalmente, as cortes brasileiras... A ordem de Crivella também serviu para lembrar jornais e emissoras de TV locais de outras coisas que o prefeito poderia estar fazendo, como combater a pobreza. A taxa de desemprego local atingiu 15,3% no primeiro trimestre deste ano”.
O tiozão Edir Macedo deve realmente estar preocupado com a acelerada decadência do seu sobrinho! Se o objetivo do “prefake” era cativar o eleitorado conservador, o tiro realmente pode ter saído pela culatra.
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