Por Altamiro Borges
Ninguém mais duvida de que o uso massivo de mensagens digitais mentirosas, as famosas fake news, teve papel decisivo na vitória do fascista Jair Bolsonaro nas eleições de outubro passado. Sem tempo de tevê no horário eleitoral, sem estrutura partidária e fugindo dos debates, principalmente após a facada em Juiz de Fora, o político tosco e fisiológico, conhecido deputado do baixo clero, usou e abusou das redes sociais na sua sombria campanha.
Na prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral, a sigla do presidente, o PSL – já apelidado de Partido Só de Laranjas – informou que investiu cerca de R$ 160 mil na comunicação digital. Mas reportagem de Patrícia Campos Mello na Folha, no fim do ano passado, comprovou que várias “empresas contrataram disparos pró-Bolsonaro no WhatsApp”. Cada pacote permitia até 20 mil disparos por hora de mensagens falsas e custou R$ 12 milhões.
A grave denúncia poderia até anular as eleições, mas não deu em nada. O assunto rapidamente foi abafado pelo restante da mídia e pelos poderes constituídos – incluindo o TSE e o Supremo Tribunal Federal. Até hoje, nada tinha sido feito para apurar o escândalo. Mas esse mistério agora pode ter um fim! Pode!
Empresas suspeitas de disparos ilegais
Na semana passada, finalmente foi instalada a Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) das Fake News no Congresso Nacional. A relatora é a deputada federal Lídice de Mata (PSB-BA) e vários dos seus integrantes já apresentaram requerimentos para ouvir depoimentos sobre as fraudes digitais e o uso de grana ilegal na internet.
A deputada Luizianne Lins (PT-CE), por exemplo, solicitou a convocação de representantes legais de sete agências de marketing digital – Quickmobile, Croc Services, Kiplix, Deep Marketing, SMS Market, AM4 e Yacows. Elas são suspeitas de estarem direta ou indiretamente ligadas ao envio massivo de mensagens no WhatsApp na campanha de Jair Bolsonaro. Essas e outras solicitações causaram desespero nas milícias bolsonaristas.
Como afirma uma notinha na revista Época, “a CPMI das Fake News é hoje o principal temor do governo”. Não é para menos que a base governista já está tentando melar sua investigação. Na terça-feira (17), os parlamentares laranjas do PSL obstruíram a sessão da CPMI que iria aprovar o plano de trabalho. Primeiro, eles tentaram anular a sessão. Na sequência, eles impediram a votação da ata da reunião.
A balbúrdia dos bolsonaristas
Como ironizou o blog Socialista Morena, “os bolsonaristas “fizeram balbúrdia (para usar uma expressão que eles gostam) e usaram um ‘kit-obstrução’. Devido à obstrução parlamentar, houve falta de quórum para votar o plano de trabalho, e o presidente Angelo Coronel (PSD-BA) encerrou a reunião”.
O clima foi de total histeria. A vice-líder do PSL, deputada Bia Kicis (DF), afirmou que os objetivos da comissão “foram desvirtuados”. Já a deputada Caroline de Toni (PSL-SC) não escondeu seu temor de que a investigação “pegue” Jair Bolsonaro. “Temos sim a fundada suspeita de que essa CPI é um terceiro turno para pegar o nosso presidente Bolsonaro e que a oposição está imbuída desse intuito”, esbravejou.
Diante da balbúrdia bolsonarista, os deputados de oposição caíram na risada. “Já vi obstruir votação de projeto, medida provisória, processo de impeachment, mas impedir que uma CPI possa desenvolver seu trabalho, para mim, só tem uma justificativa: é medo, medo de quando a gente investigue isso aqui, comecemos a identificar os tentáculos, quem está por trás desse tipo de coisa”, ironizou o senador Humberto Costa (PT-PE).
Riscos de sabotagem da investigação
O medo realmente é grande. Como aponta o jornal O Globo, o “capetão” e seus pimpolhos estão apavorados. “Temeroso com o desenrolar da CPI das fake news, o governo se armou para blindar o presidente e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) no colegiado... Agora, o grupo conta com um novo integrante do PSL e da família, que já era representada pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ): Eduardo Bolsonaro (SP). Ele se tornou o oitavo parlamentar do PSL no colegiado. O partido de Bolsonaro é, agora, o maior no colegiado. PT e MDB estão em segundo lugar, com sete integrantes”.
Ainda segundo O Globo, os bolsonaristas farão de tudo para sabotar a CPMI. “Na última reunião, os integrantes do PSL, liderados por Flávio Bolsonaro, tentaram sem sucesso evitar a convocação de representantes de empresas de redes sociais, como WhatsApp, Telegram, Instagram e outros, para prestar depoimento no colegiado”.
Ninguém mais duvida de que o uso massivo de mensagens digitais mentirosas, as famosas fake news, teve papel decisivo na vitória do fascista Jair Bolsonaro nas eleições de outubro passado. Sem tempo de tevê no horário eleitoral, sem estrutura partidária e fugindo dos debates, principalmente após a facada em Juiz de Fora, o político tosco e fisiológico, conhecido deputado do baixo clero, usou e abusou das redes sociais na sua sombria campanha.
Na prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral, a sigla do presidente, o PSL – já apelidado de Partido Só de Laranjas – informou que investiu cerca de R$ 160 mil na comunicação digital. Mas reportagem de Patrícia Campos Mello na Folha, no fim do ano passado, comprovou que várias “empresas contrataram disparos pró-Bolsonaro no WhatsApp”. Cada pacote permitia até 20 mil disparos por hora de mensagens falsas e custou R$ 12 milhões.
A grave denúncia poderia até anular as eleições, mas não deu em nada. O assunto rapidamente foi abafado pelo restante da mídia e pelos poderes constituídos – incluindo o TSE e o Supremo Tribunal Federal. Até hoje, nada tinha sido feito para apurar o escândalo. Mas esse mistério agora pode ter um fim! Pode!
Empresas suspeitas de disparos ilegais
Na semana passada, finalmente foi instalada a Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) das Fake News no Congresso Nacional. A relatora é a deputada federal Lídice de Mata (PSB-BA) e vários dos seus integrantes já apresentaram requerimentos para ouvir depoimentos sobre as fraudes digitais e o uso de grana ilegal na internet.
A deputada Luizianne Lins (PT-CE), por exemplo, solicitou a convocação de representantes legais de sete agências de marketing digital – Quickmobile, Croc Services, Kiplix, Deep Marketing, SMS Market, AM4 e Yacows. Elas são suspeitas de estarem direta ou indiretamente ligadas ao envio massivo de mensagens no WhatsApp na campanha de Jair Bolsonaro. Essas e outras solicitações causaram desespero nas milícias bolsonaristas.
Como afirma uma notinha na revista Época, “a CPMI das Fake News é hoje o principal temor do governo”. Não é para menos que a base governista já está tentando melar sua investigação. Na terça-feira (17), os parlamentares laranjas do PSL obstruíram a sessão da CPMI que iria aprovar o plano de trabalho. Primeiro, eles tentaram anular a sessão. Na sequência, eles impediram a votação da ata da reunião.
A balbúrdia dos bolsonaristas
Como ironizou o blog Socialista Morena, “os bolsonaristas “fizeram balbúrdia (para usar uma expressão que eles gostam) e usaram um ‘kit-obstrução’. Devido à obstrução parlamentar, houve falta de quórum para votar o plano de trabalho, e o presidente Angelo Coronel (PSD-BA) encerrou a reunião”.
O clima foi de total histeria. A vice-líder do PSL, deputada Bia Kicis (DF), afirmou que os objetivos da comissão “foram desvirtuados”. Já a deputada Caroline de Toni (PSL-SC) não escondeu seu temor de que a investigação “pegue” Jair Bolsonaro. “Temos sim a fundada suspeita de que essa CPI é um terceiro turno para pegar o nosso presidente Bolsonaro e que a oposição está imbuída desse intuito”, esbravejou.
Diante da balbúrdia bolsonarista, os deputados de oposição caíram na risada. “Já vi obstruir votação de projeto, medida provisória, processo de impeachment, mas impedir que uma CPI possa desenvolver seu trabalho, para mim, só tem uma justificativa: é medo, medo de quando a gente investigue isso aqui, comecemos a identificar os tentáculos, quem está por trás desse tipo de coisa”, ironizou o senador Humberto Costa (PT-PE).
Riscos de sabotagem da investigação
O medo realmente é grande. Como aponta o jornal O Globo, o “capetão” e seus pimpolhos estão apavorados. “Temeroso com o desenrolar da CPI das fake news, o governo se armou para blindar o presidente e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) no colegiado... Agora, o grupo conta com um novo integrante do PSL e da família, que já era representada pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ): Eduardo Bolsonaro (SP). Ele se tornou o oitavo parlamentar do PSL no colegiado. O partido de Bolsonaro é, agora, o maior no colegiado. PT e MDB estão em segundo lugar, com sete integrantes”.
Ainda segundo O Globo, os bolsonaristas farão de tudo para sabotar a CPMI. “Na última reunião, os integrantes do PSL, liderados por Flávio Bolsonaro, tentaram sem sucesso evitar a convocação de representantes de empresas de redes sociais, como WhatsApp, Telegram, Instagram e outros, para prestar depoimento no colegiado”.
O jogo na CPMI será pesado e com muita adrenalina. E, como afirmou a deputada Lídice da Mata em entrevista à revista CartaCapital, há riscos de que a comissão seja sabotada e enterrada. “Nós temos que fazer um acordo para não inviabilizar a CPI”. A conferir os próximos lances dessa emocionante novela!
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