Por Fernando Brito, em seu blog:
A live presidencial de ontem, na qual Jair Bolsonaro “explica” sua saída do PSL e a criação do tal “Aliança pelo Brasil” é algo que, olhado com um mínimo de seriedade, desvela toda a miséria da política brasileira.
Nenhuma palavra sobre programa de governo, sobre ideias, sobre opiniões.
É só uma questão de “amor”. A ele, é claro:
“Vou começar um partido pobre, sem dinheiro, sem televisão. Quem for para lá vai por amor. É igual casamento, a gente casa por amor”, disse aos repórteres na volta ao Palácio da Alvorada.
Amor a quê? A pergunta correta talvez seja “Amor a quem?”
Até em Hitler, além do culto ao Füher encontravam-se mais ideias: o lebensraum, o espaço vital da Alemanha, a escalada industrial do país, a afirmação alemã como potencia mundial. Aqui, mal e porcamente, sobram os esquerdistas, convertidos em neojudeus, como inimigos da Pátria que, é claro, é posta na banca da xepa.
Bolsonaro, o “mito”, não é um líder. Não agrega, não soma, não compõe.
Leva menos da metade dos seus.
Apenas porque quer exercer o poder descaradamente famili(ci)ar, está evidente.
Bolsonaro, já disse aqui, é um elemento desagregador, por isso com menos condições de empalmar um poder sobre o país que, na sua eleição, pareceu bem próximo, tão grande foi a onda conservadora na qual o ex-capitão poderia surfar.
Afinal, com um Congresso onde 80% é composto de pessoas de direita, como não pensar que pudesse?
Na “live”, segundo a Folha, reduziu a saída do partido e a criação de um novo agrupamento como uma relação conjugal:
“Boa sorte ai ao presidente do partido, boa sorte aos que apoiaram o presidente do partido bem como o antigo líder [deputado Delegado Waldir (PSL-GO), que chamou Bolsonaro de vagabundo]. Vão (sic) ser feliz todo mundo, cada um segue o seu destino. Como separação, infelizmente acontece”, afirmou .
Como assim “vai ser feliz aí, cada um segue seu destino”?
Então o presidente eleito opta por um arranjo partidário familiar, manda seus advogados ao TSE para formar um partido de Whatsapp.
E que use, se não poder usar usar a “inovação” da filiação por um aplicativo privado, que depende de dobrar o TSE a aceitá-lo, já anuncia que usará as igrejas neopentecostais para alcançar as 500 mil assinaturas necessárias para a aventura.
Estamos diante de um abuso inominável: um presidente da República usando o cargo para formar um partido.
Mais ainda, cujo “programa” é o amor incondicional a ele, Jair Bolsonaro, acima de tudo.
O rei, a quem o que resta do sistema republicano só atrapalha.
130 anos depois, a República instituída com base no Exército tem o mesmo exército a sustentar a instituição de uma monarquia trágica, na qual Jair I, o estúpido, pretende instaurar a dinastia Bolsonaro.
A live presidencial de ontem, na qual Jair Bolsonaro “explica” sua saída do PSL e a criação do tal “Aliança pelo Brasil” é algo que, olhado com um mínimo de seriedade, desvela toda a miséria da política brasileira.
Nenhuma palavra sobre programa de governo, sobre ideias, sobre opiniões.
É só uma questão de “amor”. A ele, é claro:
“Vou começar um partido pobre, sem dinheiro, sem televisão. Quem for para lá vai por amor. É igual casamento, a gente casa por amor”, disse aos repórteres na volta ao Palácio da Alvorada.
Amor a quê? A pergunta correta talvez seja “Amor a quem?”
Até em Hitler, além do culto ao Füher encontravam-se mais ideias: o lebensraum, o espaço vital da Alemanha, a escalada industrial do país, a afirmação alemã como potencia mundial. Aqui, mal e porcamente, sobram os esquerdistas, convertidos em neojudeus, como inimigos da Pátria que, é claro, é posta na banca da xepa.
Bolsonaro, o “mito”, não é um líder. Não agrega, não soma, não compõe.
Leva menos da metade dos seus.
Apenas porque quer exercer o poder descaradamente famili(ci)ar, está evidente.
Bolsonaro, já disse aqui, é um elemento desagregador, por isso com menos condições de empalmar um poder sobre o país que, na sua eleição, pareceu bem próximo, tão grande foi a onda conservadora na qual o ex-capitão poderia surfar.
Afinal, com um Congresso onde 80% é composto de pessoas de direita, como não pensar que pudesse?
Na “live”, segundo a Folha, reduziu a saída do partido e a criação de um novo agrupamento como uma relação conjugal:
“Boa sorte ai ao presidente do partido, boa sorte aos que apoiaram o presidente do partido bem como o antigo líder [deputado Delegado Waldir (PSL-GO), que chamou Bolsonaro de vagabundo]. Vão (sic) ser feliz todo mundo, cada um segue o seu destino. Como separação, infelizmente acontece”, afirmou .
Como assim “vai ser feliz aí, cada um segue seu destino”?
Então o presidente eleito opta por um arranjo partidário familiar, manda seus advogados ao TSE para formar um partido de Whatsapp.
E que use, se não poder usar usar a “inovação” da filiação por um aplicativo privado, que depende de dobrar o TSE a aceitá-lo, já anuncia que usará as igrejas neopentecostais para alcançar as 500 mil assinaturas necessárias para a aventura.
Estamos diante de um abuso inominável: um presidente da República usando o cargo para formar um partido.
Mais ainda, cujo “programa” é o amor incondicional a ele, Jair Bolsonaro, acima de tudo.
O rei, a quem o que resta do sistema republicano só atrapalha.
130 anos depois, a República instituída com base no Exército tem o mesmo exército a sustentar a instituição de uma monarquia trágica, na qual Jair I, o estúpido, pretende instaurar a dinastia Bolsonaro.
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