Por Altamiro Borges
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quinta-feira passada (31) que 11,8 milhões de pessoas trabalharam sem carteira assinada no setor privado no terceiro trimestre deste ano – crescimento de 2,9% (338 mil pessoas) com relação ao trimestre encerrado em junho. Já o trabalho por conta própria, atividade em que a maioria é informal, atingiu 24,4 milhões de pessoas no período – alta de 1,2% (293 mil pessoas). Ambas as vergonhosas marcas batem novos recordes na série histórica do IBGE.
A informalidade considera o empregado do setor privado e o trabalhador doméstico sem carteira assinada, o empregador sem CNPJ e o familiar-auxiliar. O total de trabalhadores domésticos sem carteira fechou em 4,5 milhões no período, enquanto os trabalhadores familiares auxiliares e empregadores sem CNPJ ficaram em 2,1 milhões e 800 mil, respectivamente. No trimestre encerrado em setembro, 38,8 milhões de trabalhadores eram informais – ou 41,4% do total de ocupados no país.
Devido ao aumento da informalidade, a população ocupada registrou um recorde na série histórica iniciada em 2012: 93,8 milhões de pessoas. Desse total, 33,1 milhões têm carteira assinada, número que ficou estável no período. O avanço do trabalho informal fez com que a taxa de desocupação caísse de 12% para 11,8% na passagem dos trimestres. Segundo analistas do IBGE, essa queda – falsamente festejada pelo abutre Paulo Guedes, ministro da Economia – é comum no período devido à sazonalidade típica do mercado de trabalho.
Aumento da desigualdade de renda
Duas semanas antes, o IBGE já havia divulgado outro estudo alarmante, que evidencia que o Brasil vai de mal a pior. Segundo a pesquisa, o rendimento médio mensal obtido com trabalho pelo 1% mais rico da população brasileira atingiu, em 2018, o equivalente a 33,8 vezes o ganho obtido pelos 50% mais pobres. No topo, o rendimento médio foi de R$ 27.744; na metade mais pobre, foi de R$ 820. A diferença entre os rendimentos obtidos pelo 1% mais rico e os 50% mais pobres no ano passado bateu recorde na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNADC), iniciada em 2012.
Conforme registrou a Folha, “coincidindo com o aumento na desigualdade, houve ainda uma diminuição no total de domicílios atendidos pelo Bolsa Família, de 15,9% no total do país em 2012 para 13,7% em 2018. Vista de outro ângulo, a extrema concentração de renda no Brasil revela que os 10% da população com os maiores ganhos detinham, no ano passado, 43,1% da massa de rendimentos (R$ 119,6 bilhões). Na outra ponta, os 10% mais pobres ficavam com apenas 0,8% da massa (R$ 2,2 bilhões)”.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quinta-feira passada (31) que 11,8 milhões de pessoas trabalharam sem carteira assinada no setor privado no terceiro trimestre deste ano – crescimento de 2,9% (338 mil pessoas) com relação ao trimestre encerrado em junho. Já o trabalho por conta própria, atividade em que a maioria é informal, atingiu 24,4 milhões de pessoas no período – alta de 1,2% (293 mil pessoas). Ambas as vergonhosas marcas batem novos recordes na série histórica do IBGE.
A informalidade considera o empregado do setor privado e o trabalhador doméstico sem carteira assinada, o empregador sem CNPJ e o familiar-auxiliar. O total de trabalhadores domésticos sem carteira fechou em 4,5 milhões no período, enquanto os trabalhadores familiares auxiliares e empregadores sem CNPJ ficaram em 2,1 milhões e 800 mil, respectivamente. No trimestre encerrado em setembro, 38,8 milhões de trabalhadores eram informais – ou 41,4% do total de ocupados no país.
Devido ao aumento da informalidade, a população ocupada registrou um recorde na série histórica iniciada em 2012: 93,8 milhões de pessoas. Desse total, 33,1 milhões têm carteira assinada, número que ficou estável no período. O avanço do trabalho informal fez com que a taxa de desocupação caísse de 12% para 11,8% na passagem dos trimestres. Segundo analistas do IBGE, essa queda – falsamente festejada pelo abutre Paulo Guedes, ministro da Economia – é comum no período devido à sazonalidade típica do mercado de trabalho.
Aumento da desigualdade de renda
Duas semanas antes, o IBGE já havia divulgado outro estudo alarmante, que evidencia que o Brasil vai de mal a pior. Segundo a pesquisa, o rendimento médio mensal obtido com trabalho pelo 1% mais rico da população brasileira atingiu, em 2018, o equivalente a 33,8 vezes o ganho obtido pelos 50% mais pobres. No topo, o rendimento médio foi de R$ 27.744; na metade mais pobre, foi de R$ 820. A diferença entre os rendimentos obtidos pelo 1% mais rico e os 50% mais pobres no ano passado bateu recorde na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNADC), iniciada em 2012.
Conforme registrou a Folha, “coincidindo com o aumento na desigualdade, houve ainda uma diminuição no total de domicílios atendidos pelo Bolsa Família, de 15,9% no total do país em 2012 para 13,7% em 2018. Vista de outro ângulo, a extrema concentração de renda no Brasil revela que os 10% da população com os maiores ganhos detinham, no ano passado, 43,1% da massa de rendimentos (R$ 119,6 bilhões). Na outra ponta, os 10% mais pobres ficavam com apenas 0,8% da massa (R$ 2,2 bilhões)”.
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