Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:
A violência contra professores e estudantes cresceu nas escolas públicas paulistas nos últimos anos, segundo pesquisa divulgada hoje (18) pelo Instituto Locomotiva e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). De acordo com os dados, cinco em cada 10 professores da rede (54%) já sofreram algum tipo de violência nas dependências das escolas em que lecionam. Esse número era de 51% em 2017 e de 44% em 2014. Entre os estudantes, 37% declararam ter sofrido algum tipo de violência, como bullying e discriminação. A pesquisa ouviu mil estudantes e 701 professores em todo o estado, entre setembro e outubro.
A presidenta da Apeoesp, deputada estadual Professora Bebel (PT), avalia que os achados são extremamente preocupantes. “Os números demonstram que o estado não tem uma política para prevenir e reduzir o índice de violência nas escolas paulistas. Sei que não há condições de zerar essas ocorrências, mas é necessário que a Secretaria da Educação tome medidas para que esse assunto seja debatido nas unidades escolares, para que a comunidade seja chamada a participar da vida escolar e que o diálogo se estabeleça, pois educação é processo civilizatório, é trabalho coletivo, é persuasão. A violência não será resolvida simplesmente com medidas repressivas”, analisou.
Indagados sobre casos de violências nas escolas que frequentam, professores e estudantes revelam uma situação ainda mais assustadora: 90% dos docentes responderam que sim (eram 85% em 2017 e 84% em 2014). Já 81% dos estudantes relataram saber de episódios de violência em suas escolas no último ano (eram 80% e 77%, respectivamente). Os casos de violência mais citados são diferentes entre os professores e os alunos: para quem ensina, a maioria dos casos diz respeito à agressão verbal, enquanto os estudantes citam o bullying como principal vetor da violência.
Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, o estudo demonstra que as escolas se tornaram permeáveis a atos violentos. “Nossa pesquisa revela que há muitos tipos de violência acontecendo nas escolas públicas. Por outro lado, mostra também que a comunidade escolar e a população estão cada vez mais conscientes, exigindo uma solução urgente para esse problema”, analisa. Na comparação com o ano passado, os tipos de violência que mais cresceram foram bullying (62% dos estudantes e 70% dos professores relataram casos em suas escolas) e discriminação (35% dos alunos e 54% dos docentes souberam de casos em suas escolas).
“A violência, em todas as suas manifestações, frustra a vocação do espaço escolar. É especialmente preocupante verificar a quantidade de professores e estudantes que relatam episódios de discriminação, indicando que talvez ainda não estejamos sabendo lidar adequadamente com esse tema dentro das escolas”, completa Meirelles. A deputada Bebel concorda. “Isso passa, necessariamente, pela valorização dos profissionais da educação, sobretudo os professores, e por medidas efetivas para equipar melhor as unidades escolares, construir de forma coletiva uma proposta curricular que responda aos anseios dos estudantes e para tornar cada escola um local agradável no qual estudantes, professores e funcionários queiram estar.”
A presidenta da Apeoesp, deputada estadual Professora Bebel (PT), avalia que os achados são extremamente preocupantes. “Os números demonstram que o estado não tem uma política para prevenir e reduzir o índice de violência nas escolas paulistas. Sei que não há condições de zerar essas ocorrências, mas é necessário que a Secretaria da Educação tome medidas para que esse assunto seja debatido nas unidades escolares, para que a comunidade seja chamada a participar da vida escolar e que o diálogo se estabeleça, pois educação é processo civilizatório, é trabalho coletivo, é persuasão. A violência não será resolvida simplesmente com medidas repressivas”, analisou.
Indagados sobre casos de violências nas escolas que frequentam, professores e estudantes revelam uma situação ainda mais assustadora: 90% dos docentes responderam que sim (eram 85% em 2017 e 84% em 2014). Já 81% dos estudantes relataram saber de episódios de violência em suas escolas no último ano (eram 80% e 77%, respectivamente). Os casos de violência mais citados são diferentes entre os professores e os alunos: para quem ensina, a maioria dos casos diz respeito à agressão verbal, enquanto os estudantes citam o bullying como principal vetor da violência.
Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, o estudo demonstra que as escolas se tornaram permeáveis a atos violentos. “Nossa pesquisa revela que há muitos tipos de violência acontecendo nas escolas públicas. Por outro lado, mostra também que a comunidade escolar e a população estão cada vez mais conscientes, exigindo uma solução urgente para esse problema”, analisa. Na comparação com o ano passado, os tipos de violência que mais cresceram foram bullying (62% dos estudantes e 70% dos professores relataram casos em suas escolas) e discriminação (35% dos alunos e 54% dos docentes souberam de casos em suas escolas).
“A violência, em todas as suas manifestações, frustra a vocação do espaço escolar. É especialmente preocupante verificar a quantidade de professores e estudantes que relatam episódios de discriminação, indicando que talvez ainda não estejamos sabendo lidar adequadamente com esse tema dentro das escolas”, completa Meirelles. A deputada Bebel concorda. “Isso passa, necessariamente, pela valorização dos profissionais da educação, sobretudo os professores, e por medidas efetivas para equipar melhor as unidades escolares, construir de forma coletiva uma proposta curricular que responda aos anseios dos estudantes e para tornar cada escola um local agradável no qual estudantes, professores e funcionários queiram estar.”
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