Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
Eu queria aqui destacar o importante trabalho que desenvolveu o Brasil de Fato ao publicar uma edição especial do jornal em fevereiro deste ano, em que desmascara o que está por trás das privatizações e mostra como Bolsonaro pretende vender o Brasil, assim como o quanto essas ações serão prejudiciais ao Estado brasileiro.
Isso tudo sem falar que as privatizações não são apoiadas pela maioria da população mas que mesmo assim o governo segue firme querendo privatizar empresas importantes, como a Petrobrás - que já está sendo desmontada - os Correios, o setor elétrico e todos os demais setores.
Historicamente, apesar de alguns problemas conjunturais, o conjunto das empresas estatais brasileiras têm dado um lucro significativo para o governo brasileiro. Em 2018 o lucro que o conjunto das empresas públicas deram ao governo brasileiro superou a casa dos 76 bilhões de reais. Em 2015, que foi um ano de crise, foi o único ano da década em que nós tivemos um prejuízo, mas que foi rapidamente recuperado.
Mitos
Esta mesma edição especial do Brasil de Fato também mostra e desconstrói estes mitos que foram criados em torno das empresas públicas. Como por exemplo os que alegam que a privatização é necessária porque o Brasil está endividado; que as estatais são insuficientes e prestam serviços de péssima qualidade; que com a privatização os preços diminuiriam; e afirmando que as estatais dão prejuízo ao governo brasileiro. Nada disso é verdade.
Então eu quero aqui aproveitar e indicar a todos e todas que procurem ler essa publicação fundamental e especial do Brasil de Fato, que trata a respeito das privatizações em curso no nosso Brasil.
Governo privatista
Para além disso, eu quero também destacar elementos a respeito da declaração polêmica feita pelo ministro Paulo Guedes, o qual já pediu desculpas, quando comparou o conjunto dos servidores públicos a parasitas. Foi uma declaração não apenas infeliz, mas uma declaração sincera da parte dele e que mostra qual é a sua verdadeira concepção de Estado e do papel do setor público.
Quando ele chama todos os servidores, de forma genérica, de parasitas, ele está chamando não apenas aqueles servidores que ganham altos salários, mas chamando de pessoas inúteis os professores, os profissionais da área da saúde, os técnicos de infraestrutura e tantos outros cargos importantes para o bom andamento do nosso país.
Para ele, o Estado não deve ser um provedor de políticas públicas ou de desenvolvimento e de infraestrutura, mas sim deve ser um agente regulador da ação geral, ampla e irrestrita do setor público. Ou seja, estamos diante de um governo privatista, ultra-neoliberal e neocolonial.
E neste aspecto eu quero dizer que enquanto Bolsonaro e sua equipe de ministros e ministras continuam falando besteiras, eles seguem de uma forma muito acelerada e consistente a sua agenda econômica, que já aprovou a reforma trabalhista, a reforma previdenciária e estão em vias de encaminhar a reforma administrativa, que no fundo nada mais é do que o enfraquecimento e a diminuição do papel do estado brasileiro e do setor público. Ou seja, quer retirar a obrigatoriedade do setor público de garantir assistência à saúde, educação e tantos outros direitos.
Nesta reforma do estado entra também uma proposta, que na minha opinião é extremamente grave, que é a independência do Banco Central, ou seja, colocando de vez as finanças públicas do estado brasileiro na mão dos banqueiros, dos ricos e dos poderosos. Além dessas reformas, o governo diminui o amparo social ao conjunto da população brasileira, com a diminuição dos programas sociais e segue firme com as suas propostas de privatizações.
Miliciano
Para encerrar gostaria de tecer alguns poucos comentários em relação à morte do senhor Adriano da Nóbrega, morto recentemente em um município no interior da Bahia.
Adriano da Nóbrega era um homem procurado pela polícia por ter envolvimento com organizações criminosas, assim como na contravenção na cidade e no estado do Rio de Janeiro. Mas não apenas por isso acho pertinente falarmos dele. Adriano era também um grande amigo da família Bolsonaro.
Adriano, que foi expulso da polícia do Rio de Janeiro, mantinha um estreito vínculo com a família de Jair Bolsonaro, chegando a ser condecorado e homenageado pelo então deputado estadual e hoje senador da República, Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Mas mais do que isso, Adriano mantinha sua ex-esposa e sua mãe na folha de pagamento do senador Flávio Bolsonaro. Não à toa, ele próprio relatou ao seu advogado, antes de morrer, sobre a sua preocupação de estar sendo procurado não para ser preso, mas para ser morto, como queima de arquivo.
Este caso é extremamente grave e deve ser apurado com toda a transparência pela polícia porque estamos diante de um caso que envolve a família Bolsonaro.
Isso tudo sem falar que as privatizações não são apoiadas pela maioria da população mas que mesmo assim o governo segue firme querendo privatizar empresas importantes, como a Petrobrás - que já está sendo desmontada - os Correios, o setor elétrico e todos os demais setores.
Historicamente, apesar de alguns problemas conjunturais, o conjunto das empresas estatais brasileiras têm dado um lucro significativo para o governo brasileiro. Em 2018 o lucro que o conjunto das empresas públicas deram ao governo brasileiro superou a casa dos 76 bilhões de reais. Em 2015, que foi um ano de crise, foi o único ano da década em que nós tivemos um prejuízo, mas que foi rapidamente recuperado.
Mitos
Esta mesma edição especial do Brasil de Fato também mostra e desconstrói estes mitos que foram criados em torno das empresas públicas. Como por exemplo os que alegam que a privatização é necessária porque o Brasil está endividado; que as estatais são insuficientes e prestam serviços de péssima qualidade; que com a privatização os preços diminuiriam; e afirmando que as estatais dão prejuízo ao governo brasileiro. Nada disso é verdade.
Então eu quero aqui aproveitar e indicar a todos e todas que procurem ler essa publicação fundamental e especial do Brasil de Fato, que trata a respeito das privatizações em curso no nosso Brasil.
Governo privatista
Para além disso, eu quero também destacar elementos a respeito da declaração polêmica feita pelo ministro Paulo Guedes, o qual já pediu desculpas, quando comparou o conjunto dos servidores públicos a parasitas. Foi uma declaração não apenas infeliz, mas uma declaração sincera da parte dele e que mostra qual é a sua verdadeira concepção de Estado e do papel do setor público.
Quando ele chama todos os servidores, de forma genérica, de parasitas, ele está chamando não apenas aqueles servidores que ganham altos salários, mas chamando de pessoas inúteis os professores, os profissionais da área da saúde, os técnicos de infraestrutura e tantos outros cargos importantes para o bom andamento do nosso país.
Para ele, o Estado não deve ser um provedor de políticas públicas ou de desenvolvimento e de infraestrutura, mas sim deve ser um agente regulador da ação geral, ampla e irrestrita do setor público. Ou seja, estamos diante de um governo privatista, ultra-neoliberal e neocolonial.
E neste aspecto eu quero dizer que enquanto Bolsonaro e sua equipe de ministros e ministras continuam falando besteiras, eles seguem de uma forma muito acelerada e consistente a sua agenda econômica, que já aprovou a reforma trabalhista, a reforma previdenciária e estão em vias de encaminhar a reforma administrativa, que no fundo nada mais é do que o enfraquecimento e a diminuição do papel do estado brasileiro e do setor público. Ou seja, quer retirar a obrigatoriedade do setor público de garantir assistência à saúde, educação e tantos outros direitos.
Nesta reforma do estado entra também uma proposta, que na minha opinião é extremamente grave, que é a independência do Banco Central, ou seja, colocando de vez as finanças públicas do estado brasileiro na mão dos banqueiros, dos ricos e dos poderosos. Além dessas reformas, o governo diminui o amparo social ao conjunto da população brasileira, com a diminuição dos programas sociais e segue firme com as suas propostas de privatizações.
Miliciano
Para encerrar gostaria de tecer alguns poucos comentários em relação à morte do senhor Adriano da Nóbrega, morto recentemente em um município no interior da Bahia.
Adriano da Nóbrega era um homem procurado pela polícia por ter envolvimento com organizações criminosas, assim como na contravenção na cidade e no estado do Rio de Janeiro. Mas não apenas por isso acho pertinente falarmos dele. Adriano era também um grande amigo da família Bolsonaro.
Adriano, que foi expulso da polícia do Rio de Janeiro, mantinha um estreito vínculo com a família de Jair Bolsonaro, chegando a ser condecorado e homenageado pelo então deputado estadual e hoje senador da República, Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Mas mais do que isso, Adriano mantinha sua ex-esposa e sua mãe na folha de pagamento do senador Flávio Bolsonaro. Não à toa, ele próprio relatou ao seu advogado, antes de morrer, sobre a sua preocupação de estar sendo procurado não para ser preso, mas para ser morto, como queima de arquivo.
Este caso é extremamente grave e deve ser apurado com toda a transparência pela polícia porque estamos diante de um caso que envolve a família Bolsonaro.
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