Editorial do site Vermelho:
Passados dois meses do registro do primeiro caso oficial de coronavírus no Brasil, o saldo é uma tragédia em todos os sentidos. A começar pelos números de mortos que, oficialmente, chegaram a 474 nas últimas 24 horas, conforme o Ministério da Saúde, a maior taxa de letalidade desde o início da pandemia no país. O avanço célere da doença contrasta com a inação do governo Bolsonaro nos aspectos econômicos e sociais.
Nesse período de pouco mais de dois meses da Covid-19, ficou nítido que Bolsonaro não tem a menor responsabilidade no trato com o país e com a vida dos brasileiros. Ele oficializou sua conduta criminosa, conforme nota de entidades da saúde coletiva e da bioética, no pronunciamento da noite de 24 de março, em cadeia nacional de rádio e TV.
A nota das entidades classificou a posição do presidente de “intolerável e irresponsável”, um “o discurso de morte”, além de “incoerente e criminosa”. Bolsonaro negou o conjunto de evidências científicas que já pautava o combate à pandemia da Covid-19 em todo o mundo, segundo a nota “desvalorizando o trabalho sério e dedicado de toda uma rede nacional e mundial de cientistas e desenvolvedores de tecnologias em saúde”.
Ao enveredar por esse caminho, Bolsonaro afrontou também a Organização Mundial da Saúde (OMS) e até seu ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ao se postar como mensageiro da morte, conclamando o povo a segui-lo rumo ao desastre, confrontou praticamente toda a comunidade científica mundial, que tem se esmerado para mostrar que o isolamento social é a única medida eficiente para evitar a disseminação da pandemia em dimensões imprevisíveis.
A atitude negacionista de Bolsonaro, que se perfila ao lado de poucos líderes mundiais adeptos da negação do óbvio, é, além de criminosa, um recurso para justificar a sua irresponsabilidade também no trato da economia nacional. Incapaz de liderar um movimento alavancado pelo Estado para impedir o naufrágio das empresas – sobretudo as micro, pequenas e médias –, ele condena milhões de trabalhadores ao desemprego e a suas consequências.
Sem salário, o povo é impelido a se arriscar no mundo da pandemia para, como disse o presidente, “buscar o pão de cada dia”. Para cumprir bem o papel de mensageiro da morte, ele encena, rotineiramente, a função de regente da desorientação, insistindo nas variações do que chamou de “gripezinha”. O povo, entregue à sorte da sobrevivência, se aventura sob o olhar complacente do governo.
Quem se opõe à essa irresponsabilidade, sofre ataques inescrupulosos de Bolsonaro. Entre os alvos principais estão os governadores e prefeitos que, premidos pelo senso de responsabilidade diante do avanço trágico da pandemia, desconsideram os devaneios bolsonaristas e adotam medidas para amenizar o sofrimento do povo. Em troca, recebem insultos e ameaças do presidente, o que configura uma crise institucional e fraturas no pacto federativo.
O mesmo acontece com a Câmara dos Deputados, em especial o seu presidente, Rodrigo Maia (DEM). Também o Superior Tribunal Federal (STF) recebe ataques do bolsonarismo por não compactuar com os arroubos do presidente e sua trupe. Sem falar nos partidos políticos e organizações sociais e representativas, constantemente ameaçados.
Os reflexos são vistos, tragicamente, em situações como a tentativa do governo de tirar mais direitos dos trabalhadores com o contrato de trabalho Verde e Amarelo e os também criminosos empecilhos para que as pessoas recebam o auxílio emergencial aprovado pela Câmara dos Deputados.
Bolsonaro vai além, ao provocar crises políticas em meio à tragédia da Covid-19, como nas demissões dos ex-ministros da Saúde e da Justiça, Luiz Henrique Mandetta e Sérgio Moro – este apontando graves crimes do presidente, que devem ser severamente apurados. Tudo isso para pôr sob seu ditame as esferas governamentais que devem ser regidas pelos princípios institucionais, não pela vontade do chefe do governo.
São fatos que se encadeiam e apontam para a urgência da frente de salvação nacional, que terá, no ato unificado do Dia Internacional dos Trabalhadores – 1º de maio –, mais um brado em defesa da democracia, da vida, do emprego, do salário e da economia nacional.
Passados dois meses do registro do primeiro caso oficial de coronavírus no Brasil, o saldo é uma tragédia em todos os sentidos. A começar pelos números de mortos que, oficialmente, chegaram a 474 nas últimas 24 horas, conforme o Ministério da Saúde, a maior taxa de letalidade desde o início da pandemia no país. O avanço célere da doença contrasta com a inação do governo Bolsonaro nos aspectos econômicos e sociais.
Nesse período de pouco mais de dois meses da Covid-19, ficou nítido que Bolsonaro não tem a menor responsabilidade no trato com o país e com a vida dos brasileiros. Ele oficializou sua conduta criminosa, conforme nota de entidades da saúde coletiva e da bioética, no pronunciamento da noite de 24 de março, em cadeia nacional de rádio e TV.
A nota das entidades classificou a posição do presidente de “intolerável e irresponsável”, um “o discurso de morte”, além de “incoerente e criminosa”. Bolsonaro negou o conjunto de evidências científicas que já pautava o combate à pandemia da Covid-19 em todo o mundo, segundo a nota “desvalorizando o trabalho sério e dedicado de toda uma rede nacional e mundial de cientistas e desenvolvedores de tecnologias em saúde”.
Ao enveredar por esse caminho, Bolsonaro afrontou também a Organização Mundial da Saúde (OMS) e até seu ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ao se postar como mensageiro da morte, conclamando o povo a segui-lo rumo ao desastre, confrontou praticamente toda a comunidade científica mundial, que tem se esmerado para mostrar que o isolamento social é a única medida eficiente para evitar a disseminação da pandemia em dimensões imprevisíveis.
A atitude negacionista de Bolsonaro, que se perfila ao lado de poucos líderes mundiais adeptos da negação do óbvio, é, além de criminosa, um recurso para justificar a sua irresponsabilidade também no trato da economia nacional. Incapaz de liderar um movimento alavancado pelo Estado para impedir o naufrágio das empresas – sobretudo as micro, pequenas e médias –, ele condena milhões de trabalhadores ao desemprego e a suas consequências.
Sem salário, o povo é impelido a se arriscar no mundo da pandemia para, como disse o presidente, “buscar o pão de cada dia”. Para cumprir bem o papel de mensageiro da morte, ele encena, rotineiramente, a função de regente da desorientação, insistindo nas variações do que chamou de “gripezinha”. O povo, entregue à sorte da sobrevivência, se aventura sob o olhar complacente do governo.
Quem se opõe à essa irresponsabilidade, sofre ataques inescrupulosos de Bolsonaro. Entre os alvos principais estão os governadores e prefeitos que, premidos pelo senso de responsabilidade diante do avanço trágico da pandemia, desconsideram os devaneios bolsonaristas e adotam medidas para amenizar o sofrimento do povo. Em troca, recebem insultos e ameaças do presidente, o que configura uma crise institucional e fraturas no pacto federativo.
O mesmo acontece com a Câmara dos Deputados, em especial o seu presidente, Rodrigo Maia (DEM). Também o Superior Tribunal Federal (STF) recebe ataques do bolsonarismo por não compactuar com os arroubos do presidente e sua trupe. Sem falar nos partidos políticos e organizações sociais e representativas, constantemente ameaçados.
Os reflexos são vistos, tragicamente, em situações como a tentativa do governo de tirar mais direitos dos trabalhadores com o contrato de trabalho Verde e Amarelo e os também criminosos empecilhos para que as pessoas recebam o auxílio emergencial aprovado pela Câmara dos Deputados.
Bolsonaro vai além, ao provocar crises políticas em meio à tragédia da Covid-19, como nas demissões dos ex-ministros da Saúde e da Justiça, Luiz Henrique Mandetta e Sérgio Moro – este apontando graves crimes do presidente, que devem ser severamente apurados. Tudo isso para pôr sob seu ditame as esferas governamentais que devem ser regidas pelos princípios institucionais, não pela vontade do chefe do governo.
São fatos que se encadeiam e apontam para a urgência da frente de salvação nacional, que terá, no ato unificado do Dia Internacional dos Trabalhadores – 1º de maio –, mais um brado em defesa da democracia, da vida, do emprego, do salário e da economia nacional.
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