Por Ariovaldo Ramos, na Rede Brasil Atual:
Elegia ao pequeno Miguel
Eu não sabia como ter idade,
Ter cinco primaveras era pouco!
Minha mãe festejava… muito louco!
Falava de minha felicidade!
Eu, também, não sabia de ser preto!
Eu já sabia de ser bem amado.
Por minha mãe… fora sempre falado!
Nem que cor podia ser cianeto!
Eu sabia que já tinha saudade!
E minha mãe também tinha de mim,
E me levou para mostrar amor!
Mas, a patroa fez uma maldade!
Sem a mãe, chorei… nem tanto assim…
Tudo terminou num elevador!
A causa foi a morte de George Floyd, morto por asfixia, por policiais, em Minnesota, Estados Unidos.
Como sói acontecer, a comunidade negra estadunidense saiu às ruas para protestar e clamar por justiça de forma contundente, e marcada por ataques taxados de violentos.
No Brasil, que, diariamente, assiste a crimes como esse, a morte do Menino Miguel que, com cinco anos, imprudentemente, foi posto pela patroa de sua mãe no elevador e, ao descer em lugar indevido, morreu em queda acidental, aumentou, exponencialmente, o choque que a morte de João Pedro, menino de 14 anos, morto, em sua casa, com um tiro de fuzil pelas costas, havia causado.
As reações brasileiras, geralmente, são brandas… desagravos nas redes sociais, interpelações às autoridades, no máximo uma passeata.
A questão do racismo estrutural e, violento, no Brasil, é, na prática, absorvida pelos negros, o que fala muito da forma como houve a saída dos escravizados do estado oficial de escravidão.
Quando comparadas as reações estadunidenses e brasileiras, pode se dar conta das diferenças, que, certamente, falam da forma como a escravização foi encerrada em cada país.
O fato é que, mesmo com a ameaça que paira sobre a democracia no Brasil, a reação estadunidense parece ter despertado no brasileiro a consciência de que é preciso reagir de modo mais contundente e eficaz. Embora, ainda não se saiba, exatamente como.
Como sói acontecer, a comunidade negra estadunidense saiu às ruas para protestar e clamar por justiça de forma contundente, e marcada por ataques taxados de violentos.
No Brasil, que, diariamente, assiste a crimes como esse, a morte do Menino Miguel que, com cinco anos, imprudentemente, foi posto pela patroa de sua mãe no elevador e, ao descer em lugar indevido, morreu em queda acidental, aumentou, exponencialmente, o choque que a morte de João Pedro, menino de 14 anos, morto, em sua casa, com um tiro de fuzil pelas costas, havia causado.
As reações brasileiras, geralmente, são brandas… desagravos nas redes sociais, interpelações às autoridades, no máximo uma passeata.
A questão do racismo estrutural e, violento, no Brasil, é, na prática, absorvida pelos negros, o que fala muito da forma como houve a saída dos escravizados do estado oficial de escravidão.
Quando comparadas as reações estadunidenses e brasileiras, pode se dar conta das diferenças, que, certamente, falam da forma como a escravização foi encerrada em cada país.
O fato é que, mesmo com a ameaça que paira sobre a democracia no Brasil, a reação estadunidense parece ter despertado no brasileiro a consciência de que é preciso reagir de modo mais contundente e eficaz. Embora, ainda não se saiba, exatamente como.
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Elegia ao pequeno Miguel
Eu não sabia como ter idade,
Ter cinco primaveras era pouco!
Minha mãe festejava… muito louco!
Falava de minha felicidade!
Eu, também, não sabia de ser preto!
Eu já sabia de ser bem amado.
Por minha mãe… fora sempre falado!
Nem que cor podia ser cianeto!
Eu sabia que já tinha saudade!
E minha mãe também tinha de mim,
E me levou para mostrar amor!
Mas, a patroa fez uma maldade!
Sem a mãe, chorei… nem tanto assim…
Tudo terminou num elevador!
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