Por Altamiro Borges
A prisão nesta sexta-feira (28) de Everaldo Dias Pereira, o “Pastor Everaldo”, presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC), não mereceu manchetes nos jornalões ou destaque nos telejornais – que deram maior cobertura ao afastamento do governador Wilson Witzel, da mesma legenda de aluguel.
Mas o sinistro pastor não é figura de menor expressão na política nativa – e como expoente da direita. Preso sob a acusação de integrar um esquema milionário de desvio de recursos públicos destinados ao combate da pandemia da Covid-19 no Rio de Janeiro, ele é famoso por sua ação nos bastidores, no subterrâneo da política.
Cunha, Witzel e Bolsonaro
Um dos líderes da Assembleia de Deus, o Pastor Everaldo disputou a presidência da República em 2014, ficando em quinto lugar com cerca de 780 mil votos. Na ocasião, ele foi acusado de ter embolsado R$ 6 milhões da Odebrecht para atuar como “laranja” de Aécio Neves (PSDB) nas baixarias contra Dilma Rousseff (PT).
Mesmo sem nunca ter sido eleito ou exercer cargo público, ele passou a ocupar vários espaços políticos, em especial no Rio de Janeiro. Durante muito tempo, ele foi ligado ao também "evangélico" Eduardo Cunha. Na sequência, ele apadrinhou o outsider Wilson Witzel, o oportunista que foi eleito governador do Estado.
O "pastor" também sempre foi ligado ao ultradireitista Jair Bolsonaro, que inclusive foi filiado ao PSC – que não tem nada de social ou cristão. Amigo íntimo, ele foi responsável pelo "batismo" do falso católico no rio Jordão, em Israel – numa cena ridícula que hoje os bolsominions tentam deletar das redes sociais.
A benção nas águas do Rio Jordão
Como apontou uma notinha da revista Época, o Pastor Everaldo é um charlatão religioso com muito poder – e por isso merecia maior destaque na mídia. “O chefão do PSC, preso por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, foi um dos políticos mais próximos de Jair Bolsonaro por anos”.
“O PSC era o partido do presidente antes de ele entrar no PSL... Mais que isso: Everaldo foi quem abençoou o então deputado federal Jair Bolsonaro, em uma cerimônia nas águas do rio Jordão, em Israel, em 12 de maio de 2016, sendo observado por Eduardo e Carlos Bolsonaro. Carlos era do PSC até recentemente”.
“A foto leva muitos ao engano de que se tratou de um batismo. Não foi. Embora tenha se aproximado dos evangélicos e adotado discurso semelhante aos dos pastores em sua atuação como político, Bolsonaro ainda se diz católico e, sempre que perguntado sobre essa foto, afirma tratar-se de uma bênção”.
O oportunismo evangélico
Já Leonardo Sakamoto, no site UOL, afirma que o “pastor” tornou-se famoso por dois batismos. “O primeiro é metafórico. Foi Everaldo quem acabou trazendo Witzel à política, ‘inventando’ a candidatura de um desconhecido juiz federal que, colado à imagem de Jair Bolsonaro e empunhando o discurso do ‘a polícia vai mirar na cabecinha e... fogo’, acabou por desbancar o favorito Eduardo Paes (DEM) e levar o Palácio Guanabara".
“O segundo batismo é literal e metafórico. Everaldo foi quem batizou o então deputado federal Jair Bolsonaro, em uma cerimônia nas águas do rio Jordão, em Israel, no dia 12 de maio de 2016... Jair Messias continua católico. Mas seu processo de aproximação com os evangélicos teve na cerimônia conduzida pelo pastor-político da Assembleia de Deus, em Israel, um de seus momentos simbólicos. O que ajudou a pavimentar seu caminho até a Presidência da República".
A prisão nesta sexta-feira (28) de Everaldo Dias Pereira, o “Pastor Everaldo”, presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC), não mereceu manchetes nos jornalões ou destaque nos telejornais – que deram maior cobertura ao afastamento do governador Wilson Witzel, da mesma legenda de aluguel.
Mas o sinistro pastor não é figura de menor expressão na política nativa – e como expoente da direita. Preso sob a acusação de integrar um esquema milionário de desvio de recursos públicos destinados ao combate da pandemia da Covid-19 no Rio de Janeiro, ele é famoso por sua ação nos bastidores, no subterrâneo da política.
Cunha, Witzel e Bolsonaro
Um dos líderes da Assembleia de Deus, o Pastor Everaldo disputou a presidência da República em 2014, ficando em quinto lugar com cerca de 780 mil votos. Na ocasião, ele foi acusado de ter embolsado R$ 6 milhões da Odebrecht para atuar como “laranja” de Aécio Neves (PSDB) nas baixarias contra Dilma Rousseff (PT).
Mesmo sem nunca ter sido eleito ou exercer cargo público, ele passou a ocupar vários espaços políticos, em especial no Rio de Janeiro. Durante muito tempo, ele foi ligado ao também "evangélico" Eduardo Cunha. Na sequência, ele apadrinhou o outsider Wilson Witzel, o oportunista que foi eleito governador do Estado.
O "pastor" também sempre foi ligado ao ultradireitista Jair Bolsonaro, que inclusive foi filiado ao PSC – que não tem nada de social ou cristão. Amigo íntimo, ele foi responsável pelo "batismo" do falso católico no rio Jordão, em Israel – numa cena ridícula que hoje os bolsominions tentam deletar das redes sociais.
A benção nas águas do Rio Jordão
Como apontou uma notinha da revista Época, o Pastor Everaldo é um charlatão religioso com muito poder – e por isso merecia maior destaque na mídia. “O chefão do PSC, preso por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, foi um dos políticos mais próximos de Jair Bolsonaro por anos”.
“O PSC era o partido do presidente antes de ele entrar no PSL... Mais que isso: Everaldo foi quem abençoou o então deputado federal Jair Bolsonaro, em uma cerimônia nas águas do rio Jordão, em Israel, em 12 de maio de 2016, sendo observado por Eduardo e Carlos Bolsonaro. Carlos era do PSC até recentemente”.
“A foto leva muitos ao engano de que se tratou de um batismo. Não foi. Embora tenha se aproximado dos evangélicos e adotado discurso semelhante aos dos pastores em sua atuação como político, Bolsonaro ainda se diz católico e, sempre que perguntado sobre essa foto, afirma tratar-se de uma bênção”.
O oportunismo evangélico
Já Leonardo Sakamoto, no site UOL, afirma que o “pastor” tornou-se famoso por dois batismos. “O primeiro é metafórico. Foi Everaldo quem acabou trazendo Witzel à política, ‘inventando’ a candidatura de um desconhecido juiz federal que, colado à imagem de Jair Bolsonaro e empunhando o discurso do ‘a polícia vai mirar na cabecinha e... fogo’, acabou por desbancar o favorito Eduardo Paes (DEM) e levar o Palácio Guanabara".
“O segundo batismo é literal e metafórico. Everaldo foi quem batizou o então deputado federal Jair Bolsonaro, em uma cerimônia nas águas do rio Jordão, em Israel, no dia 12 de maio de 2016... Jair Messias continua católico. Mas seu processo de aproximação com os evangélicos teve na cerimônia conduzida pelo pastor-político da Assembleia de Deus, em Israel, um de seus momentos simbólicos. O que ajudou a pavimentar seu caminho até a Presidência da República".
"Bolsonaro, que durante muito tempo pregou no deserto sendo desdenhado pela imprensa, foi construindo a imagem falando em cultos e recebendo cobertura simpática em programas de rádio e TV ligados às igrejas. Vale lembrar que sua esposa, Michelle ‘Por-que-Queiroz-depositou-R$ 89 mil-na-sua-conta?’ Bolsonaro é evangélica”.
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