Por Altamiro Borges
Enquanto vários países que priorizaram o enfrentamento à pandemia começam a retomar as suas economias, o Brasil do genocida Jair Bolsonaro – sem vacina e com milhares de mortos – segue afundando. Prova dramática desse cenário é que o desemprego subiu para 14,7% no 1º trimestre deste ano e bateu novo recorde histórico – com 14,8 milhões de vítimas.
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira (26), é a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012. A alta foi de 0,8% na comparação com o último trimestre de 2020 (13,9%) – o que corresponde a mais 880 mil desempregados.
De acordo com o estudo, o único aumento na ocupação ocorreu entre os trabalhadores por conta própria (23,8 milhões). O segmento cresceu 2,4% no período – o equivalente a 565 mil ocupações a mais. No desespero, as pessoas tentam se virar de qualquer jeito – a maioria delas no falso “empreendedorismo” alardeado pela mídia neoliberal.
Desgraceira generalizada no mundo do trabalho
Em todas as outras formas de ocupação a desgraceira é generalizada. Houve queda de empregados no setor privado sem carteira assinada (9,7 milhões) – recuo de 2,9%, menos 294 mil pessoas. Também caiu o emprego do setor público sem carteira (1,9 milhão) – queda de 17,1%, menos 395 mil.
Já os trabalhadores do setor privado com carteira assinada ficaram estáveis (29,6 milhões). Na comparação anual, porém, houve queda de 10,7% ou menos 3,5 milhões de vagas. No caso dos trabalhadores domésticos (cerca de 4,9 milhões), o impacto foi brutal, com redução de 1 milhão de vagas.
A taxa de informalidade foi de 39,6% no primeiro trimestre deste ano, o que equivale a 34 milhões de pessoas, ficando estável em relação ao trimestre anterior (39,5%). O exército de informais é composto por trabalhadores sem carteira assinada, autônomos sem CNPJ ou empregadores sem remuneração fixa.
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