Por Everton Rodrigues
O livre pensar e criar é possível. O software livre é uma tecnologia social livre dos monopólios, oligopólios e dos controles de empresas e governos, por isso, é necessário escolhê-la para a construção de processos anti-manipulação e anti-modulação das subjetividades.
Software Livre, Socialmente Justo, Economicamente Viável e Tecnologicamente Sustentável, se adotado pelas instituições, movimentos e ativistas da esquerda, será aliado potente na libertação das subjetividades, na proteção dos nossos dados e da nossa privacidade nas plataformas digitais, hoje controladas e manuseadas apenas por grandes empresas do capitalismo de vigilância para manipular, modular e condicionar a todos e todas nós.
Ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, talvez por ausência de debates críticos sobre como as tecnologias fechadas interferem em nossa vida, a tecnologia não é neutra. As tecnologias estão a serviço dos interesses de quem as controla. Quem controla a Microsoft, o Google e o Facebook controla também todos os dados e relações que por essas tecnologias passam.
Se lhe perguntarem: Entre dois modelos de tecnologia abaixo, qual opção você escolheria?
1- A tecnologia aberta, livre e transparente, que permite olhar o código fonte para saber o que exatamente os algoritmos fazem e, com isso, dá licença para modificar e distribuir livremente essa tecnologia, tornando possível também a realização de auditorias públicas permanentes nos códigos e algoritmos.
2- A tecnologia fechada, propriedade das grandes empresas, que não permite conhecer o que os algoritmos fazem e nem realizar modificações para melhorar seu funcionamento e segurança. Essa ausência de transparência, essa impossibilidade de conhecer os códigos, possibilita o uso obscuro de nossos dados e a espionagem de nossas comunicações.
Se você escolheu a opção um (1), lhe apresento outra questão: Na sua opinião, por que as direções dos movimentos ou instituições de esquerda não escolhem a opção um (1)?
A transparência nos algoritmos impede manipulações
A ausência de transparência é chave para o capitalismo de vigilância, que coleta dados e os usa para manipular e vender produtos e ideologias. A transparência nos algoritmos é o controle social para o bem comum. A manipulação e modulação das subjetividades são praticadas exatamente na falta de transparência no funcionamento dos algoritmos, que nos impede de conhecer quais dados são gravados, onde são gravados, como são processados, para que são processados e quais pessoas, governos ou empresas possuem acesso a eles.
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