Por Altamiro Borges
Será que o "Véio da Havan", que é todo metido a valentão e vive atacando o Supremo Tribunal Federal, também pedirá ao STF um habeas corpus para ficar em silêncio na CPI da Genocídio? Segundo o noticiário, o depoimento do empresário bolsonarista Luciano Hang será finalmente agendado para depois do feriado do 7 de setembro.
O requerimento para convocação do sinistro dono da rede de lojas Havan foi aprovado em 30 de junho, mas até agora a data não foi definida. Para o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que solicitou a convocação, o depoimento é fundamental para as investigações sobre corrupção e crimes na pandemia da Covid-19:
"É muito importante para que esta comissão conheça e o Brasil conheça também o submundo que essa gente criou ao sair do negacionismo para tentar comprar vacinas com fraude, com roubalheira para o povo brasileiro, enquanto o povo brasileiro morria, perdiam-se vidas e mais vidas", argumenta o parlamentar alagoano.
Integrante do "gabinete paralelo" de Bolsonaro
Luciano Hang é apontado por senadores da CPI como um dos principais integrantes do chamado “gabinete paralelo”, que assessorou informalmente o presidente Jair Bolsonaro ao longo da pandemia à revelia dos estudos científicos e mesmo de algumas decisões do Ministério da Saúde. Esses picaretas chegaram a se opor à vacinação em massa e a se posicionar em favor dos remédios ineficazes do chamado Kit-Covid – como a cloroquina e a ivermectina. Alguns também participaram de negociações suspeitas para compra e liberação de imunizantes.
Segundo reportagem do site UOL, “Hang deverá ser questionado sobre a sua participação para tentar liberar a venda de imunizantes ao setor privado, tendo inclusive participado de transmissão ao vivo com o empresário Carlos Wizard e com o sódio da Belcher Farmacêutica, Emanuel Catori”. Essa sinistra empresa tem sede em Maringá (PR), terra natal e reduto eleitoral do deputado Ricardo Barros – ex-ministro da Saúde do traíra Michel Temer, cacique do “Centrão” e atual líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal.
“De acordo com Catori, a Belcher havia sido convidada a ‘contribuir tecnicamente’ com um grupo de empresários interessados em ‘doar vacinas, insumos e equipamentos ao SUS e a reforçar o Programa Nacional de Imunizações’. A Belcher surgiu durante a apuração da CPI por ter sido intermediária das conversas entre a CanSino e o Ministério da Saúde para a aquisição de 60 milhões de doses da vacina Convidecia, ao custo de aproximadamente R$ 5 bilhões”.
0 comentários:
Postar um comentário