Por Altamiro Borges
Com o início das prévias internas no PSDB na semana passada, as bicadas tucanas estão cada dia mais sangrentas. Neste fim de semana, o governador João Doria esteve em Minas Gerais para angariar apoios à sua pré-candidatura de prefeitos, vereadores e deputados da legenda. A viagem foi um fiasco, segundo o noticiário, e seu rival no ninho, Aécio Neves, não teve dó nem piedade:
“O Doria inaugurou em Minas o evento 'nem-nem'. Nem um prefeito, nem um vereador. É a nova modalidade de campanha sem eleitor”, ironizou o ex-presidenciável mineiro, que apoia o governador gaúcho Eduardo Leite nas prévias internas e hoje é aliado de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
O fracasso da viagem foi descrito, entre outros jornais, pela Folha. “As agendas do governador de São Paulo, João Doria, em Minas Gerais praticamente não conseguiram reunir prefeitos, vereadores e deputados, eleitores cujos votos têm mais peso nas prévias tucanas. No jantar na sexta-feira (1), somente o deputado Domingos Sávio, vice-presidente nacional do PSDB, e um prefeito do partido estiveram presentes. No sábado, em agenda na cidade de Betim, nenhum tucano eleito apareceu. O PSDB de Minas tem 84 prefeitos, 63 vices, 731 vereadores, cinco deputados federais e cinco estaduais”.
As dificuldades da "terceira via"
As dificuldades de João Doria, que ainda tenta se viabilizar como o candidato da “terceira via” nas eleições presidenciais de 2022, não se encontram apenas nas prévias internas da legenda. Nas pesquisas, o governador paulista também não decola. Na entrevista concedida à generosa revista Veja, o tucano até insinuou que poderá desistir da sua candidatura.
‘Se ficarmos fracionados, não teremos terceira via. Teremos Lula ou Bolsonaro sucedendo a esse governo, o que seria um desastre. Todos nós que somos pré-candidatos temos que ter a humildade de abrirmos mão, se necessário, em torno de um nome que possa ser vencedor”, afirmou o ambicioso, traiçoeiro e arrogante ricaço. Pelo jeito, ele não está mais com essa bola toda! Além de perder a disputa presidencial, ainda pode contribuir para o fim da hegemonia do “tucanistão” em São Paulo.
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