Por Renato Rovai, na revista Fórum:
Em janeiro de 2018, em pesquisa Datafolha, Lula tinha 37% das intenções de voto, Bolsonaro 16%, Alckmin 7% e Ciro 7%.
Os outros candidatos que estavam na simulação tinham todos juntos 15%. Lula não ganhava no primeiro turno, mas liderava de forma folgada.
Era um cenário muito parecido com o atual, que é ainda um pouco mais favorável a Lula.
Na primeira pesquisa do ano feita presencialmente (mesmo método usado pelo Datafolha) pela Quaest, Lula lidera com 45%, Bolsonaro teve 23%, Sergio Moro 9%, Ciro Gomes 5%, João Doria 3% e Simone Tebet 1%.
O que os números mostram? Que em janeiro de 2018, pouco antes de ser preso e já sendo vítima de um massacre midiático-judicial, Lula era favoritíssimo a vencer aquela eleição.
Não fosse Sergio Moro e o TRF-4 que correram para tirá-lo do pleito e prendê-lo ainda em abril, ele provavelmente seria presidente hoje.
Mesmo com alta rejeição do PT na classe média, Lula teria tido o voto das classes D e E que Haddad não alcançou por ser menos conhecido e por não ter o mesmo perfil popular do ex-presidente.
Se essa é uma verdade, outra é que Bolsonaro já tinha 16% e não 2% ou 3% como alguns analistas irresponsáveis vivem divulgando para dizer que é possível construir uma candidatura viável do nada há 9 meses antes do pleito. Não é bem assim.
Uma candidatura presidencial não se constrói com tanta rapidez.
O Brasil é um país continental com regiões muito diferentes.
Em eleições municipais ou estaduais é até possível fazer com que alguém com baixos índices consiga surpreender na reta final, como destacou Felipe Nunes, CEO da Quaest, em entrevista ao Fórum Onze e Meia.
Mas para presidente o buraco é mais embaixo. E Bolsonaro já tinha conseguido atingir em janeiro de 18 aquele número mágico de 15% que pode impulsionar um nome para um voo mais alto.
Essa é a má notícia para a tal da 3ª via.
Nenhum dos seus candidatos tem sequer 10%, ou seja, não bateu nos dois dígitos.
Isso terá que acontecer muito rapidamente ou a polarização entre Lula e Bolsonaro tende a fazer com que aqueles que poderiam votar num outro candidato rumem para um ou para o outro.
O que pode fazer com que Lula decida a fatura ainda no 1º turno, porque está muito à frente.
Aliás, essa é a tendência atual que as recentes pesquisas permitem avistar.
Bolsonaro e Lula polarizando o debate durante este ano e Lula ganhando no 1º turno, fazendo com que o atual presidente cumpra sua promessa e vá morar em outras paragens.
Provavelmente em Dubai, onde tem feito muitos negócios e local em que é muito fácil lavar branquinho o dinheiro sujo que se acumula em outros países.
Bolsonaro e Lula polarizando o debate durante este ano e Lula ganhando no 1º turno, fazendo com que o atual presidente cumpra sua promessa e vá morar em outras paragens.
Provavelmente em Dubai, onde tem feito muitos negócios e local em que é muito fácil lavar branquinho o dinheiro sujo que se acumula em outros países.
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