Foto: Ricardo Stuckert |
A consumação, afinal, da filiação de Geraldo Alckmin ao PSB, para integrar, como candidato a vice de Lula na disputa presidencial, é um gesto à altura da necessidade de que o Brasil deixe para trás este período tenebroso em que vivemos desde meados da década passada.
Ainda assim, há muita gente da alada “força cega” que se opõe ao mais inteligente movimento de Lula na preparação de sua candidatura a presidente, num gesto de múltiplos sentidos: sinaliza ao centro político que não quer um governo de confrontos, desarma ou ameniza a oposição do eleitorado paulista a uma chapa de centro-esquerda e, ainda, estabelece um interlocutor com o meio político que se torna, ao seu lado, o costureiro político que o ajudará a ter maioria para governar sem a paralisia que o Congresso lhe tenderia a impor.
A oposição que alguns grupos do PT faz à escolha de Alckmin escora-se numa autossuficiência que é antes de tudo, irresponsável, porque dispensa a sua presença na chapa, ainda que não o diga, num “já ganhou” (e sozinho) que está longe de ser a realidade, embora tudo indique que seja uma tendência.
Não é a realidade porque o império de Jair Bolsonaro sobre a direita e parte da centro-direita é claro – vejam o que está acontecendo a Sergio Moro e João Doria – e se ampliará com o engajamento total da máquina de governo – e de seus bilhões – na campanha.
Não é realidade porque o ódio a Lula e ao PT, embora minoritário, segue forte – na faixa dos 40% – e não vai desaparecer como que por enquanto.
Não é realidade porque uma vitória de Lula que não se evidencie acachapante deixa aberto o espaço para golpes que, embora com pouco ambiente político, não se descarta em grupos militares que não querem perder o “aparelhamento” do governo que se estabeleceu com Jair Bolsonaro.
Portanto, nem mesmo sob o diminuto aspecto da vitória eleitoral, a oposição não se justifica.
Este, porém, é o menor, embora o primeiro, dos aspectos a considerar.
Mas há outros e não menos importantes.
Será que estes grupos conseguem enxergar a carga de esperanças que trará a eleição de Lula, se for confirmada? E, por isso mesmo, a necessidade de que ela se reflita, em curto espaço de tempo, em mudanças sensíveis na vida da população.
Como fazer isso metralhado pela hostilidade do meio financeiro-empresarial e bloqueado por um parlamento que, ninguém duvida, terá um viés conservador?
Reclamar do conservadorismo de Alckmin é reclamar justamente do que ele agrega à caminhada de Lula ao governo.
Não é uma questão apenas de votos – embora ele possa, em São Paulo, trazer uma parte deles.
É uma demonstração de que Lula está sendo coerente com suas repetidas declarações que, para ser candidato, precisa governar com bases amplas e não apenas com os seus politicamente iguais.
Ainda assim, há muita gente da alada “força cega” que se opõe ao mais inteligente movimento de Lula na preparação de sua candidatura a presidente, num gesto de múltiplos sentidos: sinaliza ao centro político que não quer um governo de confrontos, desarma ou ameniza a oposição do eleitorado paulista a uma chapa de centro-esquerda e, ainda, estabelece um interlocutor com o meio político que se torna, ao seu lado, o costureiro político que o ajudará a ter maioria para governar sem a paralisia que o Congresso lhe tenderia a impor.
A oposição que alguns grupos do PT faz à escolha de Alckmin escora-se numa autossuficiência que é antes de tudo, irresponsável, porque dispensa a sua presença na chapa, ainda que não o diga, num “já ganhou” (e sozinho) que está longe de ser a realidade, embora tudo indique que seja uma tendência.
Não é a realidade porque o império de Jair Bolsonaro sobre a direita e parte da centro-direita é claro – vejam o que está acontecendo a Sergio Moro e João Doria – e se ampliará com o engajamento total da máquina de governo – e de seus bilhões – na campanha.
Não é realidade porque o ódio a Lula e ao PT, embora minoritário, segue forte – na faixa dos 40% – e não vai desaparecer como que por enquanto.
Não é realidade porque uma vitória de Lula que não se evidencie acachapante deixa aberto o espaço para golpes que, embora com pouco ambiente político, não se descarta em grupos militares que não querem perder o “aparelhamento” do governo que se estabeleceu com Jair Bolsonaro.
Portanto, nem mesmo sob o diminuto aspecto da vitória eleitoral, a oposição não se justifica.
Este, porém, é o menor, embora o primeiro, dos aspectos a considerar.
Mas há outros e não menos importantes.
Será que estes grupos conseguem enxergar a carga de esperanças que trará a eleição de Lula, se for confirmada? E, por isso mesmo, a necessidade de que ela se reflita, em curto espaço de tempo, em mudanças sensíveis na vida da população.
Como fazer isso metralhado pela hostilidade do meio financeiro-empresarial e bloqueado por um parlamento que, ninguém duvida, terá um viés conservador?
Reclamar do conservadorismo de Alckmin é reclamar justamente do que ele agrega à caminhada de Lula ao governo.
Não é uma questão apenas de votos – embora ele possa, em São Paulo, trazer uma parte deles.
É uma demonstração de que Lula está sendo coerente com suas repetidas declarações que, para ser candidato, precisa governar com bases amplas e não apenas com os seus politicamente iguais.
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