Charge: Telejornalien |
Quando se filiou ao partido Podemos, um ajuntamento de políticos lavajatistas e reacionários, e foi ungido candidato a presidente da República, Moro acertou o recebimento de uma remuneração mensal, conforme noticiou a imprensa.
Mas, nada como um dia após o outro com uma noite no meio. Logo empaca nas pesquisas e vê sua rejeição não parar de crescer. Acontece, então, o esperado: abandona e trai o Podemos, depois de o partido ter gastado mais de 2 milhões com sua aventura presidencial.
Como, além de tudo, trata-se de um verdadeiro otário (do tipo que jogou bola de gude no carpete e soltou pipa no ventilador), cai na conversa fiada de uma raposa como Luciano Bivar, ex-PSL e atualmente União Brasil, de que se ingressasse nas fileiras do novo partido, poderia ser candidato a presidente, e com mais estrutura e dinheiro. Para isso, bastava fazer um teatrinho dizendo que estava desistindo “por enquanto” da presidência.
Deu ruim. Ou se conforma e sai candidato a deputado, ou o grupo majoritário do União Brasil, liderado por ACM Neto, vai impugnar sua filiação, o que o deixará de fora das eleições e cada vez mais perto da cadeia.
Endeusado pela Globo e congêneres, Moro construiu tijolo por tijolo sua trajetória em direção ao fundo do poço.
Como juiz, mentiu, trapaceou, coagiu testemunhas, torturou psicologicamente suspeitos e acusados; rasgou o Código de Processo Penal agindo em parceria com os procuradores de Curitiba; condenou sem provas; liderou um conluio partidarizado no Judiciário com nítidos propósitos políticos; violou o direito de defesa grampeando telefones de advogados; divulgou grampos ilegais contendo diálogos entre uma presidenta da República e um ex-presidente; expôs a privacidade de Lula em conversas pessoais e familiares; tirou Lula da disputa, para favorecer a chegada do fascismo ao poder; fez um inocente amargar 580 dias de cárcere.
Sob o pretexto de “combater” a corrupção, traiu a pátria se acumpliciando com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para fomentar o golpe de estado no Brasil. À frente da Lava Jato não hesitou em provocar a destruição de 4 milhões de empregos e liquidar o outrora pujante setor de engenharia, óleo e gás do país.
Mesmo oriundo de estrato abastado da classe média, maltrata o vernáculo como poucos. “Conja” e Piá” são os símbolos mais conhecidos de uma estupidez que chega a levantar suspeitas sobre a lisura do concurso público através do qual ingressou na magistratura.
Depois de ter apunhalado sua função pública e republicana, foi premiado com o cargo de ministro da Segurança Pública e Justiça, com a promessa de superpoderes. Na passagem pelo ministério, limitou-se a tentar solapar direitos e garantias constitucionais, por meio principalmente da tentativa fracassada de aprovar uma nova “lei anticorrupção.”
Trombou com Bolsonaro muito mais pela concorrência comum entre canalhas do que por divergências insanáveis de métodos de governança.
Na sequência, na medida em que escrúpulos de natureza ética nunca foram seu forte, não vê problema algum em assumir a peso de outro um trabalho em uma consultoria norte-americana especializada em administrar massas falidas de empreiteiras que foram à breca justamente devido à sua atuação na Lava Jato. Plantou vento, agora colhe tempestade. Muito bem-feito.
Moral da história: procura-se uma única qualidade em Sérgio Moro.
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