Em nota à imprensa [21/7], o Exército caracteriza como fake news a matéria na qual o jornalista Valdo Cruz, do grupo Globo, cita suposta insatisfação de militares do Alto Comando do Exército com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
Na matéria, Valdo anota que generais do Alto Comando supostamente “entraram em contato com ministros do STF para informar que não endossam as tentativas [do general Paulo Sérgio] de desacreditar as urnas eletrônicas”.
Na nota, o Exército “expressa o repúdio da Força ao contido na matéria, que parece buscar apenas a discórdia e a cisão entre os militares da ativa e [o] ministro da Defesa”. Afirma, também, que “disseminar desinformação somente contribui para instabilidade entre as instituições e, consequentemente, entre os brasileiros” [sic]. E conclui “que a coesão entre os militares é uma característica inalienável da Força Terrestre”.
Em artigo sobre a matéria de Valdo Cruz [21/7, aqui], destaquei que “a imprensa funciona como uma lavoura fecunda, na qual os militares plantam versões diversionistas para distrair a sociedade, promovem operações psicológicas e criam a falsa e irreal ideia de antagonismo entre ‘militares bons e legalistas’ versus ‘militares maus e golpistas’”.
Assim como o experiente colunista do grupo Globo, outros profissionais de imprensa também são usados como veículos dos militares para reproduzirem as plantadas jornalísticas de interesse deles.
A matéria de Valdo Cruz [20/7] menciona três aspectos: [1] a suposta insatisfação de generais do Alto Comando do Exército com o ministro da Defesa, [2] o suposto contato desses generais “insatisfeitos” com ministros do STF, e [3] a suposta divergência de generais com os ataques do governo militar às urnas eletrônicas.
É revelador que a nota do Exército tenha repudiado, no entanto, apenas e tão somente dois aspectos – o 1 e o 2 –, mas sintomaticamente tenha se omitido em relação aos ataques à eleição e às urnas eletrônicas, aspecto também mencionado na matéria de Valdo Cruz.
Esta nota do Exército deixa absolutamente claro, portanto, a unidade e a coesão do Alto Comando nos atentados contra a eleição e o Estado de Direito.
Os generais estão “inalienavelmente” coesos no plano golpista para avançar o projeto de poder militar – realidade que coincide com a avaliação de estudiosos sobre militares, que não observam a existência de divisões políticas [“a discórdia ou a cisão”] no interior do Alto Comando.
A nota do Exército de repúdio a uma parte do conteúdo da matéria do jornalista Valdo Cruz emite a claríssima mensagem de que o Alto Comando está coeso e unido no propósito de tumultuar a eleição, causar caos social e avançar a ruptura institucional.
As Forças Armadas brasileiras estão dominadas por cúpulas altamente partidarizadas, reacionárias, fascistizadas e ultraliberais que não têm compromisso com a legalidade, com o profissionalismo e com a democracia.
Se tivessem um mínimo de legalismo e profissionalismo; e se não quisessem ser considerados coautores dos atentados criminosos do governo militar à democracia e ao Estado de Direito, os generais teriam renunciado do Alto Comando do Exército, que é o comitê central da conspiração e do golpe.
Na matéria, Valdo anota que generais do Alto Comando supostamente “entraram em contato com ministros do STF para informar que não endossam as tentativas [do general Paulo Sérgio] de desacreditar as urnas eletrônicas”.
Na nota, o Exército “expressa o repúdio da Força ao contido na matéria, que parece buscar apenas a discórdia e a cisão entre os militares da ativa e [o] ministro da Defesa”. Afirma, também, que “disseminar desinformação somente contribui para instabilidade entre as instituições e, consequentemente, entre os brasileiros” [sic]. E conclui “que a coesão entre os militares é uma característica inalienável da Força Terrestre”.
Em artigo sobre a matéria de Valdo Cruz [21/7, aqui], destaquei que “a imprensa funciona como uma lavoura fecunda, na qual os militares plantam versões diversionistas para distrair a sociedade, promovem operações psicológicas e criam a falsa e irreal ideia de antagonismo entre ‘militares bons e legalistas’ versus ‘militares maus e golpistas’”.
Assim como o experiente colunista do grupo Globo, outros profissionais de imprensa também são usados como veículos dos militares para reproduzirem as plantadas jornalísticas de interesse deles.
A matéria de Valdo Cruz [20/7] menciona três aspectos: [1] a suposta insatisfação de generais do Alto Comando do Exército com o ministro da Defesa, [2] o suposto contato desses generais “insatisfeitos” com ministros do STF, e [3] a suposta divergência de generais com os ataques do governo militar às urnas eletrônicas.
É revelador que a nota do Exército tenha repudiado, no entanto, apenas e tão somente dois aspectos – o 1 e o 2 –, mas sintomaticamente tenha se omitido em relação aos ataques à eleição e às urnas eletrônicas, aspecto também mencionado na matéria de Valdo Cruz.
Esta nota do Exército deixa absolutamente claro, portanto, a unidade e a coesão do Alto Comando nos atentados contra a eleição e o Estado de Direito.
Os generais estão “inalienavelmente” coesos no plano golpista para avançar o projeto de poder militar – realidade que coincide com a avaliação de estudiosos sobre militares, que não observam a existência de divisões políticas [“a discórdia ou a cisão”] no interior do Alto Comando.
A nota do Exército de repúdio a uma parte do conteúdo da matéria do jornalista Valdo Cruz emite a claríssima mensagem de que o Alto Comando está coeso e unido no propósito de tumultuar a eleição, causar caos social e avançar a ruptura institucional.
As Forças Armadas brasileiras estão dominadas por cúpulas altamente partidarizadas, reacionárias, fascistizadas e ultraliberais que não têm compromisso com a legalidade, com o profissionalismo e com a democracia.
Se tivessem um mínimo de legalismo e profissionalismo; e se não quisessem ser considerados coautores dos atentados criminosos do governo militar à democracia e ao Estado de Direito, os generais teriam renunciado do Alto Comando do Exército, que é o comitê central da conspiração e do golpe.
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