Charge: Miguel Paiva |
Reunião realizada nesta segunda (11) entre o pré-candidato a presidente Lula, seu pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin e os presidentes dos partidos que compõem o movimento Vamos Juntos pelo Brasil definiu por apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral um Memorial da Violência Política contra a Oposição no Brasil. Também divulgaram nota conjunta intitulada A violência de Bolsonaro é contra a democracia: o Brasil precisa de paz.
No início, um minuto de silêncio em memória de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT de Foz de Iguaçu, assassinado no sábado na festa de aniversário de 50 anos, por um bolsonarista incomodado com a temática da festa em apoio a Lula.
Os presentes ao encontro repudiaram a violência política e defenderam ampla mobilização de instituições e partidos comprometidos com a democracia e contra a escalada da violência, de forma a garantir uma disputa civilizada na campanha política.
A presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, em declaração ao Portal Vermelho, afirmou que é necessária uma reação à altura contra a escalada de violência política que acontece no pais. “É preciso responsabilizar Bolsonaro, porque além de ele mobilizar as estruturas que detém, com as polícias e o Exército, ajuda a incentivar essa violência difusa. Com isso, todo dia, em todo lugar os militantes políticos de Bolsonaro cometem violências contra a oposição”, denuncia Luciana Santos.
Segundo ela, é preciso mobilizar a sociedade como um todo e as principais entidades democráticas em um grande movimento pela paz. “E vamos cobrar das instituições medidas capazes de coibir essa violência e de punir quem a pratica”.
Em comum acordo, os partidos decidiram entrar com representação no TSE e pedir à PGR a federalização da investigação do crime ocorrido em Foz do Iguaçu. “Um crime político não pode ser tratado como briga de vizinhos”, disse a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
A nota assinada por PCdoB, PSB, PSOL, PT, PV, Rede e Solidariedade afirma que o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda por um fanático bolsonarista, “é o mais recente e trágico episódio de uma escalada de violência política em nosso país, criminosamente estimulada pelas atitudes e pelo discurso de ódio do atual presidente da República contra todos que dele divergem ou lhe fazem oposição”.
A nota enumera os crimes de ódio cometidos desde a execução a tiros de Marielle e Anderson, em março de 2018: tiros contra a caravana de Lula no Sul, o assassinato por bolsonaristas do mestre capoeirista Moa do Katendê, na Bahia, e do idoso Antonio Carlos Furtado, em Santa Catarina.
E nos últimos 30 dias extremistas de direita usaram um drone para lançar veneno agrícola sobre o público de um ato político do ex-presidente Lula, em Uberlândia, e lançaram uma bomba contra o público em outro ato no Rio de Janeiro. Também foram alvos de violência o juiz federal que havia determinado a prisão de um ex-ministro do governo Bolsonaro e a redação do jornal Folha de S. Paulo, alvejada por um tiro.
Diante dessa escalada, afirma a nota, “os partidos que compõem o Movimento Juntos Pelo Brasil vão apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral um Memorial da Violência Política contra a Oposição no Brasil. Entendemos que cabe ao TSE, bem como ao Supremo Tribunal Federal e às autoridades responsáveis pela segurança pública tomar inciativas que garantam eleições livres e pacíficas, coibindo agressões e violência, como as que o bolsonarismo vem praticando”.
Considera que o assassinato de Marcelo “é um crime político, contra a liberdade de opinião e os direitos humanos, e como tal deve ser tratado – desde a investigação até o julgamento final”.
E, por esta razão, informam que nomearão um assistente de acusação para atuar em apoio à família e peticionarão à Procuradoria-Geral da República para se manifestar junto ao Superior Tribunal de Justiça pela federalização das investigações.
Os partidos finalizam a nota afirmando que “a violência política é inimiga da democracia, dos direitos humanos, da liberdade de expressão e de organização. No Brasil, os incentivadores e agentes do ódio são conhecidos e respondem a um chefe que tem nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro. É diante de sua escalada autoritária e violenta que a sociedade brasileira e as instituições devem se manifestar com toda firmeza, em defesa do Brasil e da democracia”.
Mais do que nunca, o Brasil precisa de paz, acreditam os integrantes do Movimento Vamos Juntos pelo Brasil.
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