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O jornal Estadão publicou na semana passada mais uma grave denúncia contra o “pastor” Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação do “capetão” Jair Bolsonaro. Segundo a reportagem, ele negociou com um empresário da construção civil do Pará contratos para obras públicas federais em escolas em troca de reformas de igrejas dos evangélicos lobistas Gilmar Santos e Arilton Moura. A propina deveria ser em dinheiro vivo e escondida na roda de uma caminhonete que transportaria o valor de Belém até Goiânia (GO), sede da igreja dos religiosos.
A denúncia contra o ex-ministro, que até andava meio sumido da mídia, foi feita por Ailson Souto da Trindade, que é candidato a deputado estadual pelo partido Progressistas do Pará. De acordo com o jornal, o depoimento traz novas informações ao inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), que apura a interferência do presidente da República na operação da Polícia Federal contra Milton Ribeiro e que resultou, em 22 de junho passado, na sua prisão e dos dois pastores lobistas que operavam em um gabinete paralelo no MEC.
O esquema de corrupção no MEC
Na entrevista ao Estadão, o empresário – que é a 12ª pessoa a denunciar O esquema de corrupção na pasta – declarou que ouviu do então ministro, em 13 de janeiro de 2021, que obras públicas estariam garantidas para a empresa do candidato. “Em troca”, o pastor trambiqueiro pediu “ajuda” na reforma da igreja dos religiosos. O acordo, aponta o denunciante, seria fechado pelo pastor Gilmar Santos, que teria cobrado o repasse de R$ 5 milhões em dinheiro em espécie. O depoimento do empresário é bombástico:
“Funcionou assim: o ministro fez uma reunião com todos os prefeitos [no prédio do MEC]. Depois houve o coquetel, num andar mais acima. Lá, a gente conversou, teve essa conversa com o ministro. Eu não sabia nem quem era o ministro. Ele se apresentou: 'Eu sou Milton, o ministro da Educação, e o Gilmar já me passou o que ele propôs para você e eu preciso colocar a tua empresa para ganhar licitações, para facilitar as licitações. Em troca você ajuda a igreja. O pastor Gilmar vai conversar com você em relação a tudo isso”.
Segundo o Estadão, as datas citadas pelo empresário na denúncia coincidem com o registro da entrada dele na sede do ministério para a reunião, com as fotos publicadas nas redes sociais e com a agenda de Milton Ribeiro e dos pastores na data. O denunciante ainda detalhou: “Eles queriam R$ 5 milhões em dois dias. Eu falei: 'mas eu não posso fazer esse tipo de negócio, eu sou empresário, não vou fazer uma coisa assim sem nenhum contrato'. E eles queriam que eu colocasse no pneu de uma caminhonete e mandasse para lá’”.
O empresário afirma que ficou “com medo desse tipo de negociata” e recuou. Pouco depois, veio à tona toda a sujeira e o ministro foi defecado do governo – apesar das lamurias da primeira-dama "Micheque" Bolsonaro e das juras do presidente de que colocaria “a cara no fogo” pelo pastor amigo. Temendo a prisão, Milton Ribeiro ligou para a filha, em telefonema grampeado, e disse que Jair Bolsonaro o alertou sobre o risco da operação policial. O escândalo ressurge agora e há quem diga que o esgoto vai transbordar!
“Funcionou assim: o ministro fez uma reunião com todos os prefeitos [no prédio do MEC]. Depois houve o coquetel, num andar mais acima. Lá, a gente conversou, teve essa conversa com o ministro. Eu não sabia nem quem era o ministro. Ele se apresentou: 'Eu sou Milton, o ministro da Educação, e o Gilmar já me passou o que ele propôs para você e eu preciso colocar a tua empresa para ganhar licitações, para facilitar as licitações. Em troca você ajuda a igreja. O pastor Gilmar vai conversar com você em relação a tudo isso”.
Segundo o Estadão, as datas citadas pelo empresário na denúncia coincidem com o registro da entrada dele na sede do ministério para a reunião, com as fotos publicadas nas redes sociais e com a agenda de Milton Ribeiro e dos pastores na data. O denunciante ainda detalhou: “Eles queriam R$ 5 milhões em dois dias. Eu falei: 'mas eu não posso fazer esse tipo de negócio, eu sou empresário, não vou fazer uma coisa assim sem nenhum contrato'. E eles queriam que eu colocasse no pneu de uma caminhonete e mandasse para lá’”.
O empresário afirma que ficou “com medo desse tipo de negociata” e recuou. Pouco depois, veio à tona toda a sujeira e o ministro foi defecado do governo – apesar das lamurias da primeira-dama "Micheque" Bolsonaro e das juras do presidente de que colocaria “a cara no fogo” pelo pastor amigo. Temendo a prisão, Milton Ribeiro ligou para a filha, em telefonema grampeado, e disse que Jair Bolsonaro o alertou sobre o risco da operação policial. O escândalo ressurge agora e há quem diga que o esgoto vai transbordar!
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