Lula com John Kerry na #COP27. Foto: Ricardo Stuckert |
Não tem o menor cabimento aceitar que a participação do Lula na COP27, aguardada como um grande acontecimento mundial, seja ofuscada pelo enredo criado em torno do avião usado para a viagem dele ao Egito.
É óbvio que o ideal seria que, como presidente eleito, Lula contasse com o suporte e a segurança propiciada pelo Estado brasileiro, mas até as pedras do Planalto sabem que isso é absolutamente irreal.
Nem é preciso perder tempo com a hipótese de que a viagem fosse realizada em vôo comercial, o que sujeitaria Lula a toda sorte de atentados terroristas. Os ataques e agressões de bolsonaristas a ministros do STF em New York falam por si.
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin informou que Lula e parte do staff de segurança viajaram de carona com o empresário José Seripieri Junior, proprietário do jatinho usado para a viagem.
É a solução ideal? Claro que não é, mas é a solução viável no contexto concreto que vivemos no Brasil. Ou já esquecemos que a PF considera que Lula corre um risco nunca antes visto de atentado à sua vida?
Julgam Lula moralmente como se ele fosse presidente no cargo, mas se esquecem que ele ainda não foi empossado, como tampouco dispõe dos meios conferidos ao Presidente, os quais diapensariam usar soluções como a presente.
O PT [ou a equipe de transição] precisa comunicar esta realidade de maneira serena e transparente.
Será que é tão difícil se tratar do assunto sem histeria e sem essa exploração sensacionalista barata?
A presença do Lula na COP27 é o primeiro ato para tirar o Brasil da condição de pária mundial legada pelo governo militar.
Lula na COP27 representa o relançamento do Brasil no mundo. Este é o grande fato a ser celebrado nesta trajetória recém iniciada em 30 de outubro para a restauração da democracia.
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