Lula, Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell. Foto: Cláudio Kbene |
A semana passada foi de intensas atividades no Brasil pela libertação do jornalista Julian Assange, fundador do WikiLeaks que está preso injustamente no presídio de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, na Inglaterra. Entre outras agendas, Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell, editores do renomado site, estiveram com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Após a reunião, o líder petista postou fotos com os dois ativistas e pediu a libertação do preso político. “Me informaram da situação de saúde e da luta por liberdade de Julian Assange. Pedi para que enviassem minha solidariedade. Que Assange seja solto de sua injusta prisão”, tuitou. Em junho passado, quando foi aprovada a extradição do criador do WikiLeaks para os EUA, Lula já havia repudiado a brutal perseguição:
“Que crime o Assange cometeu?”, questionou. “Se ele for para os EUA, extraditado, certamente é prisão perpétua e certamente ele morrerá na cadeia”. Na ocasião, em um evento em Maceió, o então candidato afirmou que o único crime que Assange cometeu foi “denunciar as falcatruas do país mais importante do planeta. Foi o crime de falar a verdade, mostrar que os EUA, através de seu departamento de investigação, sei lá se da CIA, estava grampeando muitos países do mundo, inclusive a presidenta Dilma Rousseff”.
Encontro com sindicatos e associações jornalísticas
Além do encontro com Lula, que teve forte repercussão na imprensa internacional, Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell participaram de outras atividades. Conforme informa o jornal Brasil de Fato, “na quarta-feira (30), as principais associações, sindicatos e organizações jornalísticas receberam os dois representantes do WikiLeaks na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio de Janeiro”.
Julian Assange também recebeu a solidariedade de parlamentares da federação que reúne PT, PCdoB e PV, que assinaram uma carta dirigida ao presidente dos EUA, Joe Biden, contra a extradição e pela retirada das falsas acusações feitas pelo terrorista Donald Trump. No documento, também endereçado a ex-presidenta da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, os deputados enfatizam:
“Assange adotou práticas que são essencialmente do jornalismo investigativo, que incluem receber informações classificadas de uma fonte dentro do governo e publicar as informações de interesse público... As acusações sob a Lei de Espionagem criminalizariam essas práticas rotineiras, que são protegidas pela Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos... Nos unimos ao apelo pela imediata libertação do sr. Assange feito por organizações internacionais nas Nações Unidas, bem como pela Anistia Internacional, e outras entidades defensoras dos direitos humanos e associações legais, médicas e profissionais”.
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