Por Altamiro Borges
A vida é irônica e cruel. Na segunda-feira passada (16), o advogado Leandro Mathias Novaes, militante ativo do movimento pró-armas, foi atingido por um disparo de sua própria arma de fogo ao acompanhar a sua mãe num exame de ressonância magnética em um laboratório na região dos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Quando a máquina foi acionada, seu magnetismo fez o revólver disparar. O tiro perfurou a região abdominal do belicista, que foi socorrido no próprio Laboratório Cura e levado para o Hospital São Luiz em estado grave.
O advogado da causa armamentista mantém uma conta ativa no TikTok, com mais de 49 mil seguidores, na qual tira dúvidas sobre posse e porte de armamentos, do ponto de vista jurídico. “Há fotos suas com armas de fogo. Os posts são marcados por hashtags com termos como CAC (sigla para Caçadores, Atiradores e Colecionadores), legítima defesa, pró-armas, direita conservadora e eu reajo”. Nas trevas de Jair Bolsonaro, o número de CACs e de armas de fogo disparou no país. Essa milícia despreparada e arrogante, que dá tiro no próprio corpo, coloca em risco a sociedade e a vida civilizada.
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