Charge: Guto Respi |
Na semana passada, a defesa do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que está enjaulado no presídio Bangu-8 desde fevereiro passado, lançou uma campanha pedindo doações via Pix para bancar suas despesas. “Vamos devolver a dignidade ao nosso herói. Por estar preso ilegalmente e com tudo bloqueado, e sem nada, Daniel está passando por dificuldades inimagináveis, atingindo em cheio a sua dignidade e de sua família”, explica Paulo Faria, advogado do presidiário.
Em postagem em suas redes digitais, ele afirma que o valor arrecadado servirá para “compra de alimentos, pagamento de transporte de Petrópolis a Bangu 8, pagamento das contas básicas e despesas da família, consertar a máquina de lavar que estragou, ou comprar uma nova, consertar o portão danificado pela Polícia Federal, e resgatar o mínimo de dignidade”. Ele ainda lamenta que “hoje, Daniel conta com a ajuda de alguns poucos amigos, que conseguimos contar nos dedos de uma das mãos e ainda sobram”.
O brutamonte Daniel Silveira, que se jactava de ser um dos políticos mais próximos de Jair Bolsonaro, foi preso por descumprir inúmeras medidas cautelares definidas pelo Supremo Tribunal Federal – entre elas, a do uso de tornozeleira eletrônica e a da proibição de acionar as redes sociais. Já em maio, o STF derrubou o indultou presidencial concedido em abril de 2022 pelo então presidente ao presidiário. Desta forma, ele começou a cumprir sua pena definitiva de 8 anos e 9 meses. A campanha pela Pix visa reduzir as despesas do ex-deputado bolsonarista. Será que o “capetão” vai contribuir? Quanto ele, seus filhotes e seus milicianos vão bancar?
Marcos do Val dedura o presidiário
Em tempo: para complicar ainda mais a vida do presidiário, nesta quarta-feira (19), em depoimento prestado à Polícia Federal, o senador da Swat Marcos do Val (Podemos-ES) jurou que o plano para gravar criminosamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi tramado por Daniel Silveira. Ele fez a proposta durante encontro em 8 de dezembro de 2022 no Palácio da Alvorada, que também contou com a presença do ex-presidente.
“O depoimento do parlamentar durou cerca de cinco horas na sede da PF, em Brasília. Durante a oitiva, ele afirmou que Jair Bolsonaro na época não afirmou estar de acordo com o plano, mas também não expressou nenhuma intenção de desacordo... No entanto, o senador enfatizou à PF que a ideia de gravar o ministro partiu do ex-deputado e que ele tinha como objetivo ser intitulado como ‘herói do Brasil’ e ‘salvar’ o país. De acordo com o senador, Daniel Silveira gostaria de conseguir alguma informação de Moraes, então presidente do TSE, que pudesse anular as eleições de 2022, que deu a vitória ao presidente Lula”, registrou o site Metrópoles.
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