Foto: Ricardo Stuckert |
Como a elite do país e seus representantes no mundo da política têm ralas convicções democráticas e estão sempre à espreita, prontos para promover rupturas institucionais, um nível alto de popularidade dos governos de esquerda é essencial para mantê-los a salvo de tramas golpistas.
A pesquisa da Quaest, realizada no formato presencial e divulgada nesta quarta-feira (16), traz boas notícias para o governo Lula. Além do crescimento considerável dos índices de aprovação pessoal de Lula e de seu governo, o levantamento mostra que o governo, depois de um período de estabilidade, apontou sua curva para cima e está em ascensão na avaliação da população.
No Brasil, paraíso do cinismo conservador, inventa-se pedalada fiscal para derrubar presidenta do campo progressista eleita legitimamente. Mas esse pretexto farsesco e golpista não teria certamente prosperado caso os índices de popularidade de Dilma Rousseff não estivessem na lona, mercê de uma campanha insidiosa de sabotagem parlamentar e de ações delinquentes da Lava jato. Tudo com amplo apoio midiático.
Já o golpista Temer, logo na sequência, bateu todos os recordes de reprovação de um governante brasileiro ao longo da história. Isso não o impediu de enfrentar e vencer, na Câmara dos Deputados, duas tentativas de investigação que poderiam lhe custar o mandato, além de não ser ameaçado pelas suas taxas indigentes de aprovação nas pesquisas.
Não que haja alguma articulação golpista concreta em curso, depois da intentona fracassada da extrema-direita em 8 de janeiro. Mas não há como negar que, nos governos com compromissos populares, o respeito às regras democráticas e ao estado de direito, no Brasil, por parte do establishment é diretamente proporcional à popularidade dos presidentes ou presidentas da República.
Os números do levantamento da Quaest são animadores em vários aspectos e traduzem certamente a quantidade de realizações do governo em apenas sete meses e meio. A subida de cinco pontos na avaliação positiva do governo, que chegou a 42%, com a reprovação baixando para 24%, e Lula ter atingido 60% de aprovação pessoal são resultados reveladores do acerto da agenda e do ritmo acelerado que o presidente Lula vem cobrando de sua equipe.
Os avanços registrados no Sul, especialmente, e no Sudeste, bem como entre as pessoas de maior renda e evangélicos (segmento no qual a aprovação a Lula pela primeira vez superou a reprovação), são as novidades mais alvissareiras da pesquisa.
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