Foto: Jaélcio Santana/Força Sindical |
Destaco uma série de acontecimentos correntes no mundo sindical, que têm relevância.
O 14º congresso da CUT foi realizado no Center Norte, em São Paulo, de 19 a 21 de outubro, prestigiado por númerosa delegação internacional, por lideranças políticas, de movimentos sociais, de centrais sindicais coirmãs e teve a participação de 1800 delegados de todo o Brasil.
O congresso elegeu a nova diretoria (com o identitarismo cobrando um alto preço), confirmando o metalúrgico Sérgio Nobre como presidente, Juvandia Moreira (bancária) na vice-presidência e Renato Zulato (químico) na secretaria-geral, tendo sido criadas quatro novas secretarias, aprovado um plano de trabalho e uma marcha a Brasília.
Coincidindo com a duração do congresso os metalúrgicos paulistas da federação estadual (FEM-CUT), 13 sindicatos filiados, com data-base em setembro, intensificam com ações em várias empresas e estado de greve, a campanha salarial rejeitando a contraproposta patronal que não aceitou o aumento real de 2% reivindicado na pauta coletiva; prosseguem as negociações que têm obtido acordos coletivos por empresas vantajosos.
Também durante o congresso a GM anunciou de maneira unilateral e intempestiva uma enxurrada de demissões (sobre as quais não confirma o número) alegando perda de mercado, demitindo trabalhadores por telegrama e e-mail.
As direções sindicais das três fábricas envolvidas que foram surpreendidas pelas demissões reagiram imediatamente à arbitrariedade da empresa e os trabalhadores em assembleias decretaram a greve em Mogi das Cruzes, em São Caetano (bases da FS) e em São José dos Campos (base da CSP- Comlutas).
A greve, que tem sido efetiva nas três fábricas (e mereceu registro no Jornal Nacional) provocou o apoio e a solidariedade de inúmeras outras entidades sindicais que, juntamente com os grevistas, exigem a abertura imediata de negociações e recuo da empresa nas demissões, com a necessária intervenção e mediação dos poderes públicos.
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