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Depois dos milhões gastos em Viagra e próteses penianas para o Exército, o covil fascista surge em nova denúncia curiosa. O site Metrópoles revelou nesta semana que “o Ministério da Saúde desperdiçou R$ 31,9 milhões ao comprar preservativos femininos em 2020, em plena pandemia de Covid-19, durante o governo de Jair Bolsonaro. A conclusão é da Controladoria-Geral da União (AGU), que, em auditoria, apontou falhas na estimativa de cobertura do estoque existente e no cálculo da demanda pelo material”.
A estranha aquisição tem todo o jeito de sacanagem. Segundo a reportagem, “uma das fornecedoras de camisinhas, a Precisa Comercialização e Medicamentos, chegou a ser investigada na CPI da Covid por suspeita de irregularidades nas tratativas com o Ministério da Saúde para obtenção da vacina indiana Covaxin. O contrato acabou cancelado, e a empresa, multada... De acordo com a CGU, a efetivação de dois contratos, que somavam R$ 31,9 milhões, ‘era desnecessária, já que o estoque existente de 8.522.300 preservativos femininos em látex foi suficiente para atender a demanda por mais de 12 meses’”.
“Os preservativos adquiridos por meio do Contrato nº 316/2020 somente começaram a ser distribuídos para atender a um pedido de 27.10.2021, após mais de nove meses do primeiro recebimento de 500 mil unidades (15.01.2021), e que essa distribuição foi de apenas 10.800 preservativos em 2021. Registre-se que o Ministério da Saúde poderia ter atendido a tal pedido com o estoque ainda existente no almoxarifado”, apontou a CGU. Em seu relatório, o órgão ainda ressaltou que os recursos gastos de forma desnecessária poderiam ter sido revertidos para o tratamento da Covid-19.
“A soma dos valores totais estimados dos Contratos nº 316/2020 e nº 317/2020 perfaz o total de R$ 31,5 milhões, sendo que a soma dos valores efetivamente pagos nesses contratos foi de R$ 31.901.048,80. Esse valor que foi efetivamente gasto na compra de dez milhões de preservativos femininos em látex equivaleria, por exemplo, a 19.938 diárias de leitos de UTI Covid”. A CGU recomendou ao Ministério da Saúde a aplicação de multa no valor de 60 mil dólares à Precisa Comercialização de Medicamentos por suas irregularidades. Também orientou outra multa no valor de R$ 1,2 milhão à Precisa e R$ 1,5 milhão à Injeflex por atrasos recorrentes na entrega dos preservativos.
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